Sempre haverá tempo, sempre!

Amanhã será um novo dia, um dia a menos na verdade Não, um dia mais perto. Mais perto de um objetivo, mais perto de uma vontade, mais perto de um desejo. Amanhã será um dia diferente, como todos são. Mas será um dia a menos, pois, na escalada do tempo necessário, esse dia já passou Amanhã, será um dia para comemorar. Como todos dias devem ser comemorado, mas vai ser diferente. Amanhã, será um dia para abrir um sorriso e pensar, "Caramba, já já chega" E cada um tem o seu chegar diferente. Mas para algumas pessoas essa coisa que vai chegar pode representar muito mais do que só chegar. Responsabilidades novas chegarão. Outro cargo, outra forma de tratamento, outro tudo. Mas passará um dia de cada vez, até chegar o grande dia. E depois, a filha passará a ser mãe. O irmão mudará o tratamento, Mas o pai, será sempre o pai. E a cabeça sempre ficará baixa para ele, mas, o tratamento será outro. A cadeira será maior, a vestimenta será outra. E esse dia vai chegar, mas

Muitas vezes somos escravos de diversas coisas. Algumas vezes o trabalho, a família, as juras feitas no passado. Mas não existe maior servidão que a do desejo, pois esse nos domina de tal forma que chega a ser incontrlável. E não importa o desejo, pode ser um vício químico, uma bebida, adquirir algo, ou desejar alguém. Pois, o desejo quando se torna obsessão nos transforma e nos faz esquecer de vários limtes, e isso se torna um perigo. Quando perdemos os limites para realizar um desejo na maioria das vezes perdemos muito em troca de uma única coisa. Esquecemos os amigos, a família o caráter. A angustiosa busca da realização nos faz passar por cima dos nossos valores mais íntimos. E isso faz o desejo nos custar muito caro, porém é quase incontrolável. Mas no final das contas a única que somos é tão somente escravos dessa vontade, e como tal, devemos servi-lo. Há solução para isso? Sim claro que há. Liberte-se dos rótulos e das conveniências, não acredite que você tenha que

Não troque seu mundo por um que não seja de seus pares. Você não será aceito e para ser deverá vender muito caro o que acredita. Não acredite que vão te aceitar como você é. Você será rotulado, sempre. Fique no seu mundo, onde as pessoas te aceitam, não acredite que vão esquecer seu passado. Não há crenças na mudança, e seu passado será sempre uma "mancha" para o novo mundo. Não acredite que você mudará o outro, nem tampouco que o outro aceitará você sem mudar. Fique no seu mundo. Não ache que mesmo que você queira ser igual aos outros, eles te aceitarão como tal. Você sempre ouvirá a frase: Não é seu perfil. Fique no seu porto seguro. Ele é o melhor dos mundos, e isso não é conforto. Isso é entender a natureza humana, elas não aceitam e não acreditam na mudança. Nem nelas, nem nos outros. Continue no seu mundo. Não se relacione com pessoas que gostam de coisas muito diferentes das suas, acredite, não dará certo. As pessoas não querem os diferentes, querem os

Nas conquistas no caminhar temos muitas coisas boas e outras nem tão boas assim. Pois algumas conquistas nos deixam no céu, com sorrisos bobo no rosto, um olhar perdido, e as mãos geladas. Porém nenhuma das conquistar são eternas e jamais se manterão no mesmo patamar, isso ocorre por diversos motivos e assim que é. E quando algumas conquistas se mostram frágeis ficamos com diversar perguntas e a pior delas é aquela em que procuramos nossos erros no processo. Pois, na maioria das vezes o errados somos nós em acreditar na perfeição, e isso é o pior dos defeitos. Acredito sempre no deixar rolar e não cobrar respostar para o futuro, até porque o futuro é algo tão incerto quanto é incerta a próxima respiração. Mas, isso não pode mudar nosso caráter, pois jamais devemos agir de acordo com conveniências ou padrões, ou rótulos. Mas nem sempre isso é possível, mas temos que insistir em sermos quem somos, sempre. Mesmo que muitas vezes isso nos custe mais caro do que o desejado. Não p

