Sempre haverá tempo, sempre!

Ao meu Rei que Veste Branco, Obrigado meu Pai, por sempre me fazer viver leve como as asas de suas pombas Agradeço ao Senhor por me fazer voar como ela e sempre ir mais longe. Obrigado meu Pai, por me fazer caminhar com passos lentos como seu caramujo E saber que sempre tenho um refúgio como a casa que sempre levo comigo Só tenho gratidão por ter o Senhor em mim. E peço sua Benção hoje que comemoro 24 anos de o Senhor ser tão presente em minha vida. E saber que com sua Espada afasta os inimigos espirituais Com seu escudo não permite que o inimigo se aproxime Com seu Pilão, sempre coloca comida em minha mesa. Senhor Comedor de Inhame Pilado, que com seu atori me pune quando preciso, Mas que também me distancia do que não me serve. Peço hoje meu Pai, que continue em minha vida sempre, como sempre esteve. Que eu mereça sua proteção, seu carinho e seu afeto por toda a minha vida. E saiba que minha alma, meu coração, minha cabeça sempre será sua morada. E que um dia me abrac

Sempre há mais de um caminho Nunca há uma solução única, sempre há uma outra opção Mesmo num emaranhado de situações, nós sempre teremos que optar Por esse ou aquele caminho Por essa ou aquela saida Pela felicidade ou a dor Pela risada ou o choro Muitas vezes levamos uma vida para entender as opções Umas estão fincadas na realidade Outras construidas na imaginação E as duas tem seu porque, e sua razão E chega um momento em que descobrimos suas funções Quando conseguimos viver com as duas somos completamente felizes Mas, quando misturamos as duas podemos não ser completos Muitas vezes o fio do emaranhado que nos leva às nuvens deve ser cuidado para que sempre nos leve as nuvens, pois pode ser que quando ele tocar o chão pode se quebrar E se isso acontece o mundo perfeito se perde O emaranhando cria um nó Não desatando esse nó, matamos o que tinhamos de mais puro Ou talvez tiramos nossa maior proteção. Mas sempre há tempo de devolver para a nuvem o que é dela E deix

Sobrará o olhar solitário para o mar E muitas perguntas. Todas elas passarão pelo mesmo lugar Mesmo que as resposta também passem pelo mesmo caminho Os questionamentos continuarão, como o movimento do mar não cessará Muitos detalhes farão parte do questionamento, das dúvidas E o mar lá, se movendo como que se não se importasse Depois de muitas questões, o que se descobre é que a solidão foi causada Por algumas palavras que talvez não devessem existir Mas elas existem, e pior, trazer a tona a realidade Que muitas vezes não queremos ver, mas está lá, como as ondas. A diferença é que as ondas trazem movimentos e mudanças E algumas realidades não trazem mudanças, pois, o certo é estar onde estão. Então depois de encontradas as respostas, o que sobra? Levantar, maos na bunda para tirar a areia, chinelos na mão Uma caminhada lenta, olhos para a areia, água nos pés O caminho de casa, e a realidade que um dia tentamos mudar Mas escolhemos o caminho errado, mesmo achando por

Partido em divesos pedaços Cada um deles em um caminho diferente Escolhendo ou sendo escolhido para aquilo Não se juntarão nunca mais Já tinham o seu destino mesmo quando eram um só O conteúdo dividido com as mesmas partes que partiu E foram partindo partidos Não importa saber porque quebrou Resta juntar o que sobrou para criar um novo E assim um inteiro e completo Feito dos pedaços que eram o velho O novo criado de novo E assim, o que era dois, passou a ser muito Para depois ser um só outra vez

Insessante como o brilho e o calor do sol como o movimento enterno das ondas Insessante como respirar e piscar os olhos como as nuvens que se forma no mar de cima Incessante como esperar o novo dia como a noite escura e fria na solidão Incessante como aguardar a próxima dor como o corpo cansado da luta Incessante como o sorriso que nunca acaba como que se os lábios não entendessem o sofrimento Incessante como o sentimento que nunca acaba como se aguardar fosse incessante

