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Mostrando postagens de agosto, 2014

Um dia depois

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No dia seguinte o que se esperava era a solidão. Mas a leveza do ser mostrou que havia muito mais do que esperar só a solidão. O tempo mostraria que o relógio deixaria de ser um inimigo mortal e cruel. O passar dos instantes traria mais do que uma saudade, o próximo instante traria surpresas. Mal sabia que a próxima frase seria: Que saudades! E muito menos que as mão geladas indicaria que o que estava havendo era reciprocidade. E no confuso encontro entre realidade e desejos e vontades que o resultado seria um sorriso onde o que se expressava era o desejo. E desejar já é um prêmio, mas ser desejado seria sublime. E no enrolar dos lençóis, e no encontro dos abraços, os beijos seriam inevitáveis. Os corpos se encontrariam numa atração incontrolável. E as palavras agora fizeram toda a diferença, pois não era o silêncio que se procurava. Era necessário deixar claro o afeto, então o som das palavras era mais do que necessário. E entre declarações e vontades, percebeu-se que o

Três dias

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Três dias e hoje uma sombra. Três dias e hoje um desejo. Três dias e agora uma saudade. Não foram as horas que se passaram nesses dias, nem foram os ventos. Não foi o tempo de três dias. Foi o hábito criado. Foi o hábito de sorrir olhando nos olhos. Foi o hábito de abraçar e o abraço ser quente. Foi o hábito das conversas longas sem compromisso. Foi o hábito dos beijos surpreendentemente apaixonante. Foi o hábito da comida fresca e do carinho na cozinha. Foi o hábito do sono velado e acompanhado de caricias suaves. Foi o hábito do carinho nos cabelos negros e longos. Foi o hábito de ser feliz por três dias. Mas não foram só três dias, foram todos os momentos que transformaram três dias e uma vontade de tantos outros três dias. Sim, fiquei bem acostumado.

Dois corpos

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Meu olfato não me engana e me mostra que seu cheiro é único. Sua pele arrepiada e seu silêncio me causa fervor, mesmo que não haja movimento. Minha boca saliva e encosta em sua nuca encoberta pelos seus cabelos. A contração do seu corpo demonstra que há mais do que uma sensação. Misturado o seu cheiro o seu sabor, como se um não vivesse sem o outro. Meu paladar sente seu gosto, e mesmo que minha boca percorra um pequeno espaço do seu corpo, esse parece infinito. Suas mãos me apertam como que se não quisessem mais largar, e me pedindo silenciosamente que desfrute desse momento. O prazer sendo oferecido e recebido de forma par, mas impar. Pensamentos vazios para que tão somente os corpos se deliciem e se entreguem. Nada de mundo, nada de regras, nada não. Apenas e tão somente uma boca, uma nuca, dois corpos e um mundo.

Capitular

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Se entregar. Não lutar mais. Deixar seus desejos impor suas vontades. Se submeter a eles de uma forma louca insana. Se render aos caprichos do corpo. Se envergar ao que o pudor nega. Mãos forte, pegadas imorais. Se render. Se sentir dominado e entregue. Desejar que a luta acabe e que os sentidos se percam. Se entregar. Não querer mais o não. Todos os sins ditos pelos olhos. Que a boca salivando seja um sinal de que tudo pode. Que os arrepios do corpo indique que tudo está no caminho certo. Que as mãos se aventure. Que a língua conheça os atalhos. Que as coxas se batam e suem. Que a respiração fique ofegante. Que o corpo fique quente. E que o sono depois de tudo seja leve. E que o acordar só indique que a rendição ainda não terminou.

