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Mostrando postagens de agosto, 2017

De onde vens?

Será que viestes de toda uma história de vida? Ou então das experiências que foram provadas? Impossível saber de onde parte e mais ainda como me invade Vens sem perguntar, nem pedir licença As vezes aparece de uma música Depois surge de um sorriso Muitas vezes, brota de um sentimento E tantas outras vezes simplesmente aparece Não há reclamações sobre sua forma de me tomar Nem tampouco desconfiança sobre você Isso porque sempre que chega, vem bela E sendo bela, me traz as melhores palavras As mais perfeitas combinações e algumas vezes ricas rimas Mas te procurar não é aceito Te buscar não é permitido Fico sempre submisso a sua vontade de me invadir E sendo assim, espero sua chegada Não me importa mais de onde vens, só preciso que venha Como sempre, pura, bela, doce e encantadora. Inspiração, sempre desejo ser sua morada Portanto, me invada, em todos os momentos.

Sobre a música

Um dedilhado leve, suave Tranquilo, como que se o céu fosse aqui O som doce, e a voz mais ainda Cada um dos acordes, como se fossem os sorrisos Lentos, e crescendo, até tomar o rosto Junto com eles, os olhos aumentado seu brilho Então encontra em sua frente a face desejada E nela a paz, o desejo e o nada Pois tudo que tinha a sua volta era o nada Suavemente tocando seu rosto, como que se a música Ditasse o peso dos dedos E a pele tocada, sentindo o carinho retribui com um leve arrepio E nenhuma palavra foi dita O silêncio das palavras e a trilha sonora era a respiração Os acordes eram tão somente o palpitar do coração As vontades incontidas nesse instante transbordam Então mais sorrisos, e mais toques E a música seria eterna Como eterno seria o afeto e a entrega E assim a sinfonia seria tão perfeita quanto a sintonia.

Colher

Caminhando com passos leves Um sorriso bobo e largo nos lábios As cores à sua disposição Os perfumes dos mais diversos O jardim, estava à sua frente, completamente vulnerável Havia um sentido de respeito e prazer ao observá-lo Mas, tinha um sentimento de gratidão E outro ainda mais nobre: deveria ser compartilhado tal beleza E de tão importante e grande beleza ela não poderia ficar escondida Mas tinha outra coisa, ela seria igualada a outra beleza E por isso deveria ter todos os cuidados Então, foi escolhida a mais bela de todas A cor mais pura, mais desejada e que carrega em seu nome Também a denominação da que a produz: Rosa. E foi a rosa a escolhida, para ser colhida Com cuidado, todo o cuidado, para que não a ferisse E não a ferindo, seria um presente lindo E junto com ela, seria dado também sua origem Então presentear com uma rosa, seria mais que um presente Nela estaria sua origem, sua vontade, e tudo que ela representava O jardim que nunca foi no singular, se

Porque?

Porque um dia houve uma troca de olhares, E depois houve o toque nas mãos Dai, aconteceu um abraço. Então, aconteceu a saudade E junto com ela a vontade de se ver de novo Mas a vontade foi saciada. Então quando houve o outro encontro, já eram outros olhares O abraço foi mais demorado, e não houve toque nas mãos Elas se entrelaçaram Porque? Porque tinha a necessidade de se sentirem Se tocarem Trocarem sorrisos, até um encostar no outro E com abraços, e apertos, e os olhos fechados. Porque? Ah! Porque eles se amam. Precisa de outro por quê?

Cores

Cores, muitas cores Das mais diversas, todas elas Quentes, frias, mornas Mas cores! Aquelas que mudam o dia Outras que sentimos o cheiro E também as que sentimos o sabor Elas são só a união de luz, nada mais que isso Todas juntas em movimento brancas Sem luz, negra Misturadas geram outras cores E todas elas nos fazem viajar Seja na cor dos olhos Na roupa de alguem Na cor do corpo do outro Cores, sempre elas. Sem elas, tristeza Com elas, sem palavras Cores, que nos invade, e nos coloca sorrisos nos lábios E até os sorrisos tem cores Então que tenhamos muitas cores Todas elas

Olhar

Imagem
Seria um quadro desenhado por mãos mágicas Mas não, era só um presente da natureza Não importa se os olhares fossem alaranjados Ou talvez orientalmente provocados Seria o belo mais belo que todos O horizonte parecia palpável Mesmo que de onde fosse observado, havia o cinza O concreto, e quem sabe talvez algumas mesas Mas o presente foi dado mesmo que a distância E ao olhar tal imagem era como se lá estivesse Desfrutando de cada brisa soprada pelo mar De cada gosto de sal que a água nos trás Ou ainda, de cada grão de areia grudado nos pés Seria o lugar para se pensar no que foi bom Ou então no que não foi muito bom Mas ainda poderia ser para não se pensar Mas haveria a gratidão e o agradecimento por tal imagem Então, não importa onde o corpo estivesse Pois o desejo estava exatamente no inalcançável E nele haveria mais que só uma imagem.

E a chuva...

Vinha linda e suave, doce, Molhando tudo que tinha pelo caminho, Regando todas as flores, todas as plantas, E no caminho encontrou ela numa dança louca Frenética, sob a chuva. E ela sorria, e olhava para cima, como que se pedisse mais Seus passos loucos e desconcertados Era mais desconcertante, mas era feliz Seus cabelos encharcados e pesados Não a impedia de movimentá-los para os lados Para cima, para baixo, provocando sua chuva particular E ela dançava e sorria e gargalhava Seu corpo molhado e suado, agradecia cada gota que a tocava E não pararia de dançar nem de sorrir O som das gotas tocando o solo Era a música que a embalava em sua dança E o motivo daquela felicidade Só ela saberia...

Olhares

Singulares e únicos Desbravadores de sentidos Tem o poder de nos desnudar Nos causa sensações Provocações ao piscar Desejos ao fitar profundamente Constrangedores quando não são os nossos Eles nos fazem viajar Divagamos quando não piscamos Eles refletem muitos dos sentimentos Mas em todas as situações Estará neles o reflexo do motivo O motivo dos sorrisos Dos olhares Pois nesse momento o outro mora em nossos olhos Ele está preso em nós...

Onde você está morena?

Por onde anda seu sorriso? Como posso passar o dia sem ver seus dentes alvos em minha direção? Me diz como meu tempo pode passar tranquilo sem você? Meus dias sem seus sorriso são nublados Minhas horas sem seus olhos não existem. O castanho me invade, e seu cachos me balançam. Me embalar no som da sua voz, me faz descansar Me sentir no seu colo, me faz me sentir seguro Morena, não sei por onde anda hoje, Mas seu caminhar está nos meus olhos, O som dos seus passos, são as músicas que adoro ouvir, Não demora. Volte logo, pois sem você, o vento é só vento O castanho é só uma cor E meu mundo vazio

Cuidado

O zelo e o cuidado devem fazer parte do dia a dia A palavra doce dever sempre prevalecer sobre aquela amarga Os olhares devem ser de carinho e não de ódio Tocar a mão com suavidade, mas sem perder a vontade Os cabelos entre os dedos Um boa noite sempre Um bom dia todos os dias Aquela pergunta: como foi seu dia? Ou então: como está sendo seu dia? São os cuidados que queremos receber Aquele cuidado que mexe com os sentimentos com o prazer de ser cuidado Não devemos nunca desprezar um cuidado um carinho Até o fato de dividir algo seu com o outro faz parte de um cuidado especial Pois quando damos parte de nós para o outro é que o queremos bem demais Então devemos sempre cuidar Pois assim estaremos cuidando de nós também

Você não veio!

A longa e interminável espera é angustiante, Ela movimenta nossa imaginação para diversos lugares Os segundos eternos da espera nos faz criar monstros Fantasias, histórias, situações, futuro Todos os passos são friamente calculados pela imaginação Como te receber, como te abraçar, o que dizer, como sorrir E nunca que termina a espera Muitas vezes as coisas que se imagina é tão forte que parece que sua presença física está aqui E a espera que não termina O tempo vai caminhando ora lentamente, ora apressadamente E o dia passa, e a tarde vem, e então a noite chega E você não veio.

Esperando

O tic tac do relógio as vezes se torna o nosso maior vilão Ele nos faz acreditar que podemos mudar o tempo Que temos o controle sobre algo incontrolável O banho que nos parece eterno muitas vezes, nesse instante é tão rápido A escolha da roupa que sempre é demorada, mas agora parece que foi tão rápido Mas tem um motivo, e ele é importante O tempo efêmero nos confunde A ansiedade muda o compasso das horas O desejo muda todas as referências E mesmo assim somos felizes, porque estamos a espera Escolhemos o melhor perfume, a melhor roupa Não queremos atrasar, e na verdade estamos adiantados demais A roupa não pode amassar, o perfume não pode perder sua essência E sentamos olhando para o relógio A hora que não passa, e o som da batida no portão que nunca chega E sorrimos, e queremos, e desejamos Esperando...esperando...esperando

Caminhando

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Depois de um dia longe e distante, o que nos resta? Caminhar de mãos dadas pelo caminho do destino Mesmo que incerto suas mãos me segurarão no sentindo correto E ainda que não saibamos onde chegaremos estaremos juntos Pois a saudade da distância do dia, não pode ser plena nem enterna Eternizado deve ser o momento em que caminhamos de mãos dadas Sorrisos bobos, bobagens sendo ditas, conversas amenas Os olhares sempre perdidos Muitas coisas a serem ditas, mas não devem, o momento é do sorriso O caminho hoje paralelo, amanhã se encontrará na bifurcação do coração O destino e o astral cuidará disso, pois sabem eles que tudo que é lindo Deve ser mantido.

Fim do dia!

Então chega o fim do dia e com ele o ceu que outrora foi cinza toma outra tonalidade Ela tem como pano de fundo um céu acinzentado que escurece a cada segundo Mas o que vejo nele são seus olhos, acastanhados, e com um brilho de saudade Sua pele trigueira chega ao meu olfato com um perfume único, seu cheiro E nesse cheiro a saudade e o desejo contido A sua espera no fim do dia transforma o ceu gris em estrelado E o castanho de seus olhos se reflete na lua Ouvir seus passos em minha direção é a sinfonia ainda não composta O som da sua voz uma nona nota pois além de ser só sua, é só minha Esse instante singular marca o início de uma noite sem igual E por ser assim tão única não deve ser desperdiçada Deve sim ser guardada num lugar especial da memória E cravado no corpo, como se uma tatuagem fosse.

Uma tarde de chuva

E sem esperar, o portão recebe em seu frio ferro um toque suave Mas a batida leve e delicada, toca o coração de forma contundente O sorriso acontece de forma expontânea e feliz A caminhada até o portão é como se fosse numa estrada de flores Abrir o portão causa a mesma sensação de sentir o melhor dos perfumes Os olhares e os sorrisos dispensam as palavras Estou com saudades, ou senti sua falta, foram ditas Bastou um abraço mesmo no portão.... O convite para entrar foi desnecessário, e mesmo que não entrasse bastou a presença Era só aquela vontade de encontrar fora de hora, sem motivos Embora todos os motivos estavam lá Descaradamente descritos nos sorrisos e no abraço

Movimentos

Cabelos ao vento Saia rodando Mãos para cima, para baixo Sorriso largos Olhares insinutantes Música feliz Cabelos rodando Saia ao vento Mãos que se tocam Sorrisos largos Olhares desejosos Cabelos nas mãos Saia... Mãos nas mãos Olhos fechados Sorrisos colados Muita música

Encantadora

E a música não parou... E ao amanhcer seus encantadores olhos faziam par com seu sorriso preguiçoso Tinha os cabelos que outrora foram alinhados agora perfeitamente em desordem As mãos que a afagavam ao acordar eram as mesmas que antes lhe fazia perder os sentidos Seu caminhar ao levantar o faria ainda mais encantado por ela Mas era tempo de ir, precisava partir E depois de um bom dia diferente e caloroso Ela caminha bela e formosa como não poderia deixar de ser Seu sorriso indicava sua felicidades O sorriso dele demonstrava sua saudade antes já da partida Ela bela caminha pelo jardim e sua beleza se confunde com as flores que ali habitam E não há inveja entre elas, somente compartilham a beleza e leveza que todas juntas proporcionam Ele ainda encantado com tanta coisa no mesmo lugar Sente um prazer diferente por estar tão entregue Ela sorri com o canto dos lábios e diz que precisa ir E ele simplesmente diz A música não deve parar!!!

Seduziu

Tinha ela escolhido sua melhor roupa, Aquela que tinha em seus traços a sensualidade e a felicidade juntas Com franjas coloridas, rodada, cabelos anelados, soltos e longos Nos pés algo simples e baixo, dedos a mostra Os lábios levemente decorados com cores suaves Seus olhos emoldurados de um negro marcante Para dessa forma contrastar com o brilho castanhos de seus olhos Sua blusa branca levemente transparente Brejeira e sensual, sabia como conduzir sua dança sensual e milenar O movimento de suas mãos marcavam os compassos ditados pela música E ela sabia que ele adorava sua forma pouco comum, mas muito simples Meio cigana, meio bicho grilo Os olhos dele a fitavam com desejo, com vontade e com admiração O movimento de seu quadril o fazia desejá-la ainda mais E ela se sentia seduzida por ele A entrega estava iminente Ele seduzido por seus movimentos Ela seduzida por executar os movimentos E a música não iria parar....

Nas nuvens

Encontra-se nas nuvens os desenhos mais puros Mais desejados e que nossa imaginação livremente os cria É nas nuvens que tocamos no momento de maior felicidade Nelas sentimos o frescor de sua água Mas também é nela que estamos mais perto do céu E por estar tão perto nos sentimos anjos Sendo anjos, temos asas e vamos para onde desejamos Sem regras, sem normas, sem comandos E voamos e desejamos e amamos E assim vivemos, nas nuvens Bobos, rindo, ouvindo a maior e melhor melodia Que nós mesmo tocamos E é nas nuvens que devemos estar sempre Mesmo que as vezes precisemos tocar o chão Mas o coração, ele sempre nas nuvens.

Dor

Nenhuma lâmina por mais precisão cirurgica que tenha Será capaz de executar corte mais profundo que uma lágrima de dor que escorre dos olhos e salga tristemente os lábios que deveriam ter um sorriso. Nenhum erro por menor que seja deverá ser perdoado, se a dor que ele causou foi maior que os sentimentos bons que existiam antes dele Não haverá batida mais triste no coração do que aquela que a cada pulsar incomoda todos os pensamentos. E a angústia, que embora nunca substituirá a felicidade, toma todos os sentindos e comanda todas as ações. As palavras nunca mais serão doces, já que o amargor tomou conta da alma. No futuro o amargor sempre será o sabor final que ficará registrado na garganta e no paladar. E essa mudança foi toda causada pela dor. Aquela que vamos nos perguntar sempre: Porque eu causei isso? E mais ainda: Porque eu não soube consertar isso? E depois de toda a culpa, a dor sentará ao seu lado no sofá e dividirá com você o seu melhor programa de domingo.

Simples assim

Basta um sorriso de manhã, O motivo para o sorriso não importa, nem precisa ter Muitas vezes o motivo se perde no caminho Mas o sorriso jamais deve se perder. Se a lembrança traz o sorriso, a faça se tornar saudade A saudade nunca vai sumir a lembrança sim. Basta uma lembrança durante o dia. O motivo da lembrança não importa, nem precisa ter Muitas vezes o motivo é uma música. Se for, faça a lembrança se tornar uma saudade Se virar saudade, ela nunca vai sumir. Basta uma vontade durante o tempo em que pensa. Muitas vezes a vontade é o motivo, ou o moitivo é a vontade Se for, não perca o motivo nem mesmo a vontade. Basta tudo isso para que algumas coisas se esqueçam E outras voltem para o lugar de onde nunca deviam ter saido. O jardim, o mundo, os textos, o dia

Atoto!!!

Senhor das palhas, que tem sua beleza escondida, para que a gente aprenda a nunca julgar ninguém pelo que vê de fora. Senhor que enfrenta a morte com primazia e destreza. Rei que tem em sua sabedoria dividir com seus súditos sua melhor comida, ou seu banquete, demonstrando dessa forma toda a humildade que nós meros humanos devemos aprender. Que muitas vezes incompreendido por sua aparência, ou por nunca mostrar seu rosto, tem em suas mãos o contole do que merecemos. Que o Senhor, sempre nos ampare. Pois, é o Senhor quem nos tira todas as mazelas do mundo. Doutor de todas as doenças, mas que proteje sempre aqueles menos favorecidos. Que possamos sempre aprender a revenciá-lo como um Rei, aquele que nunca abandona seus súditos. Que sua misericórdia e proteção sempre nos alcance, e se não alcançar, que tenhamos a humildade de saber que temos do Senhor, o que merecemos. Atoto!!!

Sobre a paz

Descanse, respire e sorria Respire bem fundo, e solte o ar bem devagar Pare de pensar, deixe só uma leve brisa tocar seu corpo Ao colocar os pés no chão, faça lentamente Não caminhe, somente toque o chão Morda os lábios e em seguida de um sorriso Deixe aquela coisa feliz invadir sua alma Pense no momento mais feliz da sua vida Naquele instante em que se perdeu e o choro e a risada se misturaram Agora, abra os olhos, lentamente sem se preocupar com o que verá Deixe a paz tomar conta de você Apague a mágoa e o rancor Esqueça o ontem e dê outro sorriso, só que agora mais leve, mais suave Sempre haverá um momento feliz que superará qualquer pior momento Então traga esse momento belo e puro para que te invada E ai, seja mais feliz de novo. E agora, com mais paz.

Ausencia

Um vazio um nada um eco no espaço E olhamos para o lado e não enchergamos nada O coração aperta, as mãos frias, o olhar no vazio E não sabemos o que fazer, andamos de um lado para o outro Escolhemos a melhor roupa, o melhor perfume E tudo parece pouco, ou melhor, não representa nada Queremos mais, mas não sabemos o que é Enfim, nos vestimos, a melhor roupa A melhor combinação, o melhor cabelo E ainda assim, não nos preenche, muitas perguntas na cabeça Será o sapato, será a cor, será a musica? Não temos respostas, nunca. E então respiramos fundo, bem fundo. Lembramos de um nome, um rosto, um cheiro, um toque Sorrimos, claro que um sorriso amarelo. Era a ausência do que era mais importante A nossa parte que não está conosco E então a ausência se faz presente E não há nada que a substitua.

Seu lar

Minha menina que não se compara Minha mocinha louca Que me confunde, que me faz me perder Minha linda menina Que procurei tanto tempo, por tantos lugares Através dos textos te chamei para perto de mim E que agora chegou. Embora tenha sua morada nas nuvens, te encontrei na terra Sempre habitará esse mundo, porque ele é seu E você é quem tem as chaves da porta E conhece as trancas das janelas É de te querer que nascem os textos E de te desejar que brotam as palavras É de não querer te perder, que me perco Esse é seu lar, sempre foi e sempre será Hoje, amanhã, e depois, e depois, e depois.....

Desencontros

A palavras lindas e doces, e também duras e frias Elas tem sua função e cada uma em sua hora Quando elas misturam suas funções fazem um bagunça sem fim Causam uma desordem quase que incorrigível Isso porque uma palavra doce dita num momento frio, pode alimentar a imaginação Uma palavra fria num momento doce, pode alimentar a ira E nenhuma delas ditas nos causam agonia e sofrimento. O silêncio é a palavra dita sem som, e o grito é o som sem palavra O subentendido é a definição do nada, quando deveria ser muito E quando as palavras se misturam assim há um desencontro de informação sem fim Então se ama, diga que ama Se não gosta, diga que não gosta Se sente saudades, não deixe de avisar As palavras ditas nos momentos em que devem ser faladas, resolvem tudo Mas, nunca esqueça do abraço, pois sem ele a palavra ficará vazia Nunca esqueça da ação, pois sem ela a palavra não cumprirá seu papel.

Incrível

Quando o tempo passa, e a gente não percebe Que muitas coisas, feitas e ditas, são motivos e verdades E nunca sabemos o que vai ocorrer Se tudo fica em ordem ou numa grande bagunça Não sei. Mas o mais incrível, não é o que foi feito, nem dito É aquilo que ficou gravado na alma e no corpo Vai virar saudade, vai virar desejo E o tempo ainda assim vai passar Quando percebemos o tempo se foi, e nós ficamos na janela Olhamos ele partindo sem se despedir Não podemos fazer mais nada, se não fizemos antes Perdemos porque não lutamos Deixamos de ser porque achamos que era melhor Mas o tempo se foi, as lembranças vieram E agora não sabemos mais o que fazer Basta somente torcer para uma coisa louca acontecer E destino gritar: Eu sim sou incrível! E colocar tudo no lugar de novo.

Reciprocidade

Recebemos abraço, devolvemos abraço Ganhamos cuidados, damos de volta cuidados Amamos, bom, nem sempre somos amados. Nos entregamos, esperamos a entrega. Sempre, ou quase sempre esperamos do outro o que oferecemos Claro que em alguns momentos, precisamos que não nos devolva o que entregamos. E em outros momentos não devemos devolver o que recebemos. Mas no fundo, todos queremos reciprocidade em nossas ações ou sentimentos. Isso nos tras um sentimento bom, de que somos úteis, somos desejados e mais que isso, somos respeitados. Quando não há essa troca, muitas coisas se perdem, e na maioria das vezes, quem perde são outras pessoas que não tem nada a ver com isso. Pois, inconscientemente criamos barreiras e escudos, pois não queremos de novo o que já passamos e não nos foi muito bom. Queremos sempre viver melhor, portanto quando alguém magoa uma pessoa, outro ser será punido por isso, é natural do ser humano se preservar. Portanto, nas ações boas seja recíproco. Quando o outr

Solidão

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A vida nos propõe muitas situações. Algumas dessas propostas são simplesmete sensacionais. Temos desafios incrivilmente tentadores, e adoramos esses, Muitas vezes nos jogamos de cabeça sem nos preocupar com o resultado. Mas a vida também nos coloca em lugares que não queremos Isso porque esse lugar vem sempre depois de uma coisa boa Ela primeiro nos da um doce e como não poderia ser diferente Nos lambusamos com ele, depois o doce acaba. Olhamos para a vida e pedimos mais do mesmo Ela ri e diz, acho que você não cuidou direito do que te dei Olhamos para ela de volta e respondemos: O que fizemos? Ela nunca nos responde e deixa para nós a produção da resposta. E mesmo assim ainda continuamos querendo o doce que nos foi tirado. Mas, ela não nos devolve. O culpado nunca iremos saber, pois, todos tem suas razões, logo estão todos certos. Mas o final de tudo isso é abrir o seu armário e ao invés do doce tão querido Encontramos um remédio amargo chamado solidão.

Um mundo

Existe um mundo inabitável ele é só seu Nunca permita que ninguém invada esse mundo Sabe porque? Porque não há quem mereça esse privilégio. E nunca haverá. Esse mundo é único, ele é só seu. Nesse mundo o jardim é seu e nunca será nosso. Não haverá e não deve haver plural, sempre deve ser no singular Nunca traga seu mundo particular, para o mundo coletivo. Sabe porque? Nunca você será compreendido, e tem mais. As pessoas nunca saberão valorizar esse mundo. Ele é so seu e deve ser só seu. Os personagens criados nesse mundo, deixe eles lá Os sentimentos cultivados nesse mundo, deixe eles lá E sabe porque? Porque nunca, nunca, nunca, as pessoas do mundo de cá compreenderão E pior, jamais respeitarão. Fique com seu mundo de lá, e não misture com o mundo de cá.

Sobre as mentiras

Ah! Como é bom uma boa mentira Aquela na melhor hora, quando nos amamos, mesmo sem nos conhecer Como é doce a mentira no momento em que estamos juntos Vivendo um mundo paralelo, sem o menor compromisso com o mundo real Isso chama-se iludir, mas não um iludir ruim, um iludir deliciosamente doce. Todos queremos esses momentos. Ah! Como é ruim uma má mentira. Aquela que é dita na melhor hora, mas que ela parece verdade. Como é amarga a mentira no momento em que nos derramamos de sentimentos. Vivendo um mundo que poderia existir. E não importaria se fosse o primeiro, segundo ou sei lá que mundo. Bastava uma ilusão, já seria suficiente para a felicidade Mas, tinha que existir algo destruidor. E é sempre assim.... Coisas do homem, ops, do ser humano.

Da partida

A partida sempre nos causam coisas Algumas partidas nos causam sensações de vitórias Pois elas foram desejadas e esperadas. Outras, nos causam angústia ou dor. Elas não deveriam acontecer, nunca. Mas.... Há momentos que gostaríamos que nunca mais acabassem Então, quando eles acabam, é momento de partir. Há lugares que nunca gostaríamos de deixar. E quando chega a hora de ir..a dor Embora ela tenha várias sensações, algumas são necessárias Precisamos partir para ter mais alegria Precisamos partir para não termos mais dor E então, basta optar. Se queremos alegria, devemos partir. Se não queremos dor, devemos partir. E algumas viagens dispensa o adeus. E outras precisam do adeus. Algumas, basta um até depois. Outras....

Ilusões

Que lindas, e doces, a felicidade causada Eternizadas em todos os instantes vividos Mas, existe um mas. E ele nos faz acordar No sentido acordado, o sorriso não existe mais E ele se encontra com a realidade E ela é dura e crua Sem amanhã, sem depois, nem depois, nem tampouco depois Sorrisos? Somente no instante que não tem amanhã E o que fazer? Saber que não tem amanhã, nem nunca haverá. Viver o hoje? Não mais, não há hoje sem amanhã. Nunca haverá.

Das coisas bobas

Seria bobo demais uma risada sem motivo Mas o que seria bobo nas risadas? Pois se elas aconteceram tinha um motivo Talvez fosse o olhar desconcertante Ou então as mãos perdidas nos movimentos Mas também poderiam ser as pernas em constantes movimentos Então sim, existia um motivo. Mas, mais que isso. Tinha no sorriso bobo a vontade de sorrir bobamente, e olhar perdidamente Não importando se alguém fosse notar, bastava rir. No fundo de tudo isso tinha um sentimento forte e grande e não era bobo Era puro, cheio de vontades e desejos. E esse era o motivo. Sentir o sentimento do outro, no olhar do outro, nas mãos do outro Nas pernas do outro, Mas tem uma outra coisa, ou outro motivo: Precisavam estar juntos, mesmo que fosse só para rir bobamente.

Abraços

Apertados como se fossemos ser um só corpo Demorados como se o tempo não existisse Sozinhos, pois quando há o abraço o mundo em volta não há Os cheiros se misturando Os corpos se misturando As vontades se misturando As mãos que apertam Os braços que se juntam Abraços, sempre eles Que grudam o que está despedaçado Que faz do dia o melhor dia Da noite a melhor noite E na manhã que nunca termine Um abraço, dar e receber E depois, um sorriso, olhos nos olhos e um texto: Amor, que saudade!

Invasora

Invadiu meu mundo sem pedir licença Fez dele um mundo diferente e estranho Mas o diferente foi bem vindo E o estranho foi normal Entou sem bater na porta e mudou as coisas de lugar Cuidou do que estava no chão e desvendou o que estava guardado Não se importou se havia mais ou menos Mas se importou com o que havia E as mudanças que fez, colocou as coisas no lugar A bagunça feita parecia feita para ser Sendo, não havia o que dizer

Experimente

Experimente, prove os sabores todos eles Não se sinta acuado, invista na coragem Faça, não se acanhe, vá e faça, simples assim Não se envergonhe de sorrir, nunca, faça sempre sem moderação Se sentir vontade de ser criança, aproveite enquanto a alma lhe concede essa vontade Não se preocupe em envelhecer, isso não é motivo de preocupação Envelhecer nos torna mais sábios, pois saber que há menos tempo Nos faz aproveitar o tempo que nos resta Se jogue, provavelmente algumas vezes, ficarão algumas marcas Mas cicatriza, e enquanto não cicatriza, olhe e sorrie bem alto Pois, foi mais uma que aprendeu. Abuse da sorte, ela gosta disso. Peça aos deuses, eles também gostam disso E no final sorria e agradeça, pois, tudo valeu a pena. Você teve uma vida nova, com experiências que foram sensacionais O que deu errado? Nada deu errado, deu tudo certo Então, vá agora! Experimente.

Dois mundos

Em um mundo ela era desenhada na linha da perfeição Em outro ela queria algo que achava inalcançável Num mundo, ela era o motivo dele criar o mundo para ela Num outro mundo ela esperava o dia em que se tornasse palpável E cada um dos mundos, desconhecidos para eles, existia algo diferente Ele a procurava Ela desejava Ele gritava e buscava Ela deseja ainda mais E os mundos foram assim criados Um dia os olhares se encontraram, os sorrisos se encontraram Para ele, ela era aquela pessoa criada no seu mundo Para ela, ele poderia ser o que ela desejava Nos dois casos pareciam sonhos ou loucuras Um dia, ele descobriu que ela existia de verdade Ela, entendeu que poderia se sentir como sonhava E os quatro mundo se encontraram E agora, eles sabem que precisam de um quinto mundo Nesse se completariam, e tudo que foi sonhado agora seria real.

Uma imagem

Quando não houver a imagem, haverá a memória E na memória estará o perfume do que foi vista outrora A maciez das pétalas das flores estará plantada na retina O sol que brilha no jardim, sempre aquecerá o dia e a alma Mesmo que não haja a imagem Ela estará lá, sendo o presente de todos os dias Os novos botões, as novas flores, as novas folhas Assim o dia sempre terá um novo sabor e um novo cheiro Há sempre o desejo que tudo renasça mais forte, mais intenso E o desejo é o dono e senhor dos melhores acontecimentos Pois, sem desejo,  não há o que querer. Então mesmo que não receba seu presente diário Estará sendo presenteado na vontade do outro E saber que está no pensamento de outra pessoa É como que se estivesse sendo tocado e presentado Como? Com um sorriso nos lábios e um olhar perdido procurando a felicidade No lugar mais simples possível, na pétala de uma flor.

Renovando

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Tal como uma folha se deixa levar pelas águas da chuva Nossos sentimentos nos levam para viagens incansáveis Trilhando por caminhos desconhecidos e inusitados E no caminho turbulento ou tranquilo os sentidos Vão sendo aguçados e provocados despertados Nos assustamos com alguns caminhos, com algumas curvas Mas nos rendemos a eles, pois são incontroláveis Incontáveis vezes fugimos e tentamos desviar Mas há o momento da entrega e da espera Que seja feita a vontade do tempo e do universo Então deixamos a chuva nos conduzir como se folhas fossemos E balançamos e olhamos e voltamos e olhamos de novo Quando percebemos onde estamos descobrimos que estamos No melhor lugar que poderíamos estar, pois o caminho foi trilhado com perfeição E basta a nós sorrir e querer esse caminho de novo Por mais 30 anos, pelo menos.

Um novo sentimento

Amar é o maior de todos os sentimentos Adorar para algumas pessoas está acima de amar Pois adoração é algum sublime Mas amar é algo supremo Então o amor tem um limite, um lugar chamado pico Alcançado esse cume, não há outro sentimento Mas não. Há sim algo acima de amar ou de adorar Possivelmente não foi nomeado ou dado nome a ele, seja como for. Nós nos prendemos ao termo amar como o mais graduado na hierarquia dos sentimentos. Mas se já estamos amando e mesmo assim temos novos frios na barriga, Ou então mesmo com nosso amor declarado gelamos as mãos, Mais ainda, mesmo descaradamente amando ainda rimos bobos quando vamos encontrar nosso MOTIVO, Isso ainda está no patamar amor? Ah! Me parece que não. Como chamar isso? Mozão? Denguinho? Grudinho? Bom, não sei como chamar, mas é algo acima do amor, com certeza. Então o amor não é definitivo, podemos nos permitir sentir mais. Bora lá!

Nuvens

Porque tinha os passos leves Achava que pisava em algodão Seus pensamentos puros Parecia o levar às nuvens E nelas, ele poderia desenhar E desenhava tudo o que desejava Fazia do azul do séu sua aquarela Mesmo que fosse monocromática E quanto mais desenhava Mais tinha vontade de desenhar E olhar por cima era uma forma Quando vir por baixo a forma era outra E assim vivia com os pés e a cabeça nelas Fazendo dos seus dias os desenhos mais puros Mas também os mais diferentes E quando a chuva desmanchava as nuvens Ele se banhava em sua água E sorria e dizia que quando tiver mais nuvens Estará mais puro e então mais desenhos E não mudou o peso dos seus passos Nem tampouco trouxe os pensamentos para a terra

Dos olhos

Caminham sem destino Navegam por todos os espaços Observam os mais meticulosos movimentos Como que se tudo fosse importante No que buscam o nada encontram o todo Fazem de todas as partes uma só Encantam Desnudam Seduzem Ah! Os olhos! Mas há um momento único deles Aquele em que se fecham e fazem algo mágico Seu dono acordar dos sonhos Ou, sonhar acordado E toda a realidade ficará exposta Aos olhos que agora solitários Sentem uma realidade que agora se mostra Porque quando abertos misturava realidade e sonho E na sua verdade, ele sabe que está sozinho E estando sozinho celebra esse momento Piscando e olhando para o teto vazio mas completo

Bem vinda!

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Sei que sua partida foi mais culpa minha do que sua Não sei por onde caminhou, mas entendo sua trilha Senti sua falta, mas não poderia te trazer de volta Quis te chamar mas não me ouviria, estava em outro lugar Senti sua falta, mas você estava ocupada se reconstruindo Sabia que te teria de volta, sabia que sua partida teria uma volta E que bom que você voltou! Se te magoei, ou se sentiu excluida, não foi por vontade Foi um desejo de te ver em outro lugar e ter certeza que você era assim Encantadora e culpada dos meus mais loucos desejos Se insano muitas vezes foi por te construir dessa forma Mas você voltou, para o lugar que é seu só seu e só meu Estaremos juntos de novo, e não te largarei mais. Seja bem vinda de volta! No lugar que foi construido todo para você Com as janelas que são suas, com as portas que só você tem a chave E agora está de volta onde só habitamos eu e você Nunca mais saia do nosso mundo! Você me faz falta.

Serenidade

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Uma respiração bem funda Ao final uma reflexão Os pensamentos tranquilos e calmos As decisões prontas o coração em paz As mãos quentes, um sorriso por estar sereno Outra respiração, o olhar para o novo, para a nova realidade A tranquilidade ocupa o lugar do desespero O desassossego já não tem mais funçao, pois o causador não existe A caminhada agora será ainda mais leve, não terá culpa Não haverá saudades, só lembranças Não haverá espera, só o caminho Parecia que seria dolorida a decisão, mas havia certeza E o entendimento que a felicidade plena também é feita de adeus E a vida é feita de vontades que nunca serão realizadas E há desejos que devem ser eternos desejos, mesmo que o eterno só dure alguns dias Mais uma respiração bem funda Agora sem reflexão, somente o novo passo, fincado na realidade, mas, de volta ao mundo que nunca deveria ter sido abandonado.

De volta

Habitava ela num local distante e longe de todos Era tão longe que parecia não existir pois era inabitável Não conhecia em seu lar a crueldade dos homens Onde vivia não tinha dor nem saudade nem vontade Todas das coisas eram perfeitas e assim deve ser sempre Acostumada com lugar de tal perfeição achou que o mundo era assim Resolveu então passear pelo desconhecido mundo dos homens E descobriu que também habitava esse universo Nele provou coisas que não sabia existir Viu que o tempo nesse mundo corre Entendeu que no mundo novo as pessoas sentem saudades As coisas cá não são tão perfeitas como lá O toque aqui era mais complicado, pois lá seria tocada sempre que houvesse vontade Desejo no mundo novo era proibido, mesmo que sentindo Os sorrisos aqui não são tão simples como estava acostumada Não havia perfeição, a não ser que a perfeição está no erro Depois de provado esse mundo, entendeu que não era o mundo dela Descobriu que o mundo onde habita é o dela E esse só serviu

Pensamentos

Os pensamentos foram forjados na liberdade Ele é primo irmão da liberdade Não conhecem portas nem limites O tempo para eles não existe pois podem transitar como quiserem Os pensamentos surgem de um lugar que nem nós sabemos E esse esconderijo dele é o que garante que eles podem ser livres Pois, se nós soubessemos onde habita já teríamos os despejados A saudades é um dos nomes que ele leva, pois assim se disfarçam Não sabendo que são eles então não nos defendemos Os pensamentos não pedem licença, eles simplesmente chegam Arrebatadores, invasores. A fantasia é outro codinome utilizado pelos pensamentos E sua função? Os pensamentos tem um único objetivo: misturar realidades com fantasia. E eles são eficientes e misturam, e bagunçam. E nós? Somos refém deles. Mesmo que tentamos controlá-los, eles nos fogem do domínio E em todas as sua facetas não conseguimos nos desvincilhar deles Estarão sempre presentes, e na maioria das vezes nos fazem sorrir. Hoje, amanhã e depois, e

Paisagem

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A paisagem mais bela para o mais apaixonado dos casais O prato mais sofisticado para o paladar da amada A trilha sonora perfeita O guardanapo branco sobre a mesa Os perfumes e os cheiros E assim o almoço perfeito, coberto de paixão, rodeado de amor Durante a refeição, olhares, sorrisos, desejos, e o relógio Conversas amenas entremeadas por eu te adoro, eu te amo, que saudade A paisagem linda e bela O prato que se vai A música que nunca acaba Os guardanapos usados Os mesmos cheiros e os mesmos perfumes Tudo isso numa cidade cinzenta e cheia de concreto Num lugar por onde todos passam Mas não havia ninguém, nem o mundo a volta deles Pois tudo isso foi visto e sentindo em cada troca de olhares E o que importavam eram os MOTIVOS E não as desculpas.