Que me desculpe todas as fantasias e os sonhos Porque um dia ou uma hora eles precisam ter seus pés na realidade Esse instante pode parecer cruel, mas nem sempre é Houve um instante em que os textos em sua função primordial Nos levava a um mundo inalcançável, aquele perfeito E eram feitos para isso, para estar num lugar onde seriam imaculados Mas tudo tem seu tempo E o tempo dos textos em fantasias também tem o seu E eles foram perfeitos, pois, não relatavam fantasias Eles estavam construindo uma realidade que em algum momento estaria pronta E no momento em que a realidade se apresenta o sonho se desfaz Isso indica uma coisa ruim? Não, claro que não, indica que hoje, os texto retratam uma realidade Construida em algo que parecia não existir, mas que só era a preparação De uma verdade que seria ainda melhor que o sonho.

Se um dia foi uma fuga ou uma busca, Hoje já não sei mais. Se procurava algo fora da realidade para completar um mundo que era só meu, Hoje não preciso mais. Bastou um dia depois de um feriado, e algumas horas com planilhas. Então a busca incessante de anos, parecia não ter mais sentido. Depois o pensamento mudou, será que é a resposta daquela busca? Mas no que procurava, queria encontrar um amor louco, que eu quisesse ele Um amor arrebatador de tal forma que me deixasse completamente entregue Mas como isso aconteceria se nunca me permiti, e usei todos os mecanismos de defesa possível? Não saberia essas respostas. E então, como que num passe de mágica, um bom dia mudou tudo. Um bom dia que causa um sorriso bobo, e sem saber se quando deseja ou quando recebe. Depois, uma vontade insana de olhar nos olhos, pois pareciamos dois loucos ou duas crianças E apareceram o eu te adoro, incansável. E cresceu. E a pergunta ainda estava lá: O que eu procurava, era real ou uma fuga?

O tempo, que tem seu começo meio e fim, também determina O começo o meio e o fim de tudo Mas ele não começa nada sem avisar, não tem seu meio sem flores Nem seu fim sem motivo Mas ele não diz que é ele quem resolve. Nos deixa sempre com a sensação de que erramos ou então o outro errou O tempo não facilita nossas vidas E então ficamos nos perguntando ser era tão lindo porque acabou? Ou então, se era tão linda porque fiz isso ou a outra pessoa fez aquilo Mas como tudo tem seu tempo partir tem seu momento E para não ser pouco cruel, ele nos deixará com lembranças Muitas. Algumas boas, ótimas, sensacionais. Outras completamente o inverso das anteriores E são as outras que nos consolam, e nos fazem esquecer de toda a crueldade do tempo No final ainda iremos dizer: Nada que o tempo não cure!

Na imagem plana se escondem segredos e medos Verdades e mentiras, vontades e desejos No que trinca a realidade as verdades aparecem Como pedaços partidos, pois a realidade se esconde Nos cacos apresentados vemos parte das verdades Trechos das vontades Pedaços dos desejos Molduras das mentiras Não há como colar o espelho, nem tampouco mudar a realidade Nas partes vistas nos pedaços dos espelhos podemos ver cada faceta E embora não possamos escolher qual viver, podemos optar por qual pedaço deixar Então olhar as verdades deve ser uma obrigação Ver os desejos e as vontades, uma opção Ver os reflexos da verdade, saudável As mentiras? Podemos tirar esses pedaços do espelho Então viveremos sem elas, e sem seus reflexos.