O que procuramos no outro chamamos muitas vezes de afinidade. Aquela coisa que nos damos bem, um sabe o que o outro deseja e nesse saber nos cuidamos bem e a coisa flui. Procuramos no outro aquela coisa gostosa de ouvir:"Como você sabia que era isso que eu desejava?" Eu não chamo isso de afinidade, na minha conta isso chama sintonia. Sintonia é aquele momento em que rodamos o dial do rádio até encontrar a estação perfeita, na televisão é quando encontramos a melhor imagem, que chamamos de sintonia fina. Numa relação a dois a sintonia se traduz na falta de cobrança, pois estamos tão conectados que não precisamos externar nossas vontades ou necessidades. Aquela coisa que a gente não sabe de onde vem, mas o outro nos sacia, nos completa. Sabe, quando a pessoa diz, vou fazer isso e a outra responde, era isso mesmo que eu gostaria que você fizesse. Essa coisa de sintonia acontece com amigos, com amante, com pais e filhos. E quando há sintonia as cobranças, as desconfian

Ser leal ou ser fiel? Muitas pessoas perseguem o mais fiel das pessoas para se relacionarem. Claro que essa opção faz parte dos desejos humanos, pois nos dá uma sensação de segurança e de ser querido incondicionalmente. Mas do que a adianta ser fiel e não ser leal? Do que resolver ser fiel e nos momentos em que precisamos de amigos leais, não temos ninguém? Talvez não tenhamos a real sensação da importância de uma pessoa leal ao nosso lado. Porém, queremos exclusividade em nossos relacionamentos e muitas vezes por si só é o bastante para termos uma vida feliz. Quando há a falta de lealdade, acusamos, brigamos, jogamos tudo para o alto, mas no final das contas agradecemos pela fidelidade. Mas, no final das contas, não nos importamos se a pessoa não era fiel, pois ela não foi leal. Seria o mais perto da perfeição uma pessoa fiel e leal ao nosso lado. Escolher uma das duas coisas, nos coloca em uma situação completamente frágil. Julgar pela falta de qualquer uma das duas tamb

Assim como o vento leva a poeira do deserto para os mais longíquos lugares O tempo leva de nós tudo aqui que desejamos queremos ou não queremos Senhor todos ele nos tem como seus escravos e servos Pois vivemos por conta dele, para ele e na determinação dele Cronus já engolia seus filhos e assim continua até hoje O relógio muitas vezes amigo, em outras situações inimigo mortal Tentamos dominá-lo, tentamos controlá-lo Criamos situações, condições e aparelhos para que possamos tê-lo em nosso poder Porém são tentativas frustradas, pois ele não se permite ser dominado Sua característica dominante não permite o inverso E então cabe a nós submissos tentar nos sujeitar aos seus desejos e aproveitar da melhor forma Devemos então aproveitar de quem nos domina, e tirar o melhor de tudo isso Embora chamado de remédio, o tempo nada mais é do que um aviso que ele irá passar Dar fim a todas as coisas Então, não devemos nos preocupar com ele, e sim utilizar da melhor forma o tempo que

A leveza do toque não está em tocar suavemente e sim na intenção do toque Ao olharmos o horizonte temos a doce sensação que o sol toca o mar E essa imagem nos deixa boquiaberto como que se houvesse o toque E assim somos. Não precisamos ser tocados para que sejamos de fato A leveza do toque leve e suave é um toque A força do toque nos marcando é um toque A vontade de ser tocado é um toque E tatear ou ser tateado nos da prazer Sentir o corpo do outro seja nas nossa mãos ou nossas mãos no outro Alimenta ainda mais o prazer E o corpo sendo tocado arrepia E o corpo que toca esquenta E o toque pode ser dado com o olhar E o corpo sentirá todos os toques e tocará também