Saudade

Ela bateu? Se rende. Enquanto ela estiver presente, a ausência não existe. Ela vai te maltratar? Claro que vai. Ela vai te machucar, ela vai te causar um vazio, uma desesperança. Mas precisa passar por isso? Se rende. Se entrega, mata ela antes que ela mate você, porque a saudade nos machuca, nos fere. Vai lá, se você ainda quer. Beija, abraça, aperta. Olha nos olhos e diga que você tem saudade, que você ainda quer. Você perguntou para o outro, ou a outra, se ela, ou ele, ainda está com saudade? E se ela também estiver e não tiver coragem? Mata esse sentimento, na verdade, esse é o único sentimento feito para gente matar, e depois ele renascer e a gente matar de novo. Ta com saudade? Mata ela, mas mata logo.

Eleições

Estamos agora no início das campanhas eleitorais e com tudo que ela traz de bom e de ruim. De bom é podermos escolher nossos governantes, o bom é podermos rir de alguns candidatos e seus textos ou performance no horário eleitoral gratuito. O ruim são as discussões sem o menor embasamento teórico, e isso é péssimo. Notamos nas redes sociais um crítica ferrenha ao governo atual, mas independente do partido que está no poder, a crítica seria a mesma, pois criou-se uma "modinha" de se falar mal de quem governa e ponto, logo as críticas aconteceriam da mesma forma e isso não tem nada a ver com ideologia política, e menos ainda com uma avaliação segura dos fatos, mas isso infelizmente é normal. O que mais me assusta é o fato das pessoas usarem alguns termos e considerá-lo normal, mas também sem muito fundamento teórico, e nesse caso específico falo do socialismo ou comunismo. Não tenho a intenção de tratá-lo de forma ideológica e sim da ideia filosófica do assunto. A primeira qu

Caminhar

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Ao olhar para trás um vazio. De tudo que passou o que sobrou foi o nada. As experiências ficarão guardadas num lugar muito especial. A felicidade plantada no coração. As decepções numa caixa e serão deixadas num lugar impossível de serem alcançadas. As tristezas já se perderem no caminho, por isso não as vejo. Ao olhar para frente o horizonte. Inalcançável, como ele deve ser. Mas lutar pelo impossível nos faz atingir mais objetivos do que se lutássemos só pelo possível. Então a meta é caminhar para o horizonte. E atingir o máximo de prêmios e conquistas possíveis. As decepções claro que irão acontecer, mas elas agora já sabem que devem habitar naquela caixa. As tristezas vão ficar para traz como todas as outras. Caminhar sozinho não é sinônimo de um caminhar solitário. Nessa caminhada as coisas novas serão bem vindas, e o sorriso nascerá fácil. E a felicidade com certeza está bem antes do horizonte.

Raizes

Nossas origens são uns dos maiores bens que possuímos, uma vez que delas podemos nos identificar em muitos aspectos, sejam eles culturais, morais ou então sobre a nossa personalidade. Claro, que a vida muitas vezes nos afasta de nossas origens, de nossas raízes e isso faz parte da vida que optamos por levar, mas aquela coisa da origem estará sempre dentro da gente. Nos tornamos mais modernos, rodamos o mundo, procuramos um monte de caminhos diferentes. Mas nada disso apaga de onde viemos, e fatalmente um dia voltaremos para ela. Nossa origem em alguns momentos nos tocam, do nada, como que uma coisa mágica. Nos pegamos com saudades de um tempo que foi bom, sentimos saudades de uma rua, um cheiro, uma comida. Claro que é nosso coração querendo o lar de volta. E muitas vezes, é necessário voltar para as raízes. Voltar para um mundo que sempre foi seu, mesmo que você durante um tempo tenha abdicado dele. O corpo diz que não, algumas vontades dizem que não, mas o coração diz que sim,

