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Mostrando postagens de setembro, 2016

Fundo

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Nas sombras onde caminha o improvável Onde o desconhecido faz sua morada E foge da luz quando solicitado Nas sombras onde não se quer ser conhecido Onde cada passo pode ser o último mas também o primeiro Na escuridão da realidade onde o sim e o não se confundem E nesse conflito no escuro não haverá luz O que se verá será tão somente a escuridão E quando se acha que encontrará a luz Então é o momento de um passo atrás pois caminhando para trás a luz ficará mais longe E nas sombras acontecem coisas obscuras Coisas estranhas coisas indesejáveis E o morador desse lar sem luz Prefere o anonimato disfarçado de solução

Superando

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Olhar o que falta para caminhar? Entender quais serão os obstáculos? Procurar um atalho?/ Talvez todas as alternativas Ou então nenhuma Basta chegar. Basta ir. Basta não parar. Haverá disputas? Sim claro Haverá derrotas? Isso com certeza Haverá vitórias? Isso é o objetivo Com ou sem obstáculos, vamos caminhar para o objetivo Quando tivermos a resposta da caminhada Então lamentaremos ou iremos comemorar O resultado? Vai ser uma caminhada de luta, entrega, decepções, vitórias O que vai ser? Vai ser aquilo que plantarmos Vai ser resultado da luta, do otimismo e da perseverança Se nos entregarmos de verdade Então ficaremos tranquilos Senão, só haverá lamentos. E tudo que não queremos é lamentar.

Imaginando

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As nuvens no céu Assim como as ondas do mar Nos fazem desenhos infinitos Os passos curtos Assim como os passos longos Nos levam para todos os lugares Onde imaginamos Onde queremos E na luta eterna entre o que temos e o que queremos O mundo da imaginação pinta com todas as cores O que a realidade torna gris E então vivemos em dois mundos Um perfeito e outro mais que perfeito E os dois se completam Transformando o palpável em intangível E o onírico em rochas duras de verdade Mas ainda assim haverá cores de sobra Na paleta interminável da vida

Aperitivo

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Bastava apenas provar Sentir o seu aroma, Seu Sabor Seu cheiro Seu gosto Bastava apenas ter ter em suas mãos ter em seu corpo Simplesmente bastava Bastava para si, o tanto que tinha E o tanto era mais Mais desejável Mais admirável Para que se bastasse em si Precisava tão somente de provar De tão bom o aperitivo que pareceria um jantar E então bastando somente isso Isso seria o que bastava

Consolo

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Em sua angustiável solidão, ela sente uma necessidade Um desejo incontido de vontades Um sonho necessário, uma dor incontrolável Precisa de colo, precisa de algo que a penetre profundamente E nessa necessidade, ela procura onde menos se espera o consolo necessário Entregue aos seus delírios O corpo quente, sozinho Se derrete em mel, quente, espesso, doce Sabor para ser trocado, mas não há troca. Há sim o desejo do colo Da palavra no ouvido Mas nesse momento há o silêncio Sozinha procura em suas fantasias a resposta Sozinha procura em seus segredos o acalanto E o corpo, vivencia seus desejos, suas vontades Quentes suas mãos procuram seu corpo para sanar seu desejo E nas viagens da mente, e na transformação do corpo Ela se entrega, mesmo sem colo, mesmo sem o outro E o mel que ora foi foi doce, agora se torna amargo Pois ao acordar da realidade exausta Ela mesmo assim sente falta dele.

Infinito Particular

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Infinitamente sem fim No começo desconhecido De um caminho sem rumo Num horizonte distante Paralelo de lugar algum E com o sol brilhando sempre Com as estrelas iluminando a noite E a lua soberana no céu negro Pintado de pontinhos brilhantes E assim o fim, o meio e o começo Se misturam Se diferem Se encontram Infinitamente sem saber Se já é hora do finito Ou então se é o instante Que nunca termina mesmo sem ter começado

Calça Velha

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No seu balançar como vento no varal, sua imagem surrada e desbotada Trás com os ventos as memórias do passado E no pingar da água que escorre nos lembra o suor das caminhadas feitas com ela E como o amor que sugere ventanias Ela balança como quem se despede mas quer ficar E no desbotar de suas tintas, ficam a marca do tempo que passou E como cicatrizes, elas marcam A vontade de se desfazer, se confunde com a vontade de ficar Mas há um carinho especial pelas caminhadas conjuntas E esse carinho não pode se desfazer como se desfaz a tinta da calça Então ela sairá do varal, e ocupará seu lugar de sempre Um canto no qual sempre será encontrada Para novas caminhadas com uma antiga companheira

Capitular

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Capitular deveria ter como tradução somente colocar capítulos, porém, ela também significa rendição. Em um cenário de guerra quando um pais capitula, isso que dizer que ele se rende aos acordos para o fim do conflito. Na nossa vida há muitos momentos em que devemos capitular, seja para colocar capítulos novos em nossas vidas, seja para se render a um acordo. Ao aceitar um acordo o que se espera é que tenha fim um conflito e então inicia-se um momento de tranquilidade, paz e reconstrução. Mas se render não é sinal de fraqueza, aceitar o acordo não é submissão. Colocar um capítulo novo não é esquecer o passado, nem tampouco perder o presente. Nos dois casos, a consequência é um caminho novo, diferente do velho. Uma nova estrada, sem os conflitos antigos e em busca de um horizonte de paz. Logo, devemos sempre que necessário capitular. Devemos escrever nossos passos com a caneta do destino empunhada. Com todos esse argumentos nas mãos, basta agora que olhemos para traz com

Pode ou não?

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Nos desejos mais profundos, nos pegamos sem trancas Sem amarras, sem pudor, sem explicações E nesse universo intimo e impenetrável nos permitimos Permitimos tudo e de qualquer forma, não há o que esconder Nesse mundo só há o que desvendar Só há o que desnudar. E nesse limiar de sentimentos, existem aqueles que queremos que sejam nossos E aí, queremos transportá-los para um mundo real, onde o pode ou não pode existe No mundo divisível e penetrável, existem amarras,pudor e explicações Então o proibido e impossível se defrontam com não permitido e os limites Podemos desejar? Podemos querer? É certo, ou errado? Todas essas perguntas afloram, e olhos fitam outros que nos punem e nos sentenciam. E na noite, com a cabeça sobre o travesseiro, nos perguntamos: E meus sentimentos e meus desejos? São proibidos. E o corpo numa explosão de vontades, se afunda e aprofunda de volta nos desejos mais profundos. Onde tudo é permitido. Até aquele amor levemente proibido. Pelas doces

Surpresa

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O inesperado, por tal denominação nos surpreende, Mas o que são surpresas? Aquilo que esperamos e acontece, ou aquilo que acontece e não esperamos? Não importa. Importa que acontece algo. Então no meio do dia, um dia comum, surge um par de olhos. Ficamos encantados. Quando observamos mais de perto, são olhos já vistos. E quando esses olhos tomam voz, ficamos ainda mais impressionado. Como de tão longe, veio parar aqui? E ai as vozes escritas descrevem tempo, saudades e histórias. E nos desvendar dessas histórias, mais surpresas. Percebemos um novo ciclo, um crescimento, uma novidade. Sorrisos largos e longos. O aprendizado disso tudo? Ah! Simples. Não dominamos nada, nem tampouco tempo. Não sabemos quais são as surpresas que virão, nem tampouco como virão. E o que fazer com as surpresas? Aprender com todas elas. Entender as mudanças. E ai, o mundo difícil e fácil como ele é, se mostra surpreendente. Nos dando de presente, a cada instante um mundo novo, que nem sab