E no abraço dado a distância se sentia os corpos sedentos do reencontro Logo no primeiro olhar viu-se que tinha uma ausência muito maior do que foi sentido E então a efusão de sensações misturou-se com sorrisos e olhares há muito não dados E o abraço mesmo que distante falou no silêncio das palavras, pois elas não eram necessárias Mas mesmo assim foram ditas e muito bem ditas, pois como diz o poeta "bem ditas são as palavras". E houve saudades, e houve reencontros com os eus sumidos E houve a saudade do que ainda não aconteceu, e era importante que não ocorresse mais Houve pedidos e promessas e nas promessas o sorriso da certeza e o alívo da ausência da saudade no futuro. Lembranças de palavras ditas, mas também de palavras escritas E no melhor boa noite possível, abriu-se a esperança de um melhor bom dia. Seja ao som de uma bela música, de alguns insetos, ou então somente da vontade de ter o bom dia Que será dado, mesmo que não ouça e não saiba que foi dado.

Ah! As fantasias? São lindas, gostosas improváveis, por isso nos cativa. Ah! A realidade? Ela é feita de coisas que nos magoam, nos chateiam, mas é a realidade. Ela tem as verdades e as realidades que temos que vivier, mas também tem as coisas boas e que nos fazem feliz de verdade. A fantasia não nos faz feliz? Claro que faz. Mas os pés na realidade nos faz acordar e entender os momentos diferentes e saber ser feliz em todos os momentos os reais e os da fantasia. Qual eu prefiro? As duas é claro para ser feliz mais vezes durante o dia. Qual me maltrata? Só a mentira, nada mais.

O balançar da mão indica um até breve, ou um adeus. Muitas vezes a gente não sabe o que fazer com ela. E no não saber nos perdemos, quando percebemos a estrada que foi trilhada com flores e luzes. E o momento do acenar com a mão se torna uma coisa dolorosa e diferente. Mas sempre tem o momento de chegar e o de partir, e não há culpados nem herois nessa caminhada, somente pessoas. Algumas que fazem parte do nosso dia a dia com flores e sorrisos, outras pessoas que são só sorrisos e também há as que somente fazem parte. Mas no final da estrada, haverá tão somente a mão acenando e sem medo de acenar. Porque na maioria das vezes ficaremos sozinhos, mas houve os momentos em que tinhamos boa companhia que parecia eterna, e foi no momento em que ela existiu e nos fez perder a noção do tempo. Mas, quando abrimos os olhos sabíamos que estavamos sozinhos e deviamos continuar a caminhada. Então o que resta é apenas um acenar com a mão, sem medo, sem culpa, se

Que você seja bem vinda em minha vida dessa forma como você é. Não mude, seja sempre assim, livre, sem amarras. Que você me entorpeça com sua energia boa. Seja bem vinda, assim me invadindo, não só no meu corpo. Invada sem pedir meus pensamentos Invada sem pedir minhas ações. Seja minha dona irresponsável Seja toda minha e me torne todo seu Não me abandone, nem permita que ninguem me tire de você Me faça seu companheiro de todos os momentos e que na hora de decidir seja você o fiel de minha balança. Faça de mim assim como você livre. Liberdade, seja minha dona. Me dê as asas que são suas. Que você me faça voar alto e longe. E quando eu tiver que voltar, faça sua casa minha morada.

Que me venha a paixão mais insana possível. Que seja tão louca que de tão louca me faça feliz. Que me venha a paixão mais ensurdecedora possível Que seja tão ensurdecedora que eu não ouça mais nada que não seja sua voz. Que me venha a paixão mais arrebatadora possível. Que de tão arrebatadora me leve para outro lugar sem tirar meus pés do chão Que me venha a paixão mais diferente possível Que de tão diferente eu não consiga compará-la com tudo que já vivi Que me venha a paixão mais agressiva possível Que de tão agressiva me torne uma pessoa em plena paz Que me venha a paixão mais paixão que existe Que de tão paixão eu me apaixone todos os dias.

