Silêncio

Silêncio, era tudo o que se pedia.
Silêncio. Não era necessário nenhuma palavra, os corpos se entendiam pelo tato.
As palavras ditas eram pelos arrepios sentidos.
O cuidado com cada pensamento e cada toque, tornava o momento único.
Nenhuma palavra, as luzes tornava o ambiente calmo, e propício para cada passo seguinte.
Não, não era preciso nenhuma declaração.
O silêncio era imperativo.
Isso porque uma única palavra poderia por tudo a perder.
Sim. Haviam sussurros, mas isso não seriam palavras.
Sim. Haviam arrepios, isso era mais significativo que as palavras.
Agora o que se procura é tão somente o acordo entre os corpos, e o sincronismo nos movimentos determinava o sentido seguinte.
Claro, que havia paixão. Claro que havia saudade.
Mas mais que isso, o que havia era uma infinita vontade de que todas as vontades fossem saciadas.
Silêncio.
O mais absoluto silêncio das palavras, mas o mais intenso comunicado dos corpos.
As palavras estavam dispensadas.
Os desejos eram os convidados de honra.
Saciá-los era a missão.
Foi cumprida com perfeição.

Postagens mais visitadas deste blog

Lágrimas

Arrepio

Amizade ou....