Sempre haverá tempo, sempre!

Quente, corpo que não para Suor que brota dos poros dilatados Sangue que ferve Boca que saliva Mãos que gelam Suando, escorrendo pela testa Salgando o sorriso largo Coração palpitando descompassado O cheiro exalando Misturado ao perfume Os olhos semi abertos As costas das mãos na testa E o suor escorre Demonstrando o quanto o corpo reage E as costas escorrem E no final, somente a satisfação De mais um dia de luta e vitória!

Embora eu não queria, mas tenho que... Esse governo fez algo que nenhum outro conseguiu fazer e devemos aplausos a ele. A intolerância religiosa hoje é mais clara ainda, até porque, para esse governo, parece simples, fácil e legitima a violência, e não importa. As pessoas que se esconderam atrás de um discurso democrático, hoje podemos notar o quanto não são. As pessoas que se diziam contra corrupção, hoje, não me parecem tão contra assim, já que apoiam coisas esquisitas ness e governo, tipo: o pai indicar o filho para um cargo. As pessoas que tanto clamam por justiça e comemoram por ter um ex-presidente preso, são as mesmas que não se importa do fato do filho do presidente estar envolvido com a milícia e por consequência não cobram nada a respeito da investigação dele. Esse governo, nos mostrou quem são as pessoas de verdade, aquelas que se esconderam o tempo todo. Aquelas que apoiam desgovernos. Aquelas que não se importam com a injustiça em relação ao outro. Aquelas que comemoram a

Não existe aquela  história que já passou o tempo de sermos crianças Nunca é tarde para arrancarmos de nós os sorrisos dados quando ainda éramos inocentes Jamais devemos dizer que o tempo passou e não vamos conseguir Nunca é tarde para lutarmos pelos nossos sonhos Não! O tempo está a nosso favor. Amadurecer deixa a fruta mais perto de estragar Não precisamos ser maduros sempre Envelhecer não é um crime, mas não podemos contaminar a alma Podemos sim surfar aos 50 Aprender a andar de bicicleta aos 40 Se perder na irresponsabilidade da felicidade seja qual for a idade Ainda dá tempo de tudo De fazer "aquele" curso De aprender "aquela" dança De brincar de amarelinha De tocar as campainhas nas casas Sim! Ainda dá tempo de fazer, de construir, de criar, de realizar Nunca é tarde, mesmo que pareça.

Que brotam do chão como se plantas fossem Tomam forma, depois ganham cores e enfeites Servem para escorar Para impedir a passagem do vento Para ser observada Paredes que surgem para realidade mas que foi semeada na vontade Imaginada, pensada, sonhada Que sobem, como uma trepadeira sem limites E enquanto são erguidas por mãos suadas Junto com elas surgem os sonhos e a visão do que ainda não existe Do chão duro e barrento surgem verdades e realidades E as mãos ainda estão lá Com uma colher que alimenta e sacia a fome de realização Cheias do alimento necessário para tornar firme o desejo Temperado com água, cimento e sonho E quando olhamos para cima as paredes apontam o céu Para que depois, seja coberta e protegida E o céu passa a habitar do lado de fora Estrelado Enluarado E as paredes se tornam morada

Acertos e erros Vontades e desejos Ilusões e realidades Pousam serenas As nuvens em forma de neblina O sol em forma de calor A realidade em forma E nela voam Sonhos e insanidades Sabores e cores Flores e pássaros E nos trazem Sorrisos e lágrimas Abraços e apertos Beijos e felicidade Entre uma vontade e uma realidade Há um infinto de entre

Tempo que passa e que leva Mas tempo que fica e trás Numa escalada louca e insana O tempo muda os rumos Corrige as rotas Ele sempre sábio Mas também melindroso Se não o usa com sabedoria Ele acelera, anda rápido Se cuida com esmero Os minutos viram segundos Na vida o tempo bem usado lembrança O tempo inútil vira tormento Para quem não tem tempo ele falta Para quem  não tem o que fazer ele sobre Quando há muito tempo não podemos economizar Basta usá-lo com inteligência Se perde seu tempo com inutilidades Então o mundo muda E o tempo parece não passar Não como dádiva Mas como punição

Cores para a vida Dores para aprender Amores para viver Sabores para lembrar Interiores para entrar Flores para cheirar Caçadores para evitar

Travessura - Oswaldo Montenegro Eu insisto em cantar Diferente do que ouvi Seja como for recomeçar Nada há, mais há de vir Me disseram que sonhar Era ingênuo, e daí? Nossa geração não quer sonhar Pois que sonhe a que há de vir Eu preciso é te provar Que ainda sou o mesmo menino Que não dorme a planejar travessuras E fez do som da tua risada um hino

Longe afastadas dos dias loucos e insanos Sendo todas elas veladas pela lua branca e iluminada Fazendo do céu um jardim de luzes Ora muitas, ora poucas, ora nenhuma Todas com seus nomes Suas família, suas irmãs Elas lá, aparentemente imóveis Se apontarmos dá verruga Se olharmos, olhamos para o passado Uma com brilho forte, outra menos forte Quando se juntam parecem leite no céu E elas lá Longe da luz insana da realidade por aqui Esperando para serem adoradas Queridas Confundidas E mesmo com tudo isso, elas ainda Adoçam, iluminam e alimentam Os sonhos noturnos depois dos dias loucos, insanos e cheios de realidade

Eu quero um carro Eu quero uma casa Eu quero mais dinheiro E mais um carro E outra casa E quero roupas E quero bens E quero E quero E quero O que tenho? Ah isso não importa Eu quero a vida do outro Eu quero o que o outro tem Eu quero o que acho que perdi do outro Eu quero o que acho que o outro tem O que tenho? Vontade de querer o tempo todo O que me resta? Olhar o que o outro tem Pois, o que eu tenho? Ganância!

Nunca é fácil, nem tampouco simples. Sempre é necessário luta, entrega, cuidado Jamais é interessante desistir, dar um passo atrás sim, faz parte Haverá disposição Momentos de tensão Longas e grandes gargalhadas Olhares ao longe planejando Olhares perto provando o que já aconteceu E assim vivemos de verdade Não existe sentindo em não provar das suas emoções Nem tampouco viver a vida do outro Muito menos não ter seus planos Pode haver um buraco sem fundo, sem volta Mas quando a nossa vida é de verdade Há muito o que comemorar E sempre com aquele sorriso largo Bobo E os olhos brilhando vendo o que está sendo construído E mais ainda Sentindo o calor das mãos que colaboram Das palavras que apoiam Dos corações compartilhados