Inusitado

O inusitado habita onde não estão nossas expectativas. Ele está naquele olhar inesperado da pessoa menos pretensa a isso. O inusitado está naquele momento onde você acha que não vai acontecer nada diferente e de repente, bingo, acontece algo. O inusitado está naquela norma que a gente quando menos espera quebra. Naquela carícia no lugar menos provável do mundo, ou pelo menos no lugar que nós morremos de medo de ser pegos. Naquele instante em que do nada, tocamos a campainha de alguma casa e saímos correndo, pois é inusitado termos aquela vontade de sermos crianças de novo. Então o inusitado está no proibido? Não, ele está na surpresa da ação. Aquela ação inesperada, no drible desconcertante do craque de futebol, aquele sorriso no momento menos propício, a ajuda daquela pessoa que nunca imaginamos que iríamos ter. É necessário coragem para o inusitado? Claro que não. O inusitado não nasce da coragem, nasce na explosão da vontade. Aquela vontade incontrolável, e onde não nos pr

Apenas um dia

Então, é só e tão somente um dia. Um dia que você acorda, faz planos, espera que algo novo aconteça de diferente, ou então que nada aconteça. Ai vamos ao banho, mesmo com frio, mas somos forte, encaramos a ducha, e não vai acabar nem a água, nem o sabonete, nem tampouco o xampu, Olhamos para a mesa do café, que no meu caso não vai estar posta, tomamos o mesmo velho e bom café da manhã, mesmo que seja só o café com leite e o nosso pão francês com margarina, mas que a gente chame arrogantemente de manteiga. Bom, a essa altura, já estamos atrasados para o trabalho, o que também é normal. Aquilo tudo de novo, se tivermos que pegar transporte público aquela loucura e aperto de sempre, se formos de carro, o mesmo trânsito caótico, mas só para quem mora na cidade grande. Um bom dia para os amigos de trabalho, o chefe perturbando, ou a gente perturbando alguém quando o chefe somos nós, aquele cafezinho, o desespero para chegar logo a hora do almoço, as conversas paralelas, e o chefe, per

Reconfiguração

Rever todos os conceitos. Os de beleza, porque o conceito de beleza muda de acordo com a mídia. O conceito a respeito da política, porque a política muda como muda o vento, então não podemos ser radicais. Os conceitos a respeito do ser humano, até porque nós somos seres humanos e mudamos. Somos seres que pensamos, e que desejamos, e que queremos. Isso tudo nos prova que mudamos, com o vento, com o tempo, com a experiência, com a felicidade, com as frustrações. Precisamos nos adaptar. Precisamos nos reconfigurar, readaptar, readequar. Não somos uma ilha, e nunca seremos, porque somos seres políticos e precisamos do outro, por mais que não queiramos admitir isso. As paixões? Claro que elas também serão readequadas, um dia queremos alguém de uma forma, depois queremos alguém de algum conteúdo e ai a forma não importa mais. Somos seres adaptáveis, e por isso sobrevivemos até hoje. Devemos nos readequar. Isso nos fará sofrer menos, acreditar mais. Mesmo que algumas coisas fiqu

Hora do não

Tem a hora do não. Não quero mais um mundo que não me cabe, e que mesmo assim insisto em vestir. Só que esse mundo me machuca, e me faz calos. O pior. Eu machuco esse mundo também e aqueles que nele habitam. Não. Não quero mais machucar as pessoas que me rodeiam, não merecem. Não quero mais me machucar com as pessoas que que me rodeiam, quem não merece sou eu. Um basta nas paixões arrebatadoras. Estou falando das minhas paixões. Não para elas, pois elas são arrebatadoras por um instante. Quero os sentimentos longos, e estes não podem e não devem incluir pessoas. As pessoas criam expectativas, não quero mais. Quero o tempo livre, leve e solto. Sem beijos, sem abraços, logo sem promessas não ditas. Quero o mundo mais doce. E para ser mais doce o caramelo tem que ser só meu, pois dividir não deu certo. Quero todos os abraços amigos, mas nenhum abraço quente de paixão. A paixão machuca, maltrata. É hora do não. E que o não seja bem vindo nessa hora.

