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Mostrando postagens de junho, 2017

Em verso

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Não eram as flores que davam o perfume desejado Não eram as borboletas que faziam voos impossíveis Eram os perfumes não sentidos que deveriam ser provados Eram os mesmo ares que deveriam ser visíveis Não eram os sorrisos que deveriam ser vistos ou olhados Não eram os toques que deveriam ser sentidos Era a certeza que todos os sorrisos foram estimulados Era a vontade de que todos os toques fossem permitidos Não era o amor que deveria ser demonstrado Não era a paixão que deveria se descrita Era saber que estava lá em algum lugar guardado Era saber que ela iria acontecer e não há quem desista De tanto que não era e era De tanto que perfumava e voava De tanto que sorria e tocava De tanto amor e de tanta paixão Que o corpo mais do que tudo Se sentia sempre um vulcão.

Transbordou

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Era tanto que se queria que tanto que se teve E de tanto que parecia que não era o bastante então teve mais Mas foi muito mais do que se queria e talvez menos do que merecesse E do tanto que queria e do tanto que se teve que não teve como guardar E de não conseguir guardar o tanto que queria que um tanto transbordou Mas transbordou mais do que se queria, mas era menos do que se tinha E no que transbordou dividiu o que tinha sem ficar sem o que se queria E mesmo querendo ainda tinha mais para transbordar de tanto que tinha E o tanto era tanto que parecia que era mais do que tinha E ainda sim se tinha, e que se não tivesse tanto não transbordaria E no que transbordou ainda tinha mais para querer Por que o querer nunca bastava e nunca terminava Porque o querer também transbordava

Caminhos

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As vezes procuramos as flores que forescream e trouxeram com elas perfumes, borboletas e pirilampos Só sentimos falta delas pois os perfumes cessaram, as borboletas não apareceram e os pirilampos não acendem mais Notamos sua ausência porque com ela sumiram tantas outras coisas que apreciávamos, porém, não sabíamos traziam o que adoravamos A ausência do motivo tirou de nós a razão E quando quando olhamos a nossa volta percebemos que deixamos para tras o que realmente importava para nos preocuparmos com a periferia Mas sabe a consequencia disso? Devemos esperar as flores na próxima primavera. Talvez ela traga de volta tudo o que tanto admirávamos, mas pode ser que não. Ou então, teremos que admirar o que não conhecíamos ainda e aprender a gostar do novo, ou somente relacioná-lo com o que já passou. Mas tudo isso só acontece porque um dia demos mais valor para o resultado do que para a causa. Portanto, esquecemos o principal, para ficar com o derivado. E a segunda opção, sempr

Um aceno

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Bastaria uma mão acenando e então o adeus estaria dado Mas o movimento tão simples de uma mão balançando ao vento Depende do movimento do braço que a levanta Esse movimento que parece involuntário mas necessário depende de muitas coisas A primeira delas é o desejo de levantar A outra a vontade de levantar E a mais importante de todas a coragem de levantar Acenar para um nunca mais movimenta muitos mais órgãos do que está visível Ao movimentar os dedos para os lados e a palma da mão extendida Antes disso o coração doeu O estômago sentiu borboletas morrendo Os olhos salgaram o sorriso E muitas vezes antes disso, a mágoa ja tinha tomado conta A decepção já era constante Ou o caminho era impossível de ser trilhado Mas antes disso ainda, tudo parecia perfeito e em ordem O coração era feliz, as borboletas voavam frenéticamente E o sorriso? Ah! O sorriso era doce E quando tudo isso se tornou aquilo, então o braço não precisou de esforço Ergueu-se e a palma da mão ficou ex

