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Mostrando postagens de novembro, 2015

Sozinho

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E com todas as estrelas no céu a lua sempre parece solitária E com todas as ondas na praia, a areia parece nunca alcançá-las E um mundo inteiro ao redor parece que ninguém existe E o nosso Deus parece não se preocupar com a gente Mas o espelho diz que tenho algo mais que somente a mim As flores sempre esperam estarmos perto delas para dividir conosco seu delicioso aroma A areia da praia sempre é tocada pela parte mais suave das ondas A lua? Ah, ela nunca está sozinha, tem ao seu redor o brilho de todas as estrelas E Deus? Ah, Esse sempre está conosco, seja com que nome for. E o seu colo, nos acalenta de todas as dores. Não, não estamos sozinhos, nem solitários. Temos tudo sempre, e todos sempre. Basta tirar os olhos do espelho e olhar ao redor.

Ganância

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Necessito! Desejo! Quero! Não basta só o que me é o bastante, eu preciso de mais! Não só mais, mas muito mais! Não importa nada, somente acumular! O que for necessário para que aumente! O preço a pagar por isso, não importa. As vidas em jogo não têm valor, pois preciso aumentar, acumular. As preciosas coisas da vida são aquelas que eu tenho que acumular! Ostentar! Mostrar! Provar! O mundo não me basta, quer ainda mais! Ah! Se der errado para o outro, não importa, pois eu tenho o que quero! Se precisar comprar, pagar, extorquir, tudo faz parte. Tenho que acumular, nem que para isso, tire de quem precise. Se for dinheiro não importa, se for a vida muito menos. Preciso saciar minha fome de acumular!

De novo

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E depois das caminhadas e caminhos tortos e inseguros Aqueles que não sabemos porque mas sabemos que sim Tem o instante da volta, do desejo, e da vontade Seja num café despretensioso, numa amenidade no meio do dia A vontade do toque, do olhar, do desejo Com a boca salivando, o corpo quente E então a lembrança do sabor do outro, do arrepio E a vontade de novo E o suspiro, e a lembrança e o desejo E então o tempo mostra que passou Que não há volta, e mesmo assim, o tempo volta Nos lembra do que foi bom e muito bom Mas foram as caminhadas e os caminhos tortos e inseguros Que deixaram marcas boas e a vontade sempre E então as amenidades amenizam os desejos as vontades e gosto do gosto de novo nos lábios.