Nuvens

Porque tinha os passos leves
Achava que pisava em algodão
Seus pensamentos puros
Parecia o levar às nuvens
E nelas, ele poderia desenhar
E desenhava tudo o que desejava
Fazia do azul do séu sua aquarela
Mesmo que fosse monocromática
E quanto mais desenhava
Mais tinha vontade de desenhar
E olhar por cima era uma forma
Quando vir por baixo a forma era outra
E assim vivia com os pés e a cabeça nelas
Fazendo dos seus dias os desenhos mais puros
Mas também os mais diferentes
E quando a chuva desmanchava as nuvens
Ele se banhava em sua água
E sorria e dizia que quando tiver mais nuvens
Estará mais puro e então mais desenhos
E não mudou o peso dos seus passos
Nem tampouco trouxe os pensamentos para a terra

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