Sempre haverá tempo, sempre!

O dia vai, as coisas parecem acontecerem, mas não acontecem, e agora? A gente acorda, o sono fica, a preguiça fica, temos que levantar, e agora? A gente escolhe a melhor roupa, o melhor perfume, mas da medo ainda, e agora? A gente espera o outro, cheio de planos, cheio de vontade, ficamos nervoso, e agora? A vida quer mais, a gente quer mais, quer mais, e muito mais, e agora? E agora? Vamos fazer os dias serem mais produtivos, mais felizes, e as coisas vão acontecer. E agora? Vamos levantar mesmo com sono, mesmo com preguiça, mesmo depois daqueles cinco minutos de cochilo, e vamos transformar tudo isso em energia e sorrir muito. E agora? Vamos usar a melhor roupa, vamos usar o melhor perfume, nos encher de confiança e partir para o compromisso cheio de força e energia, e tudo vai ser como queremos e desejamos. E agora? Vamos esperar o outro com os melhores sentimentos que temos, com os melhores planos para dividir com ele, com todas as vontades a flor da pele. E para vida, vam

Desejar tão forte que causa uma mudança nos astros. Querer tanto que não sabemos se estamos certos ou errados. Sonhar de tal forma que nos confundimos com a realidade. Essa é a fórmula para começar executar algo, um projeto, seja o que for. Devemos primeiro querer muito, desejar demais, sonhar acordado. Gastar o dinheiro antes de ganhar, sempre! Claro que sim. Devemos projetar as melhores situações e necessariamente consumir o que ganharemos com as coisas que desejamos. Amar até ficar velhinhos, sempre! Claro que sim. Devemos sonhar com a eternidade ao lado de quem amamos hoje. Se amanhã amarmos outra pessoa, então ela será nossa companhia para quando ficarmos velhinhos. Mas hoje, devemos querer a eternidade com quem dividimos nossos dias. Ter nossos filhos bem sucedidos profissionalmente, mesmo que ainda nem os tenhamos, mas é isso que queremos, ou pelo menos deveríamos querer. Sim. Fazer o nosso amanhã melhor começando agora. Depois de tudo isso desejado, depois de tudo isso

Ao encontrar os carinhos que nos falta, sentimos aquele medo natural, aquela insegurança constante. Ao sentir os carinhos que nos falta, sentimos sensações diferentes e nos assustamos com a reação do corpo. Por instinto uma desejo enorme de negar o carinho. Mas convencido pelo sim do corpo, há a entrega. Uma vontade incontrolável de pedir um carinho assim, ou assado, para nos satisfazer, mas a entrega nos faz aceitar os carinhos e encontrar sensações novas. Sentir um arrepio ao ser tocado diferente, impagável. Saber que também sente prazer assim, sendo novo, assustado, mas prazeroso. Se entregar na forma de fazer carinho. Sentir vontade de dar ao outro o mesmo prazer que estamos recebendo. Tocar o outro com carinho, com cuidado, mas com vontade. Ver o outro se contorcendo, desejando. Os corpos em plena sintonia, entregues, doados. Mãos que apertam e se apertam. Bocas salivando. Corpos suando. Desejos. Entrega. O pudor e as regras não fazem parte desse instante. A entreg

Era necessário a troca de olhares. Não. Era imprescindível que ouvisse a voz um do outro. Não. Era preciso o toque. Não. Não, não era necessário, imprescindível, preciso, nada do que a convenção diz que as pessoas precisam para se apaixonarem uma pela outra. A paixão não cobra convenções, ela exige sensações. Das mais puras às mais profanas, das mais comum às mais insanas. Não seria a distância um obstáculo, não seria a idade, não seria a classe social. Isso tudo é comandado pela razão. A paixão se preocupa com o corpo gelado, com as mãos suando, com a dúvida da roupa, do perfume, do lugar. E nessa preocupação da paixão não tem espaço para coisas menos importantes, se é que elas tem importância como: idade, distância, classe social. As alucinações, as perguntas como: porque eu gosto dele(a)?, porque desejo essa pessoa? Claro que é culpa da paixão. A razão, não de quem está apaixonado, mas de quem vê de fora, sempre vai achar defeito, ver problemas, encontrar obstáculos, e nessa