Que todas as nossa opções tem um preço, isso não é novidade.  Porém, há um caminho que percorremos que muitas vezes não percebemos o preço a pagar. Na maioria das vezes nos entregamos no caminho escolhido, e esquecemos de olhar para os lados, para cima, e até mesmo para frente. Porém, olhar para traz nunca parece uma opção. E caminhamos e cantamos e sorrimos. Mas mesmo assim ainda há o preço a pagar. E nesse caminho ouvimos palavras doces, belas baladas e o sabor do mel nos l ábios. E ainda assim há o preço da opção. E em um momento que nunca sabemos qual, encontramos o cobrador frio e calculista que saberíamos que encontraríamos. E ele nos cobra das mais diversas formas, não queremos aceitar no primeiro instante, mas sabíamos que isso iria ocorrer, portanto, não pode haver lamentos, e sim temos que pagar o que nos foi cobrado. Nessa hora castelos caem, princesas desaparecem e as flores murcham. O café esfria, o cigarro apaga. E o preço muitas vezes é tão simplesmente o desnudar de ve

Na imensidão de sentimentos confusos e atabalhoados Temos a nossa frente uma série de opões das quais não podemos fugir Onde verdades e não verdades se confundem com o que desejamos Na descoberta dos caminhos oferecidos podemos dizer muitos sins e muitos nãos Aceitar o que é proposto ou então alterar o rumo quando possível Sentimentos alterados tornando frio o que era quente, e aquecendo aquele que não tínhamos Mas ainda assim, temos os caminhos à nossa frente. Ocultamos aquilo que nos incomoda Realçamos aquilo que nos faz feliz E mesmo quando parece que não queremos, ainda assim desejamos Mas todos eles continuam confusos entre o caminho a percorrer E na decisão deixamos alguns para traz e junto com ele as flores que um dia desejamos.

E no calor dos corpos juntos, o suor invade o espaço Se mistura com o sal e com o vapor O vapor do corpo que evapora com o calor do ar E o ar invadido pelo calor do corpo falta nos corpos A respiração pulsando como se fosse acabar, a água molhando o corpo O corpo molhado pela água se tocam, misturando o doce sabor salgado do suor E a transpiração misturada com a respiração E os corpos juntos ocupando um só espaço E não há espaço entre eles e não deve haver E a água, e o suor, e os corpos, e a transpiração, e a respiração A vontade que não termina, o desejo que não acaba E o beijo que sela o desejo

Que hoje sejamos invadidos pelas paixões insanas e inconsequentes. E que possamos vive-la de forma intensa, sem moderação. Que ela seja o combustível para um dia sensacional, onde os sonhos estejam mais perto da realidade. Que nossos sentimentos aflorem de forma tal, que nos assuste, mas que também nos estampe um sorriso bobo e largo no meio do rosto. Que essas paixões sejam obrigatórias, como deve ser todo sentimento bom e rico e puro. Que hoje, nos apaixonemos por nós, pelo outro, por uma música, por uma cor, ou simplesmente nos apaixonemos. Que não seja necessário uma explicação para a paixão, somente se apaixonar. E assim tenhamos então o melhor dia de todos os dias, até o próximo melhor dia, que será amanhã.

Na doce leitura do seu corpo Encontro entre linhas entre os lábios Versos nas prosas que levamos Musica no som da respiração ofegante No se perder na dissonância dos sentidos Encontramos nexo no sem nexo dos desejos E caminhos razoáveis onde a razão não habita E silêncio nos gemidos altos No se encontrar na poesia do seu corpo Me apeteço no sabor da sua saliva Encontro rimas nos movimentos coordenados Se tornando um so os dois corpos E depois traduzir o seu suor nos meus poros Como parte do meu corpo Onde o banho fica proibido Pois seria amputar de mim uma parte de vc

Que hoje o dia seja das vontades realizadas, dos desejos cada vez mais presentes. Que o dia de hoje seja para que possamos pensar no ontem abrir um sorriso e ter motivos para caminhar para frente. Mas que se a dor nos habitou no ontem, que seja só para ser uma lembrança do que doi, e também para valorizar o sorriso de hoje. Que ao viver o dia de hoje, seja intenso de tal forma que doa de felicidade. Mas, se não conseguirmos ser intensos, que guardemos essa energia para um ama nhã melhor. Que o dia de hoje seja único, como todos são. Que tenhamos sabedoria para aproveitar cada suspiro. E claro, que o amor, a paixão e o desejo pelo outro, nunca nos deixe e nem enfraqueça.