Objetivo

Sim, eu assumi que te quero e te desejo. Não tenho porque esconder mais você. Mesmo estando distante de você, é você quem eu quero hoje. Vou usar de todos os artifícios para te ter. Te seduzidarei sempre, desde as formas mais simples como aquelas mais sórdidas para que fique comigo. Lutarei por ti, com as forças que eu tiver, mas também com toda a força que uma pessoa descobre quando quer de verdade. Não hei de te perder. Se houverem concorrentes, estes não serão páreo para tanta dedicação. Vou te trazer para perto de mim, e te colocar no meu colo, de uma forma tão especial, que não te perderei. E quando eu sentir que posso te perder, então descobrirei novas formas de te conquistar. Quero acordar todos os dias e ser feliz por ter te conquistado. Não serei um fraco por demonstrar tudo isso. Não seria piegas por te desejar tanto. Serei sim feliz por ter você. Ficarei orgulhoso por ter te conquistado. Você me fará mais completo, me sentirei mais inteiro por saber que toda a mi

Escuridão

E de repente o azul do céu se torna cinza, ou mais que isso, parece que o dia se transformou em noite, mas sem nenhuma nuvem no céu. A coragem de outrora se transforma em uma covardia plena, onde até o espelho tem a expressão de um inimigo. A boca que salivara, agora se torna seca, mordidas nos lábios que indicavam prazer, agora indicam angústia. Caminhar pela sala já não é mais uma opção, pois nem o chão parece um lugar seguro, o solo já parece nuvem. A cama, no quarto escuro se faz a única companheira. As mãos geladas. Os pensamentos vazios. O que era certeza, nem dúvidas conseguem ser mais, pois a derrota parece certa, plena e inevitável. Não há conversas. Não há sorrisos. Somente lágrimas. Nenhuma nota musical hoje importa. Elas todas são dissonantes, e a voz outrora afinada passa a ser semitonada. O mundo virou um inimigo, e encará-lo parece impossível. Dor. Angústia. Escuridão. E o final nunca será feliz. Até que toda essa pressão passe, e o céu volte a ter azul,

Opções

Sair na chuva, sim ou não? Olha o sol se por, sim ou não? Olhar o nascer do sol, sim ou não? Escolher o caminho mais longo ou o mais curto? Ah! Vamos ter que optar, sempre. Sair na chuva? Claro que se for bem acompanhado, correndo, brincando, beijando, abraçando, claro que sim, mas com um detalhe: sem guarda chuva. Bom, se for sozinho, melhor levar um guarda chuva. Bom, ver o sol nascer sempre é uma boa opção, mas isso se tivermos uma companhia deliciosa ao lado fica bem melhor, mas agora, se for porque não temos uma habitação, aí não me parece uma boa opção. Ver o sol se por? É lindo, parece um momento quando estamos mais ainda perto de Deus. O sol se pondo para seu descanso, isso é mais que poético. Mas ele pode ser trágico se estivermos no sentindo abandonado, ai essa paisagem não será nada agradável. O caminho? Para encontrar quem amamos, sempre o mais curto. Para encontrarmos um problema, melhor que nem existisse esse caminho. Bom, claro que a melhor opção será sempre a

Amém

Que os momentos de solidão não nos torne solitários, Que os momentos de dor não nos deixe com o coração enrijecido, Que as lágrimas possam vir tão somente para limpar nosso rosto e nos preparar para o próximo passo, Que os instantes onde ficamos vulneráveis, nos sirva para nos indicar onde devemos nos fortalecer, Que demonstrar nossos sentimentos seja uma forma de indicar para o outro que para ser forte não precisamos ser brutos, Que nossos julgamentos sobre o outro, não passem de um instante insano, Que o que o outro pensa a nosso respeito seja visto com o coração e não com a razão, Que a inveja seja boa, sim, aquela que sentimos vontade de fazer também, e não de ter o que o outro tem, Que os abraços recebidos dos amigos seja abençoado, Que os abraços dados pelos amantes sejam revestidos de paixões intermináveis Que os beijos sejam sempre longos, mesmo que seja um selinho, pois o que deve ser longo é sua lembrança, Que sim, possamos desfrutar do mundo o que ele tem de mais