Começa aqui, vai por ali e chega lá. O caminho é simples. Ai tem um atalho aqui, um caminho diferente acolá. E vamos nos embrenhando nos caminhos diferentes, nos novos. Quando pensamos em voltar vemos outro caminho, entramos nele. Ai exploramos o novo, nos perdemos nele. Temos que voltar, mas agora que conhecemos mais um caminho, não queremos o velho. E então do novo aparece outro novo. Novas sensações, novos sabores. O mundo novo nos atrai. Sem perceber nos entregamos a ele. Novos risos, novos perfumes, criamos nossos novos caminhos. Olhamos para o lado, olhamos para frente, olhamos para traz. Qual caminho trilhar? Porque devemos ter outro caminho se o que estamos nos faz bem? Procura-se a explicação, de onde isso tudo começou. Olha para um canto, olha para o outro. Tudo confuso, não sabemos em qual ponto nos perdemos, ou nos achamos. O que nos resta? Viver intensamente esse novo caminho. Voltar para o velho, para a origem? Talvez um dia, pois nossas raízes  são im

Eu gosto de azul, que bom eu também gosto. Eu adoro mpb, sério eu também. Hum! caminhar na praia é tudo de bom, eu também adoro. Alma gêmea? Talvez. Coincidência? Pode ser também. Destino? Outra alternativa possível. Mas que lição tiramos dessas coisas tão compatíveis? O que nos muda, ou nos acrescenta sendo nós tão parecidos com o outro? De onde eu olho, acho que a compatibilidade é sensacional, pois, na maioria das vezes podemos compartilhar todos os momentos juntos ao outro, e isso é delicioso, já que não há a necessidade de concessões para sermos felizes. Mas as diferenças também são importantes. Não para que haja conflitos, mas porque é necessário do diferente para nos acrescentar algo, para agregar informação, para nos tornar melhor. Quando temos diferenças, muitas vezes aprendemos com ela, e se a diferença estiver na pessoas que dividimos nossa vidas melhor ainda, pois além de aprendermos podemos agradar ainda mais o outro, e o inverso também é uma verdade, o outro nos

Então temos momentos em que as águas dos rios ficam turvas e agressivas. Nesse instante é impossível que possamos desfrutar de sua beleza e de sua formosura, uma vez que o seu brilho e sua calmaria não existe, o que existe é tão somente o medo de atravessá-lo, o desprazer de não poder desfrutar de seu doce prazer. Há momentos em que a guerra é iminente. Quando estamos nesse instante a tensão nos corroê por dentro, pois a possibilidade de não haver o amanhã deixa o hoje incerto. A imagem da espada cortando o vento, encontrando um corpo e deixando-o no chão sem vida, é um quadro que não queremos. Mas tanto o rio tenso e a guerra iminente tendem a terem seu momento de calmaria. O rio com suas águas calmas, nos convidando para um banho demorado, nos perfumando com suas águas e seu perfume, nos traz um instante de plena calmaria. Nos transporta para um mundo transcendental, onde tudo é paz, tudo é felicidade, e o sorriso após esse banho é inevitável. O guerreiro ao voltar de suas batal

Que a semana nos traga algo diferente e novo. Que o diferente e o novo sejam feitos daquilo que adoramos. Que o que adoramos seja repetidos todos os dias. E que os dias sejam feitos de alegria e muito, mas muito amor. Que o amor seja novo, ou renovado. O novo porque nos causa um frisson, o renovado porque nos faz acreditar. Acreditar que podemos ter dias melhores, mesmo tendo nos nossos dias as mesmas pessoas. As que a gente adora, e que nos adora, que nos faz sorrir. Que a semana nos traga algo igual. Igual ao último prazer sentido. Igual ao último olhar penetrador. Igual ao último melhor bom dia recebido. Igual ao último beijo apaixonado. E que o novo, seja realmente novo. Cheio de novidades boas, deixando para traz o que não nos faz feliz. Que a semana seja perfeita em toda sua imperfeição.

Estou preparado para ser desnudado. Estou pronto para estar entregue. Ao me entregar, sinto que os toques serão mais intensos, pois não terei restrições. Ao me permitir ser desnudado, sinto que sou completado e dessa forma, revestido de prazer. Ao me permitir, tenho certeza que será pleno. Será pleno o prazer. Será pleno o sorriso. Será pleno o desejo. Será plena a felicidade. E ao me permitir, permito a outra também que se liberte, se entregue, e também seja plena a sua felicidade. O prazer será novo, será de outra forma, será novo. E ao ser novo, será surpreendente, será diferente, será sensacional. Ao permitir o prazer e ao compartilhar, isso transforma cada segundo numa eternidade, cada suor, uma experiência inovadora. Então, me desnude, faça o meu sorriso rasgar meu rosto. Faça meus olhos brilharem como nunca. Faça meu corpo viciar em você.

