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Mostrando postagens de abril, 2019

Sem mandamentos!

Hoje eu quero a rua cheia de sorrisos francos de rostos serenos, de palavras soltas eu quero a rua toda parecendo louca com gente gritando e se abraçando ao sol Hoje eu quero ver a bola da criança livre quero ver os sonhos todos nas janelas quero ver vocês andando por aí Hoje eu vou pedir desculpas pelo que eu não disse eu até desculpo o que você falou eu quero ver meu coração no seu sorriso e no olho da tarde a primeira luz Hoje eu quero que os boêmios gritem bem mais alto eu quero um carnaval no engarrafamento e que dez mil estrelas vão riscando o céu buscando a sua casa no amanhecer Hoje eu vou fazer barulho pela madrugada rasgar a noite escura como um lampião eu vou fazer seresta na sua calçada eu vou fazer misérias no seu coração Hoje eu quero que os poetas dancem pela rua pra escrever a música sem pretensão eu quero que as buzinas toquem flauta-doce e que triunfe a força da imaginação. ...eu vou fazer seresta na sua calçada eu vou fazer misérias no seu coração Hoje

Gerencia!

Depois de muito tempo no mercado de trabalho a gente aprende que um bom gerente não é aquele que tudo sabe, mas sim, aquele que escolhe as pessoas certas para desenvolver os trabalhos necessários. Uma das características mais marcantes em um bom gerente é o fato dele saber como poucos como delegar funções, e depois gerenciar os trabalhos que estão sendo executados sob sua responsabilidade. Posto isto, olhemos para um personagem da política. No seu afã de agradar as classes que ele privilegia, o que na política é um ato completamente entendível, embora possamos muitas vezes discordar, ele sente uma vontade enorme de delegar para essa classe uma função que não lhe pertence. Delegando para essa classe, o direito de avaliar, julgar, penalizar e executar a pena. Quando um presidente delega a uma classe o direito sobre o vida do outro, ele simplesmente rasga a constituição no seu artigo onde diz que é um dever do estado prezar pela vida do cidadão em território brasileiro. O ponto mais

Estado de Exceção

Estamos vivendo dias estranhos, porém, já conhecidos. Estamos presenciando ações que levam a uma consequência grave. Quando um líder de estado se preocupa em não atender a uma nação, mas a interesses de poucas pessoas, ou um grupo de pessoas, isso é algo para estar atento. Ao negar o curso de filosofia e ciências sociais, o recado dado é de que não precisamos, ou não podemos pensar, nem tampouco ter um pensamento crítico. Dizer que na escola não deve haver viés ideológico na educação, nos levar a pensar duas coisas: 1 - Cercear o trabalho do professor, e olha que são guerreiros, pois o salário e as condições, principalmente na periferias das grandes cidades, isso já é desumano por natureza. 2 - Ao escolher não ter viés, isso já demonstra que há o viés ideológico, pois, quando tomamos uma decisão, seja do sim ou do não, estamos sendo seres políticos. Lembrando que política é a arte do convencimento. Quando as pessoas são "acusadas" se serem petista, socialistas, comunistas

Da Janela

No beiral da janela, podemos observar o mundo que passa A neblina na manhã, que embaça os vidros E em seu tempo, se desfaz dando aos olhos novas paisagens Escorado em seu beiral, esperamos o mundo que se move Os amores que se esperam As obras que se constrói A cada dia temos uma nova paisagem Um novo canto de um pássaro Um mato novo que cresce, uma árvore Que em seus galhos e entre suas folhas, é a habitação de novos pássaros E na sua majestosa altura, abriga o ninho que para eles é sua janela No beiral da janela, com ela aberta podemos contemplar um novo dia Dia de novas obras Novas conquistas, novas vitórias E sempre vamos deixar as janelas abertas E quando for dia de chuva, basta o vidro encostado Pois a chuva nos presenteia, regando o solo Para que assim nasça o novo Tudo sendo observado pela janela.

Sombra

Ainda que o céu alaranjado do sol no fim dia seja um quadro sem igual Mesmo que o azul do céu seja infinitamente aconchegante Que o mar infinito e eternamente em movimento Queremos um repouso Uma sombra Para que assim fiquemos aconchegados na paz Sentindo uma brisa leve e suave no rosto Uma preguiça sem pecado ou culpa Mesmo que seja numa floresta de concreto Nesse instante o corpo se encontra embaixo de uma frondosa árvore Os pés criançadamente descalços na terra O som dos pássaros se misturam de tantas raças E o corpo, responde com um arrepio Pois, é aquele instante de paz E esse mundo, mesmo que pareça não existir Está lá dentro, esperando que possamos habitá-lo.

Supremacia

Não chão seguro, nem tampouco céu tão longe Impossível determinar o próximo passo Muito menos a próxima ação Há um pouco de tudo em tudo Há magia Há desejo Há medo Há mistério Lendas são contadas, histórias inventadas e todas elas tem sua verdade Tem o disparate do desrespeito e com ele o momento da punição Sem menos esperar, há uma ação surpresa, onde a intenção é demonstrar sua presença E ela pode estar numa bela cantiga modificada Numa roupa ganha de presente Num cigarro que não se apaga Mas também pode estar no vento e na forma como ele muda as formas E nessa mudança ela pode estar numa cinza de fogueira que se levanta como tendo vida Em rodopios alucinantes, como se fosse uma dança Onde as mão se levanta, os cabelos voam e a risada surge ao longe E assim como o vento, se vai, sem podermos sonhar qual o caminho trilhado Em pura demonstração de sua supremacia.

Impressões

O que nos causam impressões? Pessoas nos causam impressões, se são boas, ou más, felizes ou tristes Elas nos causam impressões e sensações As impressões muitas vezes ficam para sempre Outras se apagam com o tempo Mas seja por um instante, elas aparecem Outras impressões nos marcam Marcam a pele, as impressões digitais As mãos que apertam e marcam Nos pressionam para nos impressionar E ficam marcadas mesmo quando somem Pois, pressionadas, sentimos o outro, nos pressionando E assim, elas ficam, passam, e por vezes voltam O que nos causam impressões? Aquilo que nos impressionam, seja de uma forma ou de outra!