Alguns voos foram feitos para nunca acontecer Algumas asas nunca vão encontrar a outra em seu movimento frenético Esse movimento não vai existir Eles ficarão na retina, pois visualizaremos eles, mas estão longe Muito longe. Os perfumes jamais se encontrarão, estarão guardados em seus frascos Frágeis, mas ficarão guardados neles. O cheiro nunca sairá de lá para se misturar a outro. Os suores jamais se misturarão, pois não há suor no plural. Há sim calafrios e mãos geladas, as vezes corpos quentes. Mas ficarão na distância em que estão, só calafrios. Porque os voos, os perfumes e os suores, estão presos. Num lugar onde não é permitido o voo, o exalar e a troca.

Claro que não bastaria só um sorriso, pois, o amor não vive do só Para ser amor, deve ser nós, então, bastaria o nosso sorriso E o meu desejo nada seria se não fosse nosso, pois o seu desejo também me completa Serio o bom dia perfeito se fosse com seu perfume no meu corpo Mas ele é perfeito por desejar seu perfume Mas e as flores? Elas são você de uma forma ainda mais angelical E o tempo, que passa que corre que vai, ele também é nosso aliado Pois foi ele quem esperou o tempo certo para te trazer para mim E os dias serão sempre mais perfeitos, mais felizes, neles você está E então amar é mais simples do que imaginamos Basta tão somente nosso bom dia, nossas flores, nossos dias Sempre nossos.

Não sabemos quais serão os próximos passos Mas temos certeza que serão leves e tranquilos Iremos com um pé de cada vez, e um sorriso pleno Pisaremos de leve pois o chão que nos sustenta é o nosso jardim Não podemos advinhar qual será o final da caminhada Nem tampouco onde chegaremos Mas iremos mesmo assim, um dia de cada vez Uma emoção de cada vez, sabendo que o ontem foi menos melhor que hoje A cada passo dado uma paixão que renasce mais forte Cada espaço conquistado um amor mais intenso E assim continuaremos nossa caminhada Não sabemos quais serão os resultados Mas sabemos que não terminará, pois foi tanto tempo para se chegar no hoje Que ele perdurará até amanhã, e depois, e depois, e depois....

Seria tão delicada como uma pétala de flor Esperando um toque leve e suave para fornecer seu néctar Repousar em sua suavidade seria como tocar o céu Sentindo seu perfume suave e doce e seu cheiro forte e marcante Acariciar suas pétalas com as costas das mãos para não feri-la Tocar com a ponta do nariz para misturar o ar que respira Os olhos semi abertos para que não fuja nenhum detalhe da sua beleza Levar sua imagem na lembrança Seu perfume no corpo E seu cheiro na alma

Saudades, muita saudades do que ainda não vivi Uma vontade enorme de voltar naquele tempo que ainda não foi Pois ele ainda está sendo construido na minha vontade Mesmo que ainda não exista já sinto falta dele E sinto porque é ele o meu motivo de sorrir, mesmo que ainda não seja Saudades do corpo que ainda irei tocar. Porque a vontade é tanta que sinto o seu pulsar em minhas mãos E sentindo isso, já sinto saudade por saber que em algum momento ele não estará em minhas mãos Saudades do beijo de despedida que ainda não foi dado, e dos olhos vermelhos que ainda não vi Mas mais saudades ainda do encontro depois da despedida quando direi: como senti sua falta Saudades de te ver chegando, mesmo que ainda não tenha chegado. Mas vai chegar e quando for, vou sentir sua falta, e muita saudades. Saudades, daquilo que ainda não fizemos, mas vamos fazer e sei que vou querer você de novo. Só de imaginar que vai partir, sinto saudades de você antes de você chegar.

Viver é mais do que acordar todos os dias Viver é desconstruir o que já está pronto Sentir nas entranhas o calor de sentir emoções Viver é mais do que dar bom dia para o vizinho Viver é refazer o dia para que o vizinho seja feliz Sentir no final do dia a sensação de ter feito tudo que podia Viver é mais do amar Viver é reconstruir o amor a cada piscar Sentir o coração descompassado por pensar em alguem Viver é mais do que aceitar Viver é transformar os nãos em sins, e alguns sins em nãos Sentir no olhar do outro a indignação por ele saber que vivemos e ele não.

