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Mostrando postagens de julho, 2019

Sobre um vento!

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Brisa leve que toca a pele No instante mágico onde os olhos se fecham Paraísos passam pela imaginação Pés leves que parecem tocar as nuvens Movimentos calmos Sem sorriso aparente, pois nessa hora é alma quem comemora A música que conta história é entoada com vigor Os passos que representam sua vida são largos, curtos, abaixados, com saltos As varas que parecem punir, nada mais são do que para nos proteger O voo dos pombos representa nosso caminhar pela vida, livre O inhame sempre dividido nos mostra o que é ter gratidão E a brisa ainda toca a pele, de leve Mas o corpo reage O coração acelera As mãos gelam Ao abrir os olhos, o mundo à nossa volta Duro e real como deve ser Mas por dentro uma tranquilidade que contrasta com esse mundo Pois, tenho habitando em mim a fé A proteção de Pai Osoguian O colo de mãe Yemanjá A fartura de Oxossi O caminho aberto de Ogum E a disposição de Exu E assim se refaz meu presente há 26 anos. Exeu epa Babá!

Porque hoje é sábado!

Fazia sol, mesmo com aquela brisa fria e gelada Era sábado e não tinha porque acordar cedo Mas algo no corpo incomodava, mudava, tentava E de tanto que mexia, saltar da cama virou uma obrigação Era um dia de sábado e mesmo que fosse domingo, era para descansar A cabeça não permitia o repouso A ansiedade não deixava o corpo descansar Era necessário levantar, correr, mas esperar era o mais importante Não estava perto, como gostaria, havia alguns quilometros de distância Mas só para o físico O astral e a alma estavam lá, mesmo com a brisa fria O sol brilhando, notícias que chegam, bocas que sorriem Assim começava o sábado. E de tanto que era assim, que a distância encurtou Os olhos marejavam a cada visão nova O empenho, a espera, a esperança E tudo vai tomando forma Com água, com dedicação, com areia, com entrega E assim o sábado vai caminhando E dessa forma algumas coisas não ficarão só no sábado O sábado foi o primeiro de muitos outros sábados, domingos e segundas E

Uau!

Teve muito suor, escorria pela testa, pelas mãos, pelos olhos O sangue também não faltou, se foi na mão, nos pés, não importa Teve sorrisos largos Teve calos nas mãos Terra nos olhos, nos cabelos, nas roupas Mas teve compreensão Ajuda Novas ajudas, velhas mãos Da terra que tinha grama, agora brotam paredes Houve barulho, chamas Mas não faltou comida, nem a música Nem esperança, muito menos caminho Finalizado um, era hora de começar outro E planejar outros No final tinha ainda mais mãos Mais fé e um monte de esperanças novas E foi assim! E o amanhã? Se repetirá o ontem, com ainda mais alegria, mais fé, mais sorrisos Mais, mais, mais E quando mais? E depois, e depois, e depois!

Tic tac

Tic, tac, tic, tac Sol que nasce Que se põe Lua que chega Que vai para o sol voltar Tic, tac, tic, tac Tempo que passa em descompasso Hora que nunca chega Dia que nunca vai Roupa molhada no varal Comida no fogo Comida que não seca Roupa que continua no varal Tempo que passa, lento Coração em contratempo Dissonante Tic, tac, tic, tac E o tempo E o dia que passa, mas o outro que não chega Suor nas mãos Gelados Calendário imóvel E a hora que não chega Tic, tac, tic, tac An-si-e-da-de!

Inesperado

De repente o inesperado acontece Não importa se uma ligação telefônica Um e-mail, um encontro casual O que parecia uma eternidade, passou a ser amanhã Os olhos brilham As mãos gelam O sorriso brota largo nos lábios A ansiedade que já não era pouca, agora transborda Aparecem borboletas Velas coloridas Planos adiantados e outros adiados Não importa! Foi um presente, uma surpresa E vamos aproveitar. A noticia pode ter vindo da forma mais inesperada E sim, assim nos deixa ainda mais felizes O tempo passa a ser menor, pois os planos foram alterados E tudo isso só foi possível porque algo novo aconteceu E nossos planos mudaram, de novo!