Desejos

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Não é a realização que nos move São os desejos que alimentam nossos passos O combústivel para a busca está na vontade de querer Atingir o objetivo é tão somente o final da história Claro que quando há êxito ficamos satisfeitos Mas sem os desejos de nada valeria a conquista Desejar uma pessoa é sensacional Muda o dia, mudam as cores, muda o corpo Querer alguém nos faz mais bonitos do que já somos Nos faz mais felizes do que pensávamos que poderíamos Ter essa pessoa ou ser dessa pessoa é tão somente o final Devemos desejar sempre Devemos querer sempre Pois enquanto queremos e desejamos vivemos mais intensamente Sempre temos pensamentos bons e porque não sensuais Mas estaremos sempre com o corpo em ebulição Os atos? O toque? O beijo? Isso é físico e sem o desejo é mecânico Pois faltou nele o desejo a vontade. A vontade que é sentida no corpo, na alma, no sorriso.

Sem cores

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No mágico instante da paixão o coração acelera As mãos geladas os olhos brilhando o coração sem ordem A razão perdida num lugar sem começo nem fim Mas essa mágica como todas tem um final e um reinício E o mágico instante da paixão dá lugar a outros sentimentos As mãos continuarão geladas por outro motivo este menos nobre Os olhos perdem o brilho da paixão e ganham o brilho úmido das lágtimas O coração já tem um tempo menor na distância dos seus batimentos A razão? Ah ela estará lá no lugar que ela acha que é dela e nesse lugar ela conhece o começo e sabe exatamente onde está o fim. O sorriso não citado, ah, ele não tem lugar nesse momento Sobram tão somente os lábios cerrados O momento da partida assim como da chegada tem sua hora no inesperado Pois nem uma nem outra foi desejada as duas simplesmente ocorreram E esse instante tão mágico como o outro torna-se longo Inacabável, porém com uma diferença Queremos que ele termine, enquanto o outro queríamos que ele durasse

Pelos dedos

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As vezes temos tudo nas mãos As ações e por consequencia as reações Tudo parece perfeito e quando menos esperamos se esvai Ocorre porque o execesso de segurança nos leva ao descuido Assim como a areia nas mãos. Se não deixarmos os dedos fechados faltamente ela vai escapar pelo vão dos dedos Então, sempre devemos estar atentos aos detalhes, e nesse caso a distância entre os dedos Muitas vezes colocamos a culpa na distância pelas coisas que não acontece Outras vezes a culpa é pelo que acontece E tanto uma como a outra não é a distância e sim o cuidado Não podemos apertar demais pois estragariamos e sufocaríamos Jamais abrir os dedos demais, pois escorregará e se perderá E o abrir ou fechar dos dedos depende de como lidamos com a coisa Sem exageros, mas com atenção E assim preservaremos o que temos Mas, quando percebemos isso infelizmente ou ja apertamos demais ou já afrouxamos mais do que deveríamos E quando não há sensibilidade, nunca saberemos o porque de perder Se p

Sorriso

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Tá na cara que você está sorrindo. Parece óbvio esse texto, pois o sorriso fica estampado no meio do rosto Os lábios se abrem facilmente como por instinto Os alvos dentes mostram seu brilho E incrivílmente os olhos também brilham As mãos vão para os cabelos como que de forma sincronizada Mas há também aquele sorriso contido, meio escondido do amigo da mesa do lado E o outro que se transforma em uma mordida no canto do lábio, sim isso também é um sorriso Alguns são tão grandes que precisam de um varal para que sejam demonstrado Outros são bobos quase adolescente, ou seja, sem juízo Ah! E tem aqueles que deixam de ser sorrisos e viram risadas. Esses são sensacionais. Os motivos? Os mais diversos. Um carinho recebido. Uma vontade sentida. Uma vontade escondida. Um texto que não foi. Um texto que veio. Um texto que deixou de vir. Tudo isso causa um sorriso. Uma flor, uma borboleta, Viram sorrisos. E tem sorrisos que viram borboletas e também flores. Mas o sorriso está lá