Se era vontade, estava escondida no submundo do subconsciente. Se queria era um querer estranho a vontade sã e consciente. Mas nao tinha como saber, se não houve algo que disparasse esse desejo. Depois de provocado, desencadeou um monte de desejos, vontades e fantasias a serem saciadas. Então, as mãos se tocaram, os lábios se desejaram, e a distância acabou. O toque esquentou o corpo, a boca salivou, as pernas tremeram, o resultado disso, foi um sim em silêncio e as vontades sendo atendidas. Era para ser assim? Claro que não, mas foi assim. Desejos, vontades, corpos, olhares, bocas, mãos. O final disso? Um sorriso bobo, um agradecimento pelo prazer e o desejo de voltar. Se vai voltar? Sim, os dois esperam o reencontro, e o que vai acontecer, depende somente da forma como os olhares irão se comportar.

Não há o certo ou o errado. Quando somos julgados pelos outros sempre temos como respostas as seguintes opções: nossa ele acertou ou então eu sabia que não ia dar certo. Quando optamos por esse ou aquele caminho, o resultado muitas vezes pode não ser o esperado, mas ainda assim, fizemos o correto. Não é o resultado que define e sim o ato de escolher. Portanto, o correto é escolher o caminho, O resultado dessa ação é consequencia de outras tantas coisas que não só a escolha. Não vacile para escolher.  E não se preocupe com o resultado, pois o correto foi ter escolhido uma opção. Então, não devemos julgar nem ser julgados por ter optado, isso porque o que realmente é importante é ter escolhido.

No caminhar do conhecer as coisas se alternam entre o querer o desejar o falar o ouvir o silêncio. Coisas belas são ditas, verdades são faladas e mentiras são criadas.  Tudo faz parte do caminhar. E nesse indo e vindo de palavras, gestos ocultos e vontades contidas, se desvendam mistérios. Vontades são só vontades, verdades são só verdades e as mentiras continuarão lá. Quando as verdades são descobertas o sorriso fica ainda mais fácil. Quando as vontades são iguais, a mordida no canto do lábio é imprescindível. Quando a mentira é desvendada, a frieza brota sem controle. E tudo isso é assim mesmo. Basta a nós entendermos porque o outro reage.Sempre será melhor o sorriso fácil e a mordida no canto do lábio. Pois assim saberemos que há verdade e também desejos.

Não é sobre a boca, é sobre o momento. Aquele instante insano que queremos mais do que temos, que queremos entrar na outra pessoa Aquele momento que queremos uma parte do outro. O instante mágico quando queremos o sabor do outro num momento único e sem divisão. Onde a pele Lisa escorre pelas mãos tateando forte com os dedos. Onde a diferença entre o certo e o errado não existe. Onde a dor e o prazer se confundem. Onde o suor e a secura da boca se misturam. Mas é a boca quem causa o calor do corpo o frio das mãos a pele trêmula. O sorriso e o choro, o prazer do momento e a saudade no próximo instante. Mas a boca, sempre ela. Insaciável morde. Aperta. O corpo responde, o sorriso brota largo nos lábios, a vontade instável. Querendo parar, continuar e parar de novo. E como uma confusão de sentidos, e na ausência de ação. A boca volta e morde de novo. Então tudo começa outras vez. E não quer e não vai parar.

Dentes, para os sorrisos. Dentes, para triturar alimentos. Dentes, para morder. Morder, mordidas, mordiscadas. Não para triturar, mas para morder, para marcar. Hematoma? Talvez. Marcar? Sempre. Marcar um instante, marcar um prazer, marcar um instante. Mordidas com emoção. Mordicadas com prazer e tesao. Mordicar na carne, na mão, no corpo. Provocar dor, prazer, arrepio. Na mordida trazer o sabor para os lábios. Na mordidar deixar o sabor na pele. Então, morder, para marcar, um momento. Eternizado no instante que os labios travam a pele.