Nem

Nem tão perto, nem tão longe, apenas num lugar, que não importa qual. Não são os quilômetros que definem a distância, não são os minutos que determinamo tempo. São as ações, são as palavras. Elas nos fazer se sentir abraçados, elas nos fazem se sentir seguros. Mas elas também nos fazem nos sentir distantes. Elas nos empurram para outro canto, o mais longe possível. Mas elas nos colocam o sorriso no rosto, até quando não são ditas. Mas elas também nos fazem morder os lábios de raiva, fechar os olhos para não querer fitar o outro. Elas não precisam ser ditas ao pé do ouvido, nem tampouco aos gritos. Elas podem simplesmente serem escritas, e de tal forma que pode transformar a sensação, o sentindo e o sentimento do outro. Ela pode ser escrita de tal forma que passa a ser apaixonante, mas também de uma forma que pode transformar o sentimento bom em algo muito ruim. Sim, elas podem nos colocar no colo do outro, mas também pode colocar o outro a quilômetros de distância. Danadas

Sons

Caminhando um som interminável, sem cadência. O ar úmido, o frio e o calor se misturando. Olhando ao lado um véu branco, descendo. Espumas, ventos, fumaça, neblina. O som agora mais alto. Da origem do som, o que se nota é sua continuação Um rio doce, criado de uma queda interminável. Doce, caudaloso, descendo. Com vida, com frescor, com desejos. Nesse rio criado pela queda, se nota a vida constante. Ah! No caminhar parado das águas, a vida que passa Sem voltar, sem subir, passando e criando novas paisagens. E o que se percebe, é que nem sempre o que parece igual o é de fato, pois sempre há uma nova surpresa no novo que é igual. A cachoeira como nascente, os olhos como um grande espelho o brilho dos olhos refletindo o novo sempre igual. Ai ouve-se um tilintar metálico. E no encontro das águas com a espada, o que se percebe é que ainda que muita água tenha passado, as surpresas estarão nesse encontro. O que tem de mágico? Que o novo ainda continua como antes, só os s

Culpa

Ela pode ser nossa, e muitas vezes são. Mas tem muitas vezes que a culpa nos é dada de presente. Nos sentimos um problemas para as outras pessoas e ai achamos que tudo que aconteceu de ruim para o outro, é influência nossa. Mas não. Isso não é uma verdade absoluta. Algumas vezes as pessoas nos usam para justificar suas ações. Pode ser por falta de coragem, por medo, mas algumas pessoas fazem isso. Não devemos assumir culpas que não são nossas. Não devemos nunca achar que nós somos a causa do problema dos outros. Pergunte ao outro se realmente você é parte do problema, se a culpa realmente é sua. Ah! Detalhe, acredite na resposta. Claro que fazemos parte da vida do outro, e muitas coisas que acontecem com certeza tem influência nossa. Mas tudo não. As vezes nada. Somos culpados, somos pecadores, somos seres errantes, afinal de contas, somos humanos. Mas o mundo não gira somente ao nosso redor. As coisas que ocorrem são consequências de uma série de atos. Então, devemos nos

Marcas

Há marca em nossa vida para a vida toda, a tatuagem é uma delas. Uma cicatriz causada por acidente nos traz tristeza Causada por uma brincadeira nos traz sorrisos Mas quando são causadas pelos sentimentos nos traz confusão Essas marcas deixadas pelo coração, muitas vezes deixa a cabeça fora do lugar Em alguns momentos sorrimos quando vimos essas marcas Outras vezes choramos Muitas vezes sorriso E em muitas outras vezes queremos recomeçar as marcas Sejam de mordidas, de beijos, de prazer e de dor Mas as marcas estarão lá Imperceptível para quem olha, mas eterna para quem sente Desejamos muitas marcas, mas que todas elas sejam doces, suaves E que nos tragam sorrisos bobos no rosto, e olhares de quero mais Quando miramos aquela pessoa que nos marcou