Ondas

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Incansável movimento repetitivo em sua aparência Diferente em sua essência Sensacional em sua forma Mesmo que pareça sempre a mesma ela tem para cada ato um resultado novo Não tem a mesma força nem altura nem velocidade Mas aparentemente ela é igual Engana-se quem acha que mesmo sendo parecida ela é a mesma Ela muda a todo instante como mudam os ventos E olhamos para ela e mesmo sabendo que é diferente achamos igual Seu som é sempre outro Seu movimento é outro Sua espuma é outra Mas precisamos de muita sensibilidade para notar E mais que isso, precisamos querer notar que mudou Muitas vezes fechamos os olhos para a mudança que ela traz Então, não percebemos que as ondas procuram outros lugares para descansar Ou pelo menos terminar sua viagem E com formas apaixonantes que só elas sabem criar Queremos menos ainda que elas sejam diferentes E podemos passar horas observando e mesmo assim se não quisermos não notaremos Que muitas vezes sua intensidade diminui e ela volt

Dia

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E então amanhece. E o sol que parece ser o mesmo de todos os dias não é Ele traz consigo um novo calor e uma nova vida Sempre com seus raios apontando para uma nova direção Nos mostra sempre que há um novo caminho e uma nova rota Algumas coisas do ontem devem ser deixadas no ontem Outras devem habitar a nossa vida para o sempre Ao se renovar ele nos ensina que também devemos fazer o mesmo E então mesmo que o espelho nos mostre o mesmo rosto Devemos ser outra pessoa e procurar uma nova direção Achar uma nova rota e dessa forma um novo resultado Ao entender essa mensagem entregue por ele somos novos Renovados e prontos para a mudança Muitas vezes essa mudança pode parecer nebulosa Mas mesmo com as nuvens o sol ainda brilha por tras delas Logo, mudaremos, tomaremos um novo rumo Mas atrás dessa mudança ainda seremos nós Com nossas convicções nossos desejos e nossos sorrisos Mesmo que agora estejam distante de outros que em um momento Parecia ser um só. Outra vez o mes

Madrugada

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O que nos reserva a madrugada? Sussuros longos Suores Palavras ao ouvido Olhos fechados Olhares Toques Exaustão Sorrisos longos e largos Peito a disposição para o acalanto Cabelos bagunçados Delírios em profusão Dois corpos um só Roupas no chão Mais sorrisos e mais largos e mais longos Suores, toques, mais exaustão Sono, descanso E de manhã? Queremos mais madrugada

Noite

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Que a noite possa nos trazer o que o dia escondeu Sob a luz da lua segredos sejam desvendados Amores descobertos e libertos E que a noite dure até mais que o sol nascer Que as promessas feitas a luz da lua sempre se concretize E que os beijos sob ela não a envergonhe e sim a faça sentir orgulho A noite que esperou o dia para aparecer vai trazer com ela o toque que o dia não viu O beijo que o dia desejou O toque que o sol não pode ver E canção que soará a noite será a mais bela de todas Mesmo que ninguém a ouça E dançaremos à luz da lua como se fossemos insanos E depois da dança um abraço que parecerá infinito E o brilho dos olhos parecerão o sol que a lua nunca encontra E quando vier o dia que a noite permitirá, será como se noite ainda fosse E só terminará quando as bocas disserem: volte logo!

SIM

Um instante Um sim Um olhar Sentir-se invadida por um olhar. Sentir-se tocada por um olhar. Sentir naquele olhar uma mão pressionando, quente, seu corpo Sentir naquele olhar uma sensação diferente, se assustar Sentir naquele olhar uma vontade. A vontade do desejo O desejo da vontade Experimentar seu corpo reagindo de uma forma cósmica Experimentar dentro do peito o ar faltar, tentar controlar a respiração Um olhar Um sim Um instante Sentir naquele instante um tempo sem tempo Sentir naquele instante um sorriso dentro do peito Sentir naquele instante um calor Sentir naquele instante um fervor A forma desejada O desejo na melhor forma Experimentar seu desejo de forma única Experimentar suas fantasias nesse instante Mãos geladas, pernas descontroladas Uma coisa que cresce dentro de você. Uma vontade de todas as palavras Mas ao mesmo tempo uma vontade de que todas elas não existam Os corpos já não mais querem a distância Os corpos já não mais querem só a vontade O

