Consolo

Em sua angustiável solidão, ela sente uma necessidade
Um desejo incontido de vontades
Um sonho necessário, uma dor incontrolável
Precisa de colo, precisa de algo que a penetre profundamente
E nessa necessidade, ela procura onde menos se espera o consolo necessário
Entregue aos seus delírios
O corpo quente, sozinho
Se derrete em mel, quente, espesso, doce
Sabor para ser trocado, mas não há troca.
Há sim o desejo do colo
Da palavra no ouvido
Mas nesse momento há o silêncio
Sozinha procura em suas fantasias a resposta
Sozinha procura em seus segredos o acalanto
E o corpo, vivencia seus desejos, suas vontades
Quentes suas mãos procuram seu corpo para sanar seu desejo
E nas viagens da mente, e na transformação do corpo
Ela se entrega, mesmo sem colo, mesmo sem o outro
E o mel que ora foi foi doce, agora se torna amargo
Pois ao acordar da realidade exausta
Ela mesmo assim sente falta dele.

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