Há culpa na vontade Há culpa no desejo Somos culpados por amar E mais culpados ainda por nos apaixonar E essa culpa nos pune, nos causa insônia E ainda assim não queremos nos redimir dela Queremos a todo instante que essa culpa aumente Que transborde e a gente sorria Insanamente procuramos nos livrar disso, como se fosse possível Mas, estamos tão tomados de paixão que a culpa passa a ser uma virtude E nos instantes onde parece que queremos que tudo deixe de existir Descobrimos que nossa existência feliz passar por ela Logo, seremos eternos culpados pela nossa felicidade e pela felicidade do outro.

Todos temos nossos jardins, com nossas flores. E como bons jardineiros cuidamos para que elas sempre floresçam Gostamos de vê-las com flores novas, novas cores, novos perfumes E quando cuidamos o que mais queremos é dividir essa felicidade com outra pessoa Normalmente dividimos essa alegria com alguém que também nos traz alegria E assim o nosso jardim passa a ser dela também E ela não precisa deixar suas digitais no jardim, basta simplesmente que a enxerguemos no nosso jardim Ela também será nossa flor e não importa a cor, se verde, azul ou laranja Cuidaremos para que ela sempre floresça e que seu perfume nos invada Que fique em nossso corpo em nossa roupa e a flor que ela nos dá é seu sorriso Devemos saber da delicadeza do cuidado e também que precisa ser regada E para rega-la devemos fazer com afeto, com cuidados, com outros sorrisos. Só assim ela além ser dona do nosso jardim também, ela será a flor mais importante a ser cuidada.

Caminhava ele aparentemente distraido e com um sorriso largo e bobo no rosto. Uma pessoa desavisada, o questionou sobre sua felicidade tão contagiante. Sem pestanejar, ele respondeu: - Havia muito tempo, eu procurava num mundo insólito um motivo para que eu tivesse esses sorriso. Era como procurar e querer algo que nunca existiu e que talvez nunca existisse, mas não parei a busca. O desavisado, então respondeu: - Então o que lhe faz feliz se o que procurava era parte de um sonho inalcançável? A resposta não poderia ser outra: - Minha busca nasceu de um sonho e de algo que não existia no início da busca. Mas, não impediu que eu continuasse buscando. Então essa busca terminou. - Ah tá, descobriu que era pura loucura, encontrou a sanidade e agora vive feliz na realidade, é isso? - Sua resposta tem meia verdade, e ela está na parte em que vivo feliz na realidade. A parte da sanidade não se confirma. Mas a loucura, me trouxe para um lugar que eu pensei não existir. - Não entendi.

Borboletas voam, pousam, voam de novo Beijos começam, viram mordidas, depois beijos de novo Flores nascem, florescem, morrem e nascem de novo Dia amanhece, vira tarde, vira noite e vira dia de novo Abraços acontecem, apertam, separam e viram abraços de novos Amigos aparecem, somem, depois aparecem de novo Filhos nascem, viram pais, tem filhos e viram filhos de novo Saudade nasce, há o encontro, há a despedida, e a saudade nasce de novo Amar, nasce, cresce, fica, fica, fica, e amamos de novo.

Pudera as flores imaginar o que elas causam nas pessoas Quem dera as borboletas sonhassem que seus voos causam sorrisos intermináveis A felicidade estampada no rosto tem um motivo e uma razão Mesmo que nesse momento não haja a menor razão, mas sobram motivos Se falta de juizo ou loucura, não há como saber Pois o senso se perde nos olhares atônitos O juizo se vai no primeiro toque Como um gato ganha carinho com o simples encostar dos corpos O toque que causa uma sensação de não fique longe A presença que transforma todas as palavras em fique mais perto Os lábios que não querem falar, mesmo tendo tanto a dizer Os sorrisos que se encontram, os corpos que se tocam As mãos que apertam o corpo como se quisessem ser um só E o olhar para baixo, para cima, e de novo para os olhos E mais uma vez tudo se repete Deveria ser interminável, e é, pois esse momento ainda fica no corpo, no cheiro e na saudade E o amanhã mais florido e com muitos mais voos de borboletas Que embora não

Talvez seja o espelho o grande juiz, não o travesseiro Pois refletido no espelho temos nossa verdade ou nossa realidade Não vamos nunca conseguir mentir um sorriso para nós Pois, ao sorrir para o espelho ele nos devolverá os olhos sem brilhos E nesse instante não há sorriso. Olharemos para nós e veremos como exatamente estamos e somos Ele não nos julgará, simplesmente devolverá para nós quem realmente somos Ou melhor ainda, como exatamente estamos. Não há  mentiras para nós, ela pode ser para os outros, mas para nós é impossível E o travesseiro? Ah! Ele só incomodará nosso sono, e nos trará pesadelos. Mas nossa verdade ficará colada na retina e mais ainda, na memória do nosso rosto delator.

Foi sem motivo e sem razão e assim foi Caminhou por um lugar escuro forneceu luz Desviou algumas pedras encontrou água Não era o motivo da busca, mas guardou a água Continuou sua caminhada, encontrou flores Também as guardou, pois, achou que seria um presente Mas ainda não era o motivo, e continuou Andou mais um pouco, cansou e bebeu a água Descansou, sorriu levou a flor em seus braços A caminhada parecia não ter fim, e ainda tinha água Voltou, achando que não tinha encontrado o motivo Sentou, olhou para a flor, ela também estava cansada A plantou no seu jardim, a água que sobrou a regou Não sabia que o motivo tinha sido a semente do seu jardim Agora ele sabe.

Sempre é necessário novos voos, pois não existe outra possibilidade de termos o novo se ficarmos enraizado no velho. Encontrar o novo pede de nós a coragem de caminhar na direção dele e se desligar do antigo, e muitas vezes essa coragem se transforma em medo, ou então em insegurança. Muitas vezes é tão grande essa insegurança ou esse medo que não nos permite ver que onde estamos já não nos basta mais, nao atente nossas necessidades, não nos completa mais. E mesmo assim continuamos insistindo naquilo que não nos cabe mais. Nossos sorrisos não são mais tão francos como antes, nossa alegria nada mais é do que uma máscara do que fora outrora. Não é, e jamais será uma atitude egoista ou qualquer outro predicado pejorativo tomar uma atitude que nos faça bem, até porque mesmo que não sejamos egoistas, ainda assim precisamos de estarmos bem para que tudo vá bem. Muitas vezes, o que foi plantado e os frutos provenientes disso já se esgotaram, e não haverá nova colheita, mesmo que a gent

Alguns acontecimentos na vida tem um efeito devastador E pela sua própria natureza, quando ele ocorre destroi tudo que foi construído Colocando no chão tudo mesmo que tenha alicerces profundos e fortes A imagem que fica após esse acontecimento é de destruição, e parece que nunca mais vamos reconstruir o que estava há pouco nos levando ao céu Ficará dessa devastação somente a lembrança do ontem, ou talvez do antes de ontem. Porque no ontem já havia sinais de que algo iria ocorrer, e o engraçado é que o céu estava azul, e de tão azul indicava algo de errado. Não houve como se defender, somente receber o que o tempo nos reservou. Após isso, ficará na lembrança as imagens e os sentimentos construidos até aquele momento. O que será construído após a destruição jamais será como o que havia antes, não há a menor possibilidade. O que era plural, voltará para o singular. O jardim destruido, será novamente replantado com novas flores. E os alicerces serão outros, com certeza, e agor