Bem vinda

Minhas mãos nas suas No céu duas luas Pela janela as ruas As vontades todas nuas Meu sonho também o seu Nosso limite o céu Poder tirar seu véu Tornar-me seu réu Meus dias ao seu lado No café ser amado Poder almoçar calado Jantar abraçado Minhas noites no paraíso Nos lençois sorrisos Madrugada improviso No gozo te aliso Minha vida sua vida Emoção sem medida Que seja bem vinda Sua vida em minha vida

Delírio

Viajar em seus braços Embarcar em seus doces sonhos Fazer cruzeiros com seu amor Aprender a lição de compor Entender suas estações Aportar em seus desejos Morada sem igual Deuses gregos passam mal Saborear da sua polpa Me abastecer de seu mais puro néctar Infinito não existe Sem seu corpo o meu desiste Na volta desse delírio O suor já me domina Seu aroma sempre impar Em meu jardim para sempre fica

Respirando

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O que elas tem de especial? Elas habitam a liberdade O que elas tem de diferente? Elas habitam nossos estômagos algumas vezes. Nos seus voos desconcertados elas procuram sempre o seu alimento Se alimentam de perfumes e de flores Nós nos alimentamos de sua liberdade e do seu voo Queremos ao encontrá-las mandar mensagens para quem está longe Pedimos a elas que entreguem Mandamos parte de nós no seu voo de retorno Onde habitam? Em algum estômago apaixonado A liberdade delas nos deixa felizes Seus voos deconcertados nos colocam sorrisos nos lábios O perfume das flores? É o mais puro cheiro da liberdade e do encontro.

Impossível

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Porque seria impossível não te desejar E improvável que não sentisse vontade de te tocar Mais do que uma vontade, é quase uma necessidade Sentir seu corpo quente isso seria mais que alcançar o paraiso Sua boca sorrindo emoldurada pelos seus olhos que brilham O melhor e mais belo dos quadros Se expressionista ou cubista já não há como definir Saudade toma uma dimensão impossível de ser medida E os sonhos?Ah, você os invade até quando estou acordado Sua voz seria a mais bela das sinfonias, mesmo que fosse em um bom dia Porque seria impossível não te querer E improvável que não sentisse a vontade de te querer Mais que uma vontade, é quase uma coisa insana Sentir suas mãos isso seria mais do que ser tocado Seus arrepios quando tateado seu corpo seria a perfeição do toque O melhor e mais belo momento Se duradouro ou só um instante, isso já não importaria Medo toma um lugar que não o nosso instante E os sonhos? Ah, agora eles seriam pura realidade E tudo começou naquele

De hoje

De hoje e só de hoje O dia chuvoso, pensamentos nebulosos Vontades de frio, coração gelado Sentidos cobertos Olhares distantes Decisões frias Como frio está o tempo, mas de hoje e só de hoje Distância tão gelada quanto Esperança de sol no amanhã E no depois E depois E depois Com sol, com calor, intenso Mas não hoje e só hoje Hoje faz frio, e ele traz junto a solidão Necessária e as vezes precisa Tão precisa como um corte cirurgico Mas tudo isso hoje e só hoje

Realidade

Que seja me servido de bandeja o que é palpável Onde o toque é possível E a respiração sentida Os arrepios sejam trocados As bocas se toquem sem pressa As linguas desfilem uma na outra E as mãos sinta o calor dos corpos Que seja me servido evolto em perfume Um corpo feliz Um sorriso largo E um abraço apertado Mas que o toque seja sentido E que a voz seja ouvida E a saudade seja forte Necessária Desejada Que tenha a realidade sempre em minhas mãos E de preferência sem razão