Tão perto

Tão perto, mas tão distante, Do lado como vizinhos, mas parece que a fronteira aumenta, Tão do lado, mas tão longe, Do lado como amigos, mas parece que os sentimentos nos distancia, Tão junto, mas tão separados, Do lado, como amantes, mas parece que as vontades são outras, Tão colados, mas tão divididos, Do lado, como um só ser, mas parece que nascemos em mundos diferentes, Tão, mas tão assim, que nem assim mesmo pode ser, Esperando o momentos onde não haja mais barreiras, ai o texto seria: Tão juntos, que parecemos um só.

Lábios

Não são suas palavras que eu espero, nem o som da sua voz. O que me causa seus lábios é algo ensurdecedor. Os sentidos ficam trocados, fora de ordem. O silêncio que me causa, transforma os meus outros quatro sentidos mais aguçados. O olfato procura seu cheiro em todos os espaços, mas jamais em outros corpos. O tato, que tateia sem destino, encontra na sua pele o arrepio que transforma a dúvida em convicção. Meu paladar já não é mais meu, agora meu sabor e o seu são um só. Minha visão, que mesmo de olhos fechados, enxerga o invisível, traduz o intraduzível. Seus lábios tem o poder de mudar toda a ordem. Pois, o silêncio passa a ter som. O olfato sente os sabores. Meus olhos tateiam seu corpo. E o paladar me da de presente a visão do paraíso. Sim, tudo isso pelo simples, mas profundo toque dos seus lábios nos meus.

Silêncio

Silêncio, era tudo o que se pedia. Silêncio. Não era necessário nenhuma palavra, os corpos se entendiam pelo tato. As palavras ditas eram pelos arrepios sentidos. O cuidado com cada pensamento e cada toque, tornava o momento único. Nenhuma palavra, as luzes tornava o ambiente calmo, e propício para cada passo seguinte. Não, não era preciso nenhuma declaração. O silêncio era imperativo. Isso porque uma única palavra poderia por tudo a perder. Sim. Haviam sussurros, mas isso não seriam palavras. Sim. Haviam arrepios, isso era mais significativo que as palavras. Agora o que se procura é tão somente o acordo entre os corpos, e o sincronismo nos movimentos determinava o sentido seguinte. Claro, que havia paixão. Claro que havia saudade. Mas mais que isso, o que havia era uma infinita vontade de que todas as vontades fossem saciadas. Silêncio. O mais absoluto silêncio das palavras, mas o mais intenso comunicado dos corpos. As palavras estavam dispensadas. Os desejos eram os

Resgate

Resgate, de você o que tem de melhor, está lá dentro, bem escondido. Você nunca perde suas qualidades, as vezes a gente omite, porque o mundo nos obriga. As vezes as cascas das feridas são maiores que que nossos sonhos. Mas as cascas vão cair, as feridas vão cicatrizar, então nessa hora nossos sonhos tem que aflorar. Nossas qualidades sempre hão de estar conosco. Não as omita. Não deixe que as feridas as contamine. Não permita que as cascas determine sua inexistência. Resgate de você o amor. Ele não morreu. Ele está lá esperando só um chamado. Não perca tempo, o chame. Não deixe ele sumir. Resgate de você o sorriso. Mas aquele dado na infância. Se você conseguiu antes, vai conseguir agora. E sabe porque ele é importante? Porque ele é puro, ingênuo e cheio de significado. Resgate tudo que um dia foi ótimo, pois ainda é. E o que foi mais ou menos, faça-o perfeito. Resgate-se ainda há tempo. Sempre há.