Muitas vezes habitamos um mundo que não nos pertence. Embora ele seja estranho ao nosso convívio, na maioria das vezes nos adptamos e somos bem aceitos. Em outras, a adaptação não é das mais simples e algumas pessoas não nos aceita. Isso faz parte do ser humano se adaptar e adptar-se ao outro. O novo nos assusta e nos provoca. Pode ser excitante ou frustrante. Quando tudo vai bem, sorrimos e ficamos felizes por ter optado por habitar esse novo mundo. Quando não vai bem, pegamos nossa mochila e voltamos para a estrada do desconhecido. Dai gritamos em voz alta: não sei porque entrei num mundo que não me pertencia. Mas tudo isso nos faz melhor e o apredizado nos engrandece.

Era para ser algo frio, mas com história, mas de repente se encheu de significado e valores. O sorriso estampado, alvo e emoldurado pelos cabelos e olhos, diziam mais, muito mais do que parecia. Fazia um convite para uma doce e meiga companhia. Mas era para ser tão somente observado, Mas não podia passar despercebida toda a emoção latente. Tal como um interlocutor ávido por palavras, o silêncio do sorriso dizia mais. Nos encantava pelo simples fato de sorrir. Tinha nele algo encantador e temerário, pois, nos atraia pelo largo abrir dos lábios, mas também como um convite ao desconhecido. E para quem observa se perde nos significados possíveis e com o temor de errar, se entorpece nas fantasias do que poderia ser. Mas todos esse torpor se compensa com o simples fato de ser um sorriso, belo e convidativo. E o convite? Somente quem o faz, sabe para onde quer levar.

E o tempo que se leva para chegar, não faz a menor diferença. As vezes chegar não é o mais importante, e sim viver o que há para viver. O não toque nem sempre é ruim. A distância nem sempre é prejudicial. A distância que habita entre as pessoas, não é um limitador Pois, dentro do que se toca e não se toca, existe a calor provocado pelo outro. Pelas palavras, pelos sentidos, pelo desejo A falta do cheiro dos corpos é suprida pelo sorriso trocado de longe. A distância não é um limitador, pois ela nos aproxima embora não pareça. A vontade do encontro torna a distância cruel Porém, saber que vai "encontrar" mesmo longe, torna a distância amiga. Pois estaremos juntos, mesmo longe, mesmo que não saiba.

Bastaria tão somente um sorriso. Só isso. Mas não, tinha que ter algo mais, um beijo, um toque, um boa noite. Mas bastaria tão somente um sorriso. Mas não, teve que ter o convívio, teve que ter o apego. Bastaria um sorriso. Mas não, tinha você. E você trouxe o sorriso contigo. E agora estou contido em você. Inteiramente. Sabe onde? Naquele sorriso, que só bastaria ele. Mas não, ele tinha que ter trazido você para mim. E agora? Basta o meu sorriso encontrar o seu.

Seria estimulado por um vento frio, mas não, foi o ar quente quem causou. Os arrepios da pele foi motivado pelo doce e simples desejo de um toque. Não, não era o toque da mão. Era o toque dos lábios, aquele toque leve do primeiro beijo. Aquele toque trêmulo, boca úmida. Sentir o desejo dos lábios era mais do que merecia. O beijo esperado não tinha o sabor das fantasia, tinha mais que isso. Era a supresa do instante mágico do toque. Os desejos foram aumentando, e a pele reagiu. O que era desejo do beijo passou para a pele, quente e desejosa. Os corpo unidos pelos lábios se tornam único. Não há no que pensar, só sentir. Razão e emoção? Não existem, existe o desejo incontrolável. E aquele instante interminável e inexplicável ser torna infinito. Depois do beijo o sorriso. Os olhos perdidos. As mãos geladas. O corpo arrepiado. E não foi pelo vento frio, foi pelos lábios quentes e desejosos.