De verdade

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De verdade o final da caminhada é sempre assim Não há outro par de mãos a disposição Nem tampouco um par de olhos que brilhem na sua direção O final da caminhada sempre será só um par de pés E as mãos estarão ocupadas com os próprios dedos E o sorriso para o chão Não haverá um bom dia, nem boa noite A saudade que parece tão forte, não haverá mais A palpitação no coração será trocada por uma lembrança E ela poderá ou não ser verdade, mas não importa mais Valeu a pena cada segundo que fez bem Cada sorriso bobo trocado com ninguem, mas era como tivesse E que nunca haja um adeus E que nunca haja um amanhã E o depois? Não existirá ele dependia do amanhã

Ser sozinho

O grande barato de ser sozinho é ser sozinho Sonhamos muito Desejamos mais ainda E somos sozinho Acreditamos que algumas pessoas estão ao nosso lado Sentimos seu cheiro Olhamos seus olhos E somos sozinho Sabemos que não vamos ter essa pessoa Mas acreditamos que a teremos Achamos até que a temos E somos sozinho Não falamos tudo e ouvimos menos ainda Mas encontramos palavras no silêncio E falamos sem dizer E no final Somos sozinho E vamos ficar sozinho Esse é o grande barato achar que não somos sozinho Mas no final, somos sozinho

Permitir-se

Se permita Seja livre nos seus desejos Se permita ser você Seja fiel à suas vontades Deixe a emoção tomar conta de você Deseje ser feliz e seja Não pense que amanhã chegará Ele pode não vir Deixe seu corpo desfrutrar das vontades Não impeça sua cabeça de pensar no que é bom Não se puna por gostar Por desejar Por querer Se permita se apaixonar Se permita apaixonarem-se por você Não negue o brilho nos olhos do outro Nem tampouco opaque os seus Sinta vontade sim de beijar De morder De suar De gemer A vontade é o primeiro passo Mas antes permita-se

Decisão

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Sim ou não? Dor ou amor? Para esquerda ou direita? Para cima ou para baixo? Com gelo ou sem? O proibido ou não? Todas essas perguntas nos fazemos o tempo todo. Precisamos de respostas para continuar, ou pelo menos para começar. Usamos nossa cultura e nossa educação para optar. Escolhemos como resposta aquilo que nos deixa mais cômodos e quase nunca o que nos deixa feliz. Mas isso porque pensamos com o que temos dentro de nós. Precisamos sair de nós, olhar a coisa mais de longe. Analisar com outros olhos, ver o belo mais belo Sair do mundo que fomos educados e obrigados a seguir Só assim as respostas farão sentindo. Só assim poderemos perceber o quanto as coisas podem nos fazer melhor. Então basta que nos afastemos só um pouco do mundo imposto e nos aproximemos um pouco mais do mundo que desejamos.

Renascer

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Que possamos renascer como o sol Todos os dias iguais mas diferentes Que saibamos entender como é bom Estar respirando vivo e prontos Que o calor do sol novo de todo dia Possa nos aquecer a alma Que possa dividir conosco seu brilho E que nossos olhos possa sempre refleti-lo Que assim como invade todos os cantos o seu calor Tomara que nosso sorriso cause o mesmo efeito E que assim seja durante todos os dias E quando for a hora de ir Que nos coloque em bom descanso Com a lua em seu lugar Que nos aqueça com sua estrelas e um ceu limpo E quando acordarmos Que possamos desfrutar de tudo isso novamente

Voo leve

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De voo leve, muitas vezes aparentemente sem destino Sabem exatamente onde pousar e o que procuram em seu pouso Escolhe as flores com seu melhor perfume Entende quando deve chegar e sabe quando deve partir Sua partida nunca é um adeus, sempre um me espera que já volto Seu voo embora leve é agitado turbulento Muitos dizem que há momentos que elas habitam o estomago E acredite, nessa hora há muito mais flores na vida do que vemos E elas assim, se alimentam do que é produzido pelas flores O que nos deixa com uma responsabilidade Cuidar bem do nosso jardim para que elas sempre voltem E na sua volta a gente possa sorrir, um sorriso bobo de alegria Sentiremos saudades em sua partida, mas isso é bom Porque quando volta nossa alegria é muito maior Elas são assim, cheias de significados Embora achamos que ela está em nossas mãos Nos enganamos, somos nós que estamos em seu coração E tudo isso porque cuidamos sempre do nosso jardim

Docinhos

Um dia você acorda e percebe que nunca mais sua vida vai ser a mesma Serão dias de preocupação, noites sem dormir, correira na madrugada E olheira, muita olheira. Mas como num passe de mágica tudo isso será prazeroso. Então teremos mais surpresas. Jogaremos bola juntos, estudaremos juntos, o natal não será o mesmo Ah! E o dia das crianças, agora nós daremos os presentes, porém ganharemos um dia Em agosto, teremos um dia só nosso. Tudo isso nos transforma em homens, mas também em crianças Eles, sabem disso e nos usam descaradamente. Nos chantageiam da forma mais insana: um sorriso Quando falam que tem orgulho de nós, mal sabem eles o orgulho que temos deles E eles resolvem crescer. A gente até fala que quer que eles cresçam, mas é mentira Mas eles crescem, só para os outros, porque para nós serão sempre as eternas crianças Sonhamos por eles. Sentimos suas dores, Suas frustrações, Suas vitórias Desejamos estar no lugar deles na hora da dor. Desejamos mais ainda eles no no

Estrada nova

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O que antes estava tatuado na pele Como algo que não poderia ser apagado Mas era um engano e grande engano Assim como não há dor que não se cure Também não há marcas que não possam ser apagadas E algumas vão se apagando bem devagar De forma quase imperceptível E vão indo embora Esvaindo pelos vãos dos dedos Um sorriso a menos Um bom dia a menos Um te adoro a menos E ele se vai E vai E vai E foi.....

Janela

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Assim como o olhar pela janela Passamos a vida a observar e ser observado Desejar e ser desejado E olhamos para fora, e algumas vezes para dentro Nossos olhos procuram no horizonte respostas Muitas perguntas e poucas respostas Quando achamos que encontramos respostas Temos então mais perguntas Olhamos o horizonte que as vezes nos parece tão perto Quando olhamos para dentro de novo Notamos que devemos encontrar as respostas em nós Não existe o outro. Sozinhos achamos soluções e saidas Descobrimos que a solidão muitas vezes nos faz bem Vivemos isso, mas há momentos de fraqueza Então procuramos no outro o que nos falta Encontramos algumas vezes Outras vezes achamos que encontramos O próximo passo é descobrir que não Não há outro, somos só nós Então fechamos a janela

Ciclo

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Tudo tem um ciclo e um tempo As coisas, a vida, as sensações, os desejos Nesse movimento constante entre o início e o fim Muitos fatos ocorrem, surpresas e presentes Ficamos felizes quando as surpresas são boas Viramos crianças com presentes Nos deliciamos com desejos insanos Vibramos com sensações novas E assim funciona o ciclo Tudo isso um hora passa, acaba, termina E só assim pode se iniciar um novo movimento Ficam lembranças Ficam vontades Sobram frustrações E ainda assim esperamos o novo ciclo E desejamos tudo de novo Até que termine de novo E então comece outro E sempre haverá o novo

Intrusa

Entrou sem bater na porta E quando vi, já habitava minha sala Não se sentiu satisfeita, tomou meu sofá Cuidou das minhas roupas no varal E ainda comeu meu chocolate Mas mesmo assim permiti, ou me deixei ser invadido Quando notei, já habitava sem perguntas meu dia E assim resolveu também invadir parte da minha noite Não reclamei, olha, na verdade adorei sua invasão Como uma intrusa sem perguntas, nem permissão Mas não ficou satisfeita, porque senão não seria você De subito invadiu meus pensamentos E eu sem saber o que fazer nada fiz Permiti, ou na verdade, fui tomado Mas quando achei que era só isso Tinha mais ousadia E sabe o que fez? Tomou conta de todos os meus pensamentos E ainda sem pedir Invadiu meus sono e meus sonhos E para ser uma intrusa por completo Me acorda com um bom dia só seu Que hoje é só meu

