Sempre haverá tempo, sempre!

Não é o que te oferecem que deve ser pensado. Isso porque cada um oferece, e só pode oferecer o que tem. O problema é como te oferecem o que tem. Muitas vezes as pessoas tem muito a oferecer, mas resolvem oferecer só uma parte do que podem, até ai nada de anormal. Ela oferece com coração e dedicação o que ela deseja dividir, e isso pode ser qualquer coisa, um bem, dinheiro, o tempo dela, o carinho, enfim, qualquer coisa. E nós devemos entender essa forma como ela deseja dividir. Mas tem pessoas que podem oferecer muito, ou mesmo pouco, e nos oferecem de forma tal, que seria melhor que não tivesse feito. Muitas vezes o que ela nos oferece não passa do resto que ela tem para dar, ou seja, ela vai te oferecer somente o que sobra, portanto, ela não divide, e sim, se livra de algo te dando. E isso pode ser qualquer coisa, o tempo, o carinho, um objeto, um bem, enfim, qualquer coisa. Na verdade, ela esta te dando as migalhas do pão que ela não quer mais comer, e sabe que essas mi

Senhor comedor de inhame, como é bom ter o senhor em minha vida! Como é bom saber que embora o senhor prefira o inhame, para minha vida o senhor sempre cuida para que eu tenha todos os alimentos que me satisfazem. E olha, já faz 22 anos que o senhor cuida da minha mesa. Como é bom saber que embora o senhor tenha uma luta constante contra a morte, o senhor me livra dela sempre, tornando minha vida mais longa. Ah! Senhor comedor de inhame pilado, como me faz feliz te-lo em minha vida. Saber que posso ouvi-lo, quando tem algo a me dizer, e o melhor de tudo, saber que sua sabedoria sempre me coloca no melhor caminho possível. Eu sei que as vezes o senhor fica bravo, magoado e chateado, comigo. Mas por me conhecer tão bem, o senhor ainda assim me aceita como sou. E sua compreensão lhe faz entender minha forma de amá-lo como eu sei fazer, que muitas vezes não é como os outros acham que deveria ser. Senhor comedor de inhame, peço agora sua benção, e peço para que sempre seja comigo c

Não é de saudades esse texto. Nem tampouco de dor. É de gratidão. É de entender que aprendemos com as pessoas mais impressionantes do mundo. Mas invejamos as melhores, sempre. Hoje, declaro a minha inveja, da pessoa que mais me fez acreditar que ser feliz é fácil. Hoje, declaro a minha incapacidade de não ser a poeira do chinelo que essa pessoa usava. Hoje, declaro que fui um aluno de como suportar a dor, e como encará-la de forma positiva. Hoje, declaro que nunca seria forte para encarar o fim, como ela encarou. E não foi o fim, com certeza, pois com ela nunca haveria fim, sempre haveria um recomeço com um sorriso largo dentro do rosto, mesmo com toda a dor que a dominasse e a fizesse sofrer. Onde ela habita agora? Sua essencia está pulverizada em todos aqueles que tiveram o privilégio de ter convivido com ela, mesmo que fosse por um único instante. Ainda tenho muito que crescer, para tentar chegar no seu chinelo, minha irmã. Mas acredite, calejarei meus pés o quanto for

Capitular signifca render-se , entregar-se. Há momentos em que tudo parece que andou pelo jeito inverso. E nesse momento não haverá um verso que nos console. Não existirá um só instante de brilho. Não terá uma estrada nova, onde o sol iluminará. Ao olhar para céu, nuvens encobrem aquela que sempre é testemunha. O cansaço impede a avaliação exata da situação. A sintonia desaparece, e tudo o mais fica chiado, como um rádio sem antena. Não haverá trilha sonora, somente a entrega. E essa não é aquela que a gente faz no momento de prazer, e sim uma entrega solitária. Só nos resta acreditar no destino, esperar que ele faça o que ele faz de melhor: mudar tudo. Então capitulamos. Isso não é fraqueza, é só um instante. E seremos resgatados, sempre.

Que venham os dias irresponsáveis, com suas paixões inevitáveis Que venham os sorriso largos, sem que precisemos de lágrimas Que venham as lágrimas doces, para adoçar os lábios com felicidade Que possamos não nos prender nos conceitos e ter uma prática diferente Que a gente possa simplesmente ser feliz, sem preciar explicar Que nosso rosto se encha de sorrisos bobos Que cantemos na rua sem nos preocupar com o outro Que a gente sinta vontade de dançar quando ouvir a música das nossas vidas Que a gente de risada na condução sozinho, e cause inveja em todo mundo que está a nossa volta Que a gente possa se desprender, para viver mais leve Que os assuntos sério,,, ah! deixa eles pra lá!!!!!

Não é da primavera que devemos falar E sim do renascer, embora a primavera tenha tudo a ver com isso Não é do nascer novo, e sim do nascer de novo De se recriar a cada instante, e a cada momento Não é de certeza que devemos viver, devemos viver de novas possibilidades Devemos viver de ter dúvidas para termos a chance do novo Devemos nos recriar a cada perda, a cada desespero E então nascer de novo, mas um novo homem, com todas as qualidades que pareciam perdidas Com toda esperança que há muito poderia não existir mais Então não é da primavera que devemos falar, pois a primavera vem depois do outono quando todas as folhas caem. Devemos falar da forma que devemos renascer, e o que devemos trazer conosco nesse novo nascimento. Devemos sim, ser novos de novo, mas resconstituidos, restaurando o que de nós nos foi tirado. Sim, haverão flores no caminho, pois os espinhos nós já os conhecemos.

A sensação é uma percepção provocada por alguma situação comum. As vezes temos a sensação de vazio, e isso ocorre porque podemos estar em uma situação que sentimos falta de algo ou de alguém. As vezes temos a sensação de que o mundo vai desabar, mas isso porque estamos numa situação em que o desespero nos toma pelas mãos. Mas todas as sensações são causadas por fatos anteriores que nosso subconsciente guarda para aflorar em algum momento, normalmente aquele que estamos desarmados para sentir o que temos para sentir. Mas existem sensações que são sensacionais. A sensação de prazer, a sensação de felicidade, a sensação de que o mundo é perfeito, a sensação de que tudo está como a gente gostaria que estivesse. E segundo sua própria definição a situação comum para isso, fatalmente é o fato de estarmos completos em todos os sentidos. Então que tenhamos diversas sensações, e que todas as situações sejam aquelas esperadas e desejadas.

Que nunca te machuque suas escolhas. Que elas sejam sempre feitas de forma segura. Que quando tomar alguma atitude em relação ao outro, seja honesta. Se for uma cobrança, cuidado para não cobrar o que você também não possa cumprir. Se for em relação a você que seja honesto com você. Se for em relação ao seu amor, cuidado, pois você pode perde-lo, por uma escolha. Que suas opções tenham mais a ver com suas atitudades do que com suas vontades. Que o resultado das suas ações e opções não te doam, pois serão o resultado imediato do que fez. Se esconder algo, cuidado, esse segredo ou essa mentira, pode aparecer a qualquer momento, Portanto, a reação do outro pode não ser a que você gostaria que fosse para sua vida. E se isso for um adeus, então, me parece que você deve ter feito a opção errada em algum momento. Ou então mentiu quando não deveria ter feito. O resultado? Seja feliz na nova caminhada, ela é o resultado da sua escolha.

De todas as dores inventadas pelo homem, tem uma que me parece insuportável. A saudade. Explico. A saudade é sentida quando nos falta algo que já tínhamos, ou seja, a ausência daquilo, ou daquele que nos completava de alguma forma. A saudade nos deixa marcas fortes e sentimentos confusos, Mas tem uma coisa pior que a saudade faz conosco. Ela nos deixa esperando. Na esperança de que uma hora vamos acabar com ela, que ela será suprida pelo preenchimento causado pela ausência. Isso nos deixa numa encruzilhada terrível. Mas nós somos persistentes e aguardamos o momento em que acabamos com ela. Ou seja porque a outra pessoa veio ao nosso encontro, ou então porque tomamos a decisão de ir de encontro a outra pessoa. Então, embora a saudade nos deixe passivos, ela também pode nos mover atrás daquilo ou daquele que queremos. Mas com tudo isso, eu ainda continuo com o mesmo pensamento: A saudade é o antídoto contra o esquecimento.

Te procuro em minha cama, tentando saber onde se esconde Te procuro pelos cantos escondidos da casa, para te encontrar Me viro e me reviro. Não ter você me causa tensão, desespero. Te necessito, te desejo, te quero! Mas onde você está, que não vem de encontro? Te desejo agora, comigo, me dominando, me deixando suave e leve. Te quero assim, de tal forma, que não sinto vontade de te deixar. Mesmo quando nasce o sol, ainda te quero comigo. Sua companhia é sempre desejável. Mesmo que traga consigo meus fantasmas. E não ter você agora, me dá uma vontade enorme de gritar. Enquanto não vem, mal consigo ficar na cama, onde você é a companhia perfeita. Sento, levanto, ando pela casa, o relógio me dizendo que você pode não vir mais. Então os olhos já marejados indicam que devo te esperar onde mais te desejo. Na cama! Sono, venha ao meu encontro, te necessito e vou lhe usar. E não terei pressa em dispensar sua companhia. Sou seu, venha e me domine!!!

Não que haja uma data para isso Nem que tenha o instante certo para o fato Mas o que acontece é que há um momento Há uma hora em que ele ocorre Não há na astrologia uma forma de calcular Nem a mudança da lua pode desvendar O que ocorre quando ele ocorre, ah! Isso ninguém pode prever O resultado final do ocorrido, esse então!! Mas queremos muito que aconteça Desejamos no fundo do íntimo que o tenhamos Mas é incontrolável, como também imprevisível Não importa se com hora marcada Mas importa que é com desejo na pele O encontro, ele sim é importante E a saudade e a vontade, essas mataremos de forma urgente. Mas com certeza, as ressucitaremos no mesmo instante em que dizemos: Até logo!

Quem teve a sorte, ou privilégio de ler a versão completa do clássico Dom Quixote, pode observar na segunda parte da novela, que há um capítulo, onde, dois amigos testam para saber se um deteminado copo é de vidro ou de cristal. Para chegar a essa conclusão foi necessário que o copo fosse quebrado. A conclusão do capítulo é que para se ter certeza de algo foi necessário quebrar um objeto. O final é que não se pode mais reformar ou consertar o que foi quebrado. Mas tiveram a certeza. Claro que isso foi uma metáfora do capítulo, mas essa é a alegoria dele. A lição que fica, para mim pelo menos, é que muitas vezes perdemos muito para ganhar pouco. E ter certezas nem sempre é uma boa idéia, até porque quando temos dúvidas, temos também muitas possibilidades. Quando temos certeza não há o que se discutir assim como na matemática, mas eu prefiro as ciências humanas porque não há certeza absoluta. Embora não devamos acreditar que tudo é relativo. Então não quebre copos para ter certeza

Uma viagem, um passeio, uma despedida   Um tempo que não tem como voltar, abraços não dados, voos não efetuados   A busca, a insegurança a distância   E por onde ando?   Ando pelo vazio dos sonhos preenchendo meus dias com um perfume inesquecível.  Ando pelos espaços deixados por um beijo sempre desejado.   Ando pelos lábios curiosos e sempre insaciáveis.   Ando nos seus desejos, e desejos os seus passos   Procuro pelo seu sorriso nas nuvens e os encontro em meus olhos.   Ando pelo infinito espaço entre a realidade e o sonho e nesse caminho sempre meu desejo a flor da pele e você sempre nele.   Que bom fazer parte desse desejo.   O desejo dos beijos sabores vários e os abraços sabores eternos.   Não estou perdido, estou sempre me encontrando com você, mesmo que você não saiba.

Em sua solitária noite procuras o corpo que te aquece e te completa a alma.  Não encontra.   Busca desesperadamente os afagos e as carícias que tanto te fazem bem.  Não encontra.   Seu corpo reage, insanamente na procura de saciar o desejo incontido.  Mas existe a ausência.   Mas sabe que e ausência é só do corpo, pois, estão ligados em alma.  É capaz de ouvir a voz do amado suspirando no seu ouvido palavras que só ele consegue colocar.  Sente na nuca o respirar.   Seu corpo arrepiado parecer ter as digitais dele estampado.   Se entrega numa explosão, tendo como companhia a lembrança e a saudade.  Sabe que ele está ali encravado em seu corpo.  Sabe, porque se entregaram de corpo e alma.   Em sua noite solitária procuras o descanso, pois estás exausta.

E o sono chega e a gente procura a cama, o aconchego, quentinho, e enfim o descanso Queremos um bom sono, uma noite de descanso, sempre. Mas nem sempre. Tem noites e muitas noites que tudo que queremos é que a cama não seja tão grande. Queremos a cama ocupada, com mais alguém. Mas queremos que a cama continue bem grande, porque queremos ficar aconchegado em outros braços. Queremos que a cama de casal seja ocupada como se fosse uma de solteiro. De conchinha? Talvez. Mas o melhor é dormir atracado, de tal forma que fica quase impossível se mexer. Sentindo o respirar do outro, sentindo a pele do outro, sentindo o coração do outro bater no nosso corpo. Se vamos conseguir dormir? Tomara que não. Tomara que a noite não seja de descanso. E quando chegar o café da manhã, um sorriso largo no rosto e uma frase: Você foi sensacional!!!!

E o tempo sábio nos faz esperar. Não há o que fazer enquanto o tempo não disser que já é a  hora E quando for a hora não há o que fazer porque o tempo não vai esperar E ai, as coisas acontecerão, e será de acordo com tudo que veio acontecendo A única coisa é que não sabíamos que o senhor dos instantes estava com o controle nas mãos Cronus deixou o ensinamento a seus filhos: Seja quando for eu vou te engolir!!! Então somos escravos dele, e nossas decisões e os acontecimentos somente ocorrerão quando ele quiser. O resultado não fara diferença, pois, aconteceu no momento em que deveