Dúvida

O que eu faço com você?
Como saber se nem sei o que faço comigo mesmo?
Com saber o que fazer se tudo se perdeu e não há mais razão?
Mas há uma razão em não saber
Porque esse não saber está cheio de razão.
Não há como definir a próxima ação se antes dela há um sorriso
E depois desse sorriso tem outro.
Nas variantes de sorrisos e olhares e brilhos e mãos geladas
Existem também uma vontade controlada nas mãos e perdidas na cabeça
Não há como saber o que fazer com você
Pois não sei o que fazer comigo
E esse transbordar de emoções e vontades e sentimentos
Nos toma nos comanda nos domina
E nos deixamos ser dominados e queremos sempre nos perguntar:
O que fazer com nós?
Por enquanto, nada.
E depois?
Ah! deixa para depois, porque não saber nos permite fazer tudo
Até descobrimos o que fazer
Então será feito.
Como? Só depois para saber, se é que saberemos.