Dois corpos

Meu olfato não me engana e me mostra que seu cheiro é único.
Sua pele arrepiada e seu silêncio me causa fervor, mesmo que não haja movimento.
Minha boca saliva e encosta em sua nuca encoberta pelos seus cabelos.
A contração do seu corpo demonstra que há mais do que uma sensação.
Misturado o seu cheiro o seu sabor, como se um não vivesse sem o outro.
Meu paladar sente seu gosto, e mesmo que minha boca percorra um pequeno espaço do seu corpo, esse parece infinito.
Suas mãos me apertam como que se não quisessem mais largar, e me pedindo silenciosamente que desfrute desse momento.
O prazer sendo oferecido e recebido de forma par, mas impar.
Pensamentos vazios para que tão somente os corpos se deliciem e se entreguem.
Nada de mundo, nada de regras, nada não.
Apenas e tão somente uma boca, uma nuca, dois corpos e um mundo.

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