E de repente acordamos com uma sensação nova, estranha Incontrolavelmente sorrimos e damos risadas dos sorrisos Aparentemente sem motivo algum para essa reação Mas não, tinha algo tão grande que precisava do sorriso para extravasar Seria pelos lábios a expressão perfeita daquela coisa que apareceu sem avisar E como foi sem avisar, nos dominou e nos fez seu refém E nós rendidos e capitulados nos sobrou atender seus pedidos que mais pareciam uma ordem E foi tão brutal sua chegada que nos perdemos e procuramos encontrar onde começou Essa espiral para nós ficou sem começo nem fim, uma coisa aparentemente bagunçada Mas não, tinha um começo, tinha um porque. Não cabe a nós compreender, somente sentir e extravasar, e quando os lábios forem insuficientes, o brilho dos olhos faz a parte de complementar E os cabelos mais belos, e o sorriso mais largo, e o dia perfeito. E assim parecemos únicos. Até que temos outra surpresa. A pessoa causadora de tudo isso, também estava assim do o

Inquieto como os cabelos ao vento Como as nuvens durante uma tempestade O coração se comporta de forma estranha e compreensível Estanha porque não é seu hábito Compreensível porque os ventos sempre mudam tudo de lugar Uma sensação de que o mundo o espera de portas abertas Com caminhos floridos, sol a pino, e sombra a todo instante A inquetude que toma-lhe a alma O assusta mas o encanta, pois o repouso nunca foi a opção A mudança sempre se faz necessária Ela colocava nele um sorriso de prazer, e um medo que ativa sua adrenalina A perda e o ganho ficam para segundo plano quando o movimento é o que importa As emoções a flor da pele, o corpo querendo caminhar E com isso ele sai na tempestade e agradece a ela por proporcionar A mudança O medo O novo O caminho E o vento? Será seu eterno parceiro.

Amanhecer com um sorriso no rosto Um bom dia apaixonante A esperança de ter uma caminhada suave Feliz, cheia de flores a nossa volta O vizinho sorridente. O andar pela rua olhando o céu e não importa se azul ou cinza O sol lá, mesmo que a gente não o veja O sorriso largo estampado no rosto Sempre, sempre, sempre, gentil O café da manhã saboroso só por ser café Pão com manteiga? Torradas? Não importa Mas pode ser chocolate, sempre. Será sempre primavera, mesmo no outono Será sempre verão, mesmo no inverno Não importa o que seja, importa o bem estar A felicidade largada e brejeira Tudo pelo simples fato de ser Pelo simples fato de ter um motivo Bastou um motivo, não mais que isso. E então cores, flores e borboletas.

Assim como todo início de caminhada ela tem seu fim E não devemos lamentar pelo fim da estrada, e sim, olhar para tras e apreciar as flores encontradas no caminho. Devemos lembrar de cada passo dado e cada respiração ofegante pelas supresas encontradas nos dias dessa viagem. Com certeza aconteceram coisas inusitadas, pois, é assim sempre, e sempre nos surpreendemos com a nova paisagem. Temos sempre que sorrir ao lembrar dos tropeços dados e respirar fundo lembrando da vontade de desistir. Mas, sempre, agradecer por termos chegado ao final, mesmo que o final não seja da forma como gostaríamos que fosse. Lembrar dos planos que foram alterados durante o caminho, nos faz saber que podemos nos adaptar, podemos entender o novo e mais que isso, podemos aprender com o diferente, o inusitado. Mas sempre chega a hora de partir, de procurar um novo caminho, novas flores, novos horizontes. E nessa hora, de partir, não há nada mais o que fazer, a não ser abrir os braços, respirar fundo, e