O brilho do ouro que reluz em suas vestimentas te faz ainda mais bela A água que escorre do seu corpo, leva consigo seu sabor O vento que lhe abana os cabelos são caricias que até o tempo deseja O sabor das frutas que lhe alimenta são mais doces em sua boca Os sons dos balangandãs que utiliza são sinfonias O barulhos dos seus passos são como uma boa noticia que nos encontra O seu olhar é como uma flecha que atravessa um longo caminho e acerta o alvo com precisão Suas mãos são tão suaves como a água da chuva que cai e nos refresca Seu corpo tão encantador como a visão de uma queda d'água vista de cima Te descrever é tão complicado como explicar os sentimentos Melhor só estar assim abobalhado, e as explicações são desnecessárias.

Sabe quando assistimos as para-olimpíadas? O que vemos não é uma competição entre atletas com algum tipo de deficiência física. O que assistimo é um desfilar de superações. Os deficientes visuais que muitos de nós temos dó, fazem um coisa que nós só fazemos em momentos onde somos mais felizes, quando sentimos mais prazer, aquele momento em que fechamos os olhos e enxergamos naquele instante tudo que tem de melhor, e como sentimos isso? O tato. As dificuldades que vemos no nosso caminhar, nada mais é do que uma prova, tal qual a olímpica, onde nós seres humanos mortais e arrogantemente perfeitos, já que os que tem alguma deficiência são tratados de diferente e com menos condições, devemos nos superar. E sabe de qual categoria de deficiência estamos participando? Aquela do desânimo, aquela da falta de vontade, aquela da vontade de desistir, aquela que não vai dar certo. Nessa hora devemos nos revestir da força de vontade, da superação, do guerreiro que temos adormecido, e ir para a

Pular do alto...se jogar por se sentir tão feliz e tão leve capaz de achar que pode alçar voos altos e longos. O motivo para se sentir assim é deliciosamente justificável. Ele causa vergonha, mas fervor. Ele causa desejo, mas contido. Ele causa frisson, mas saliva a boca. Esse motivo muda as cores das paredes, que um dia pareceram cinza. Claro que ele coloca um sorriso idiota no rosto, daqueles que de tão idiota as pessoas nos pergunta o que está acontecendo. A facilidade que a gente encontra em resolver problemas nos indica que somos outra pessoa. A forma como tratamos a distância chega a ser mineira, é logo ali.... A jeito como arrumamos o cabelo de manhã denuncia esse motivo. E a roupa? Qual roupa usaremos? Qual usar? Mesmo sabendo que não encontraremos ninguém especial, mas e o acaso? Mas precisamos estar belos, pois é assim que nos sentimos. E a luta pelos objetivo? A vontade de vencer e mostrar para o outro que estamos conquistando, nos faz ainda mais guerreiros e c

Desejo seus olhos, quando os vejo de perto não percebo seu brilho. Desejo seus toque, quando os sinto são frios. Desejo suas palavras, quando as tenho machucam. Desejo você, porém, você não mereceu. Desejei seu corpo, porém não era meu. Desejei sua boca, porém estava seca. Desejei seu carinho, mas teria que dividir. Desejei seu suor, mas ele já tinha outro. Não desejo o que me opaca Não desejo o que me gela Não desejo o que me machuca Não desejo o que não me merece Espero um corpo que me acalente, Espero um beijo quente e molhado Espero um carinho compartilhado Espero um suor, com meu sabor cravado nele

Por acaso o acaso ocorre por acaso? Claro que não. O acaso ocorre de caso pensado. E quando pensado o acaso pode até virar um caso. Se por acaso o caso te surpreender pode até ser que seja um caso sério. Sério demais para ser só mais um caso, mas por acaso isso importa? Talvez não, mas se caso importar, que seja de caso pensado. Pensado de tal forma que sem pensar, a gente se sinta meio perdido no acaso. Se for um caso de polícia, prisão. Se for um caso de amor, paixão. Se for um acaso, destino. E se por acaso o destino nos colocar num caso de paixão, e por acaso a gente gostar? Então a reposta do outro será: Então eu caso.