Oasis

A estrada nos apresenta um caminho longo a ser percorrido Desejamos sempre um atalho para encurtar o trajeto E na caminhada vemos muitas flores no caminho, Dos mais diversos perfumes e das mais variadas cores Mesmo sabendo que com o fim da primavera elas não estarão mais lá Nós a cultivamos para que fiquem o maior tempo florida e cheirosa Mas um dia ela murchará para que em outro tempo nasça outra em seu lugar Embora reais elas tem vida com data de validade Criamos fantasias, sonhos, de como podermos desfrutar do que nos é oferecido Mas sempre chega a hora das pétalas cair, e elas caem Queremos um novo jardim, um novo canto florido Mas percebemos que muitas vezes caminhamos no deserto, onde o horizonte é formado por poeira e areia E ainda sim caminhamos nessa paisagem árida e quente Mas mesmo com toda essa adversidade ainda esperamos uma paisagem mais florida E não por acaso encontramos sempre um lugar agradável Onde podemos saciar nossa sede e ter uma sombra agrádavel p

Do nada

Então do nada sem mais nem porque Aparece, olha, pergunta, responde, da risada Das risadas surgem sorrisos Do nada passa a preencher um espaço vazio E olhar vira uma busca E as perguntas passam a ser conversas E então do nada, o bom dia deixa de ser so bom dia E as risadas viram sorrisos bobos E o espaço vazio não existe mais Preenchido de forma calma e sorrateira E o sorriso que antes tinha hora de acontecer Agora brota largo apenas pela lembrança E os rostos e os olhares, são vistos pela memoria Que de tão proxima parece acontecer agora E o toque que não existe, existe sim Nas palavras lidas, eles estão presentes E o que era só algumas horas hoje toma o dia E a noite e os sonhos e quando acorda ainda está tomado E de tão tomado que o mundo fica mais leve E os sorrisos mais fáceis E a timidez que se esvai E as vontades que antes não existiam agora são perenes E quando se pergunta o que acontece As respostas pipocam, aparecem e apagam E o coração sorri para razã

Desapego

Não se apegue Não se deixe apegar Livre-se Livre o outro Não catives Nem seja cativado Não se entregue Não receba quem se entrega Crie muros Barreiras Complique Não facilite Não sorria Não deixe acontecer Desapegue Esconda seu cheiro Seu sorriso Suas vontades Não olhe o outro Não faça Não queira

Silêncio

Nenhuma palavra dita Sem balbuciar um som O silêncio mórbido Margeado pelo medo Rodeado de amargura Nenhuma palavra Sem flores, nem perfume Sem afeto dito Todas as palavras guardadas As bem ditas não ditas palavras Silêncio necessário Sem som, nada de respiração ofegante Respiração lenta sem som Toques frios sem significado Silêncio nos corpos Coração que bate devagar sem emoção Só o silêncio Onde há pouco era turbilhão Agora calmaria Onde há pouco era paixão Agora só palavras Silêncio nas emoções

Significado

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O que define o sagrado ou o pagão é o significado que damos aos objetos Um livro para uma religão é sagrado, para outra religão é só um livro Uma pedra para uma religião é sagrada, para outra é só uma pedra Então nós definimos o que nos serve ou não serve para as emoções E o significado que damos as coisas. Uma música, uma roupa, uma comida E vai ter valor enquanto for para nós importante E quando não for continuará tendo significado, mas com outro tom O que nos fazia feliz, pode nos magoar O que nos dava prazer, pode nos enfurecer O que nos colocava um sorriso no rosto, pode não causar mais nada Mas enquanto nos causa emoções boas, alimentamos e gostamos E quando parecer que não, sentiremos saudades ao olhar o que tinha um significado importante E a saudade é o antídoto contra o esquecimento, o autor sempre diz isso E alimentamos a saudade E alimentamos o significado Mesmo que seja só para você sem compartilhar com o culpado dessa sensação.

