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Mostrando postagens de maio, 2016

Inutilidades

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E dentro das nossas mentes, guardamos as mais diversas informações De como fomos, onde fomos, e porque fomos, Além de irmos, também deixamos bem arquivadas Quem fomos, com quem fomos e porque fomos E nossa mente enche, atola, entope E mais ainda. O que nos fizeram, como nos fizeram e porque nos fizeram Estou falando dos sentimentos, das ações e das reações Mas sempre precisamos mudar, alterar, criar Mas não nos desfazemos do que não nos ajuda Mas queremos o novo, sem nunca se desfazer do velho Temos uma riqueza em nossas mentes, porém nunca serão utilizadas É como aquelas quinquilarias guardadas nas gavetas só ocupando espaços São obras faraônicas, sem sentindo, ou melhor, atrapalhando nossos sentidos São elefantes brancos que de nada servem. O melhor? Não termos essas coisas grandes e monstruosas que nos impede de caminhar E sim pequenas mãos que nos ajudam, ao invés de patas de um enorme paquiderme.

Fresta na porta

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No momento em que a escuridão é plena No instante em que o sol parece nunca mais voltar A sombra que não existe sem a luz, nos faz falta A noite que servira para o descanso e para os amantes Nos faz a enxergá-la como inimiga Nos causa depressão, desespero Achamos que nunca mais vamos sair dessa espiral Que em muitos momentos não sabemos onde começou e a saída nos parece improvável Então nesse instante sempre há algo novo Sempre há uma esperança de luz Sempre há uma mudança a nossa espera Nem que seja uma fresta na porta De onde brote uma nova luz

Boom

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De repente buuummm!!! Ocorre uma explosão vindo do nada E ela destroi tudo à sua volta, sem deixar vestígios do que existia Os pedaços irreconhecíveis estão jogados no chão O que era um inteiro e algo indivísvel agora aos cacos O que se imaginava um todo completo e infinito Agora se perde ao caos E o que resta é remontar, reviver o que acabou e nessa nova montagem, temos a possibilidade de se criar o novo Então do caos se cria o novo Então da bagunça generalizada se monta o organizado Sem pressa Com planejamento, com vontade Mesmo que tenha ocorrido de forma involuntária Foi necessário a destruição total para que percebamos Que podemos criar um novo e melhor Portanto, precisamos de muitas explosões Pois só assim mudamos o rumo

Desconstrução

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Desmaterealizando o presente de forma tal que a construção do futuro passe por um momento de total insegurança. Transformando a matéria do instante em algo intangível e completamente onírico Nos fazemos novos diante das circunstâncias Nos fazemos presentes diante do insesperado e nos sentimos fortes diante dos desafios Ao reconstruir-mos, vemos brechas onde não tinha e criamos pontes para o inalcançável Tudo isso para acordarmos de manhã e nos sentirmos novos sem nem mesmo saber que fizemos tudo isso. Isso sim é viver bem, sem saber porque.

Vazio

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No imenso vazio deixado entre um instante e outro Nascem as mais inumera possibilidades E as mais diversas formas de aproveitá-las Seja fazendo o que ela proporciona Seja negando o que ela deseja E no vazio escuro as possibilidades negadas Caminham para o nada, como se o nada fosse o tudo do instante E as aceitas caminham para o tudo sem que nada as impeçam E no vazio das possibilidades A mente ajuda Desajuda A mente, as vezes mente Os sentidos caminham em todas as direções do vazio Para que no fim Completem com nada o nada que já havia

Do que fazer

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Das loucas e insansas ideias e dos sonhos mais desconexos E dos desafios mais intransponíveis Brotam soluções das melhores Inéditas, criadas em um momento de delírio E do que foi produzido só sobrarão flores Sorrisos de satisfação Olhares orgulhosos E a vontade de que se repita tudo de novo Mas o que mais importa nessa caminhada louca e desvairada São os acontecimentos do caminho Que pode ser uma reunião empresarial Um café no fim do dia Um almoço Ou simplesmente um delírio onde se cria o novo

Inquietude

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Uma inquietude quente e plena nas variações terrenas de vontades na universalidade de desejos nas insanas visões de um momento surreal e instantâneo Uma vontade constante de movimentos não uniformes mas disformes em seu caminho e sua direção Uma sensação de que os paralelos se encontrarão e uma nova ordem na escalada do tempo foi determinada E nesse instante os insetos, psicodélicos ou não cuspirão nos céus cores ou não Mas nossa iris dará as cores e os sabores desejados.

Cacos

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E o tempo sempre conserta tudo, pelo menos essa é a lenda. Mas os cacos ficarão para sempre desunidos, não há cola, não há tempo, não saida. O tilintar e a vibração da separação do inteiro, nunca mais serão ouvidos, pois, esse som é único. Ele não estalará mais, pois não há mais conserto. O copo quebrado, não se juntará e portanto, não terá mais utilidade. E os pedaços espalhados irão aos poucos se juntando mas não para serem utilizados conjuntamente, eles serão descartados, para o nunca mais. Então, antes de arremessar algo contra o infinito, lembre-se: os cacos não se juntam. Serão descartados e começará então a busca por um outro. Que nunca mais será o que se quebrou, será somente o que substituirá aquele que um dia você achou que não serveria mais.

Areia

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Na medida em que o tempo passa, os olhos ficam mais fracos, as mãos mais trêmulas, a flacidez acompanha. E no tilintar do relógio cada som é único e inesperado E no escorrer da areia entre os vãos dos dedos cada grão se vai E o tempo acompanha E o sol nasce e depois surge a lua, e menos um dia E a areia já não é a mesma E o grão um dia brota e com ele uma nova vida E o tempo se vai Se esvai, acompanha E o dia que virou noite E a juventude virou velhice E a vida acompanha

Sorrindo

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Insolitamente sorridente, num instante mágico onde os opostos estão apostos Num contraste claro entre o claro e o escuro Num momento equidistante Num instante momentaneamente singelo Puro e cristalino O sorriso abarca as ideias Acalanta o fugor do ódio E espanta a desesperança que tanto nos espanta O sorriso que pode ser dado no momento mais inesperado E que quando ele é esperado nos faz sorrir também Ah! Então sorria, simples assim!