Entrega

Ao encontrar os carinhos que nos falta, sentimos aquele medo natural, aquela insegurança constante.
Ao sentir os carinhos que nos falta, sentimos sensações diferentes e nos assustamos com a reação do corpo. Por instinto uma desejo enorme de negar o carinho.
Mas convencido pelo sim do corpo, há a entrega.
Uma vontade incontrolável de pedir um carinho assim, ou assado, para nos satisfazer, mas a entrega nos faz aceitar os carinhos e encontrar sensações novas.
Sentir um arrepio ao ser tocado diferente, impagável.
Saber que também sente prazer assim, sendo novo, assustado, mas prazeroso.
Se entregar na forma de fazer carinho.
Sentir vontade de dar ao outro o mesmo prazer que estamos recebendo.
Tocar o outro com carinho, com cuidado, mas com vontade.
Ver o outro se contorcendo, desejando.
Os corpos em plena sintonia, entregues, doados.
Mãos que apertam e se apertam.
Bocas salivando.
Corpos suando.
Desejos. Entrega.
O pudor e as regras não fazem parte desse instante.
A entrega é que torna o instante mágico, único.
Sempre será diferente, porque sempre será natural.
Sempre será a primeira vez, porque sempre será novo.

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