Personagem

Parece a perfeição encarnada em uma pessoa E admiramos pois suas palavras são doces E mais ainda, a sua forma de olhar parece única Quando caminha e sorri o mundo fica perfeito Mas isso tudo num mundo perfeito e imaginário E nesse mundo os carinhos são exatos O toque é no lugar certo A palavra dita no momento correto O sim sempre sorridente O não sempre sábio E o mundo caminha em sua perfeição A admiração parece não caber e não existir adjetivos para definir Mas isso num mundo perfeito Onde o admirado não é tocado, nem tampouco tem cheiro O que imagina-se é que é a realidade Se ele existe? Sim no imaginário Há um personagem criado para nos completar E ele é personificado em um poeta E ainda fica aquela pergunta: E para que serve o homem dentro do poeta?

Entrega

Não somos mais fracos quando nos entregamos Não somos menores quando nos submetemos Somos senhores das nossas vontades e dos nossos desejos E por sermos donos escolhemos como nos relacionar com eles E quando nos entregamos de corpo e alma, nos damos por completo E por nos dar por completo parecemos vulnerável ao outro Ledo engano. Nos entregamos de olhos fechados pelo simples fato de sentirmos prazer nisso Cabe ao outro respeitar nossa entrega Cabe ao outro cuidar do que entregamos a ele E mais ainda, respeitar nossa entrega Isso porque com todo esse cuidado nossa entrega será ainda maior Será plena, será como fossemos escravo da vontade do outro E essa pseudo servidão não tem nada a ver com fraqueza Tem a ver com entrega, desejo, vontade E o prazer infinito de fazer da vontade do outro a nossa vontade E quando isso ocorre será a plenitude do prazer E quando não há o cuidado do outro Pode se transformar em uma enorme decepção Mas ainda sim devemos nos entregar de cor

Caminhar

E diz o poeta: " Porque caminha se pode voar?" E devemos voar, esquecer que temos os chão Voar, livre, liberto, sem destino Deixar o mundo nos tomar Entender que o amanhã é incerto Aceitar que podemos estar onde desejamos Acreditar que podemos ter o prazer que quisermos Saber que os nossos sonhos que nos fazem o que somos E que nossas loucuras é que fazem os outros acharem quem somos Precisamos voar sim, sempre para o desconhecido Saber que vamos ter novas sensações E acreditar que sim podem ser boas Aprender a diferença entre a mentira e o dom de iludir E que o dom de iludir é sensacional, quando nos faz viajar ainda mais E que a mentira nos coloca num lugar onde não gostariamos de estar E que mesmo acordando das viagens E que pousando dos nossos voos Traremos para nós o frescor das nuvens E as lembranças dos lugares que viajamos Mesmo que não tenhamos saidos do lugar

As vezes, só as vezes

A música as vezes e só as vezes perde o tom A dança de vez em quando só, troca os passos de lugar O ar as vezes e bem poucas vezes falta no respirar Mas isso é só as vezes, bem poucas vezes Mas quando a música perde seu tom, procuramos no espaço vazio onde ele está E quando a dança troca os passos de lugar, olhamos para o lado Talvez estivesse lá, mas não tinha ninguem E o ar, ah, quando ele falha!!! Achamos que nos roubaram tudo que tínhamos de mais importante E no que nos roubaram nos deixaram nús do essencial Mas isso é só as vezes, bem de vez em quando E nesse instante, nos perdemos e temos como companheiro o silêncio E precisamos de ouvir outra musica mas não temos quem troque de sintonia E precisamos de encontrar os passos, mas nos falta o par E precisamos do ar e nao temos quem segure em nossas mãos e diga: respire com calma Mas isso é só de vez em quando. E no de vez em quando olhamos para o teto Olhamos para a porta Olhamos para tras E sorrimos E sabemos qu