Rir a toa

Rir é o melhor remédio, pelo menos esse é o ditado popular, e eu concordo, em grau, gênero, número e cor.
Mas quando rimos a toa, sem motivo aparente, o que pensar?
Não pensar só rir e rir e rir.
Mas tem uns risos que são os melhores, e eu acho que são aqueles que são frutos de lembranças boas, ou melhor ótimas.
Adoro quando estou andando e de repente fico rindo do nada, para quem olha, mas mal sabem eles que o motivo está la dentro da cabeça num lugar onde ninguém pode invadir.
E assim como eu existem várias pessoas que trocam a sanidade por um momento de extrema loucura, e desconcerto, e isso nos faz muito bem, porque nesse momento estamos nos sentindo melhores, sentindo felizes, olhando pro chão e rindo, olhando pro lado e rindo, e o melhor de tudo não há hora nem lugar para uma reação dessa.
Mas tem um riso que eu adoro, e acho o melhor de todos, que é aquele quase contido gerado depois do prazer, aquele riso que a gente da uma mordida nos lábios e mostra só um pouquinho dos dentes.
Aquele riso da lembrança do prazer, de como sentimos prazer com o outro e como causamos prazer no outro, aquele sorriso de satisfação por saciar e ser saciado.
Esse nos deixa mais bobo ainda, porque o queremos com esse sorriso na verdade é resgatar aquele ou aqueles momentos deliciosos que tivemos ao lado de alguém, e esse alguém não precisa ser necessariamente o amor da nossa vida, pode ser simplesmente alguém que dividimos momentos de prazer.
Então quando observar alguém rindo a toa, não estranhe, ele tem um monte de motivos para isso.
Aprender com esse povo despudoradamente feliz, é uma lição impagável.

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