Não seria a pena o mais leve dos objetos, mas ela dá às aves o incrível poder de voar O  poder de aparentar mais leve que o ar nos tira os pés do chão As nuvens também parecem ser tão leves que flutuam e são levadas pelo vento, mas ainda não são tão leves A leveza não está no peso que temos, nem tão pouco no volume que carregamos Está no caminhar leve e suave orientado pelo pensamento Ser leve é ser tranquilo e calmo como que se o mundo e o tempo parasse para nós A leveza está  no sorriso fácil na manhã No almoço apetitoso que temos mesmo que não seja o prato mais sofisticado É ter um dia tranquilo sorridente mesmo com todas as dificuldades Podemos sim voar, mesmo não sendo pássaros Devemos sim flutuar mesmo não sendo nuvens Para sermos leves precisamos tão somente de uma paixão, de um amor, de um desejo E eles nos transformarão em pássaros e nuvens E essa metamorfose pode acontecer com um simples bom dia, ou então, um eu te amo inesperado durante o dia.

Descobrir é quando procuramos algo para saber o que há por tras Desvendar é quando tiramos as vendas dos olhos para enxergar E sempre há uma forma de desvendar os mistérios Enquanto temos vendas nos olhos, não podemos ver a um palmo deles Nem tampouco entender o que ocorre a nossa frente Para um entendimento melhor e uma melhor compreensão é necessário que olhemos para frente Sim, para as consequencias, e assim compreenderemos melhor os atos Muitas vezes para tirar as vendas dos olhos é necessário que olhemos para dentro de nós E assim, poderemos ver o que teremos pela frente Somente assim, olhando para o que nos acontecerá teremos condições de saber se estamos certo ou errados, se o que vemos é verdade ou mentira. E quando iluminados nossos olhos e nossas mentes podemos tomar a melhor atitude possível. Muitas vezes para olhamor para nós basta apenas um detalhe, daqueles que parecem sem nenhuma importância, mas que faz uma enorme diferença.

As palavras podem ser duras Mas podem ser doces E leves e ao mesmo tempo intensas E as palavras traduzem e escondem Sentimentos e vontades escondidas Desejos incontidos Com flores e voos Palavras com perfumes com toques Palavras que mudam o dia e que colocam cores Palavras cantadas faladas ouvidas não ditas E o corpo reage às palavras E a cabeça se confunde com as palavras E os sentimentos se misturam com as palavras E no final todas as palavras que queremos São aquelas não ditas no tocar dos lábios Onde os sorrisos se misturam E o corpo responde sem nem uma palavra.

Bastou um sorriso de bom dia Uma flor no jardim Um primeiro pensamento, e pronto Tinha um sorriso bobo no rosto Seria o dia perfeito, pois começou de forma perfeita E o dia caminhou com caricias Risadas Cheiros Apertos E o coração pulsando, mãos geladas, mãos nos cabelos E assim caminhou, livre, leve e verdadeiro Os eu te adoro não bastavam mais, pois não cabia tanto adorar Conforme caminhava o dia para o seu final a saudade brotava Mesmo enquanto estavam juntos E a saudade se transformou em boa noite E a noite longa a espera do bom dia E no meio da noite num suspirar quase que silencioso Somente foi possível identificar três palavras EU TE AMO! Que parecia um sonho, mas estava grudado na realidade

O que eu faço com você? Como saber se nem sei o que faço comigo mesmo? Com saber o que fazer se tudo se perdeu e não há mais razão? Mas há uma razão em não saber Porque esse não saber está cheio de razão. Não há como definir a próxima ação se antes dela há um sorriso E depois desse sorriso tem outro. Nas variantes de sorrisos e olhares e brilhos e mãos geladas Existem também uma vontade controlada nas mãos e perdidas na cabeça Não há como saber o que fazer com você Pois não sei o que fazer comigo E esse transbordar de emoções e vontades e sentimentos Nos toma nos comanda nos domina E nos deixamos ser dominados e queremos sempre nos perguntar: O que fazer com nós? Por enquanto, nada. E depois? Ah! deixa para depois, porque não saber nos permite fazer tudo Até descobrimos o que fazer Então será feito. Como? Só depois para saber, se é que saberemos.