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Mostrando postagens de julho, 2013

Namorar ou estar enamorado?

Existe uma diferença fundamental entre um e outro.  Quando namoramos, existe um contato meio que constante entre os pares. Marcamos hora e data para nos encontrarmos. Temos um compromisso oficial, ou pelo menos quase. Sabemos que vamos encontrar aquela pessoa. Deixamos ou somos deixados em casa, nos beijamos e dizemos ate amanhã. O contato físico é cheio de intimidades e os beijos são sempre previsíveis. Sabemos que vamos beijar nosso namorado (a). Sentimos ciúmes e por que não dizer que nos sentimos possuidores do outro.  As lembranças das datas passam a ser quase obrigatória. O romantismo entre os namorados as vezes esfria as vezes esquenta. Flores, presentes, surpresas.  E estar enamorado?  Enamorado é um estado. Aliás, um estado maravilhoso. Um estado onde tudo fica perfeito.  Quando estamos enamorados, nem sempre estamos com a pessoa que enamoramos. Flertarmos o mais que podemos para que ela também se sinta enamorada. Usamos de um romantismo mais puro, mais doce, mais melado. Quan

E agora?

Então estamos bem tranquilos, num dia qualquer, fazendo qualquer coisa. Aí o mundo nos prega peças interessantes, e nos apresenta coisa novas, pessoas novas, um universo novo, que já estava lá, mas sabe-se lá porque não tínhamos enxergado. Nesse movimento de vai e vem de coisas novas e pessoas novas, vamos nos acostumando com essas novidades, que no primeiro instante insistimos em negar e não querer, porque o novo sempre nos assombra, e é engraçado, mesmo sabendo disso ainda temos a sensação. O mundo nos apresenta um giz, não um giz qualquer, não um giz que se apaga com a chuva. Um giz que muitas vezes deixa em nossa memória os ensinamentos e as lições que vamos levar conosco por muito e muito tempo. Isso porque, nos tempos que já se passaram, os mestre utilizavam dele, o giz, para nos ensinar as coisas novas que nos formou como pessoas. Mas hoje, não vejo mais dessa forma, e isso tem um motivo. Hoje eu percebo que giz pode nos deixar marcas no corpo, pode nos deixar marcada a alma

Um encontro

- Vamos sim, eu te pego lá e a gente vai tomar um café juntos. E assim começa um encontro desejado, combinado, esperado, e cheio de expectativas. Na cabeça deles, muitas coisas passavam, como vai ser, o que vai ser dito, o que ele/ela vai pensar. Nenhum dos dois sabia exatamente o que ia dizer, ou qual assunto iriam abordar. Existia tanta coisa que envolvia aquele encontro, que tornava tenso o momento do encontro. Mas, eis que chega o momento do encontro. Ao se encontrarem, ele educadamente a buscando de carro, abre a porta, as mãos geladas, afinal de contas, os dois estavam tensos, ela desejando não estar ali, pelo nervosismo, entra no carro, sorrindo, falando palavras desconexas. Para aliviar, uma música, que faria bem para os dois, afinal de contas, tinham o gosto musical parecido. Entre uma música e outra, o clima fica mais ameno, e eles mais a vontade. Alguns toques nas mãos, risadas despretensiosas, o sorriso fácil e o assunto surgia com naturalidade. No café, olhares

Ansiedade

Ansiedade: substantivo feminino, que significa aflição, angústia, grande inquietude, Desejo Veemente, impaciência, sofreguidão, avidez.  Medicina Estado psíquico acompanhado de excitação ou de inibição, que comporta uma sensação de constrição da garganta. Como pode uma única palavra nos colocar tantos problemas e tanta correria como essa. Aflição: ninguém está aflito querendo que as coisas aconteçam antes, que o mundo ande mais rápido, mas se o fizer que  depois ele compense e ande mais devagar. Hum, um único substantivo que pode nos colocar loucos, malucos, perdidos. Mas quando essa coisa vai passar? Mas quando isso tudo vai estar pronto? Mas quando ele, ou ela, vai chegar? Mas quanto tempo vai levar? Ah! Impaciência! Mas ela é sinônimo de ansiedade, então não saímos do lugar, ou estamos ansiosos, ou impacientes, mas é a mesma coisa, já que são sinônimos. Mas tem uma coisa boa, em medicina junto com a impaciência, ou a ansiedade, ou a angústia, vem a excitação e isso é uma coi

Um dia único

Um dia que poderia ou deveria ser igual a qualquer outro. Encontrar as amigas na balada, dar risadas, encontrar o amigo, o namorado. Entre risos com as amigas e os beijos com o namorado, a balada está perfeita. Só que não. Algo estava diferente, algo estava fora do lugar. A ordem dos acontecimentos estava mudada, os sentimentos estavam bagunçados. As dúvidas aflorando e deixando tudo cinza, quando deveria estar num tom mais brilhante. Mas, já que estava tudo diferente, claro que algo novo ia acontecer, claro que algo ia mudar, e quem sabe mudar para sempre, mesmo que alguns poetas digam que o para sempre não existe. Entre os olhares, entre as pessoas que passam, uma angústia atormenta a cabeça, uma raiva brota no coração, que se divide entre um sentimento ruim, a raiva, e outros tantos sentimentos bons, mas junto com eles a dúvida. E de repente se permitir falar o que ta sentindo, para alguém que não faria diferença, já que era só mais um passante. Mas a decisão de falar, foi puro

Esvaindo

E o tempo vai passando, e as coisas vão acontecendo, e nós sem percebermos vamos mudando. Nós mudamos a forma de ver o mundo, ou porque precisamos nos adaptar a uma nova realidade, ou então pelas feridas abertas. Mas há mudanças em nós. Sentimentos que ontem eram bons, verdades que ontem eram inquestionáveis passam a ter outra conotação, e isso não é ruim, isso é normal. Pessoas que nos pareciam interessantes, sinceras, desejáveis, passam a não ter mais esses atrativos, e isso não é ruim, isso é um sinal que não somos só nos que mudamos, elas também mudam. Impressionante como um olhar que um dia foi interessante, foi esperado em outro, não nos toca, não nos faz sentir exatamente nada, e isso não é porque estamos mais frios, é porque na caminhada percebemos que nada daquilo era verdade, era só um instante, era só uma coisa para aquele momento. Claro que tentou acreditar que poderia ser para sempre, mas não foi e não seria, faltava nesse caminho coisas que não foram ditas, pior, co

Labirinto

Olhares são labirintos que deveriam levar à alma, mas não. Alguns olhares nos levam ao mais fundo e insano mundo onde tudo é permitido, onde tudo é desejo, onde tudo é suor. Lábios deveriam traduzir os sentimentos, pronunciar palavras amorosas e confortantes, mas não. Os lábios nos levam a lugares que as palavras não fazem o menor sentindo. Um lugar onde tudo é sabor, e onde tem todos os sabores. O suor deveria indicar que estamos com calor, mas não. Ele nos indica que estamos em algum momento nos misturando ao outro, estamos recebendo pelos poros abertos pelo calor o outro em nosso corpo, mas não é qualquer outro, é o outro em um momento único, é o outro em pleno prazer, é o outro nos dando muito prazer. As mãos firmes para o trabalho, mas não. Elas estão frenéticas procurando um descanso, um repouso, mas ao mesmo tempo elas estão provocantes e procurando onde causar no outro uma sensação de busca, de encontro, mas ao mesmo tempo desejando que o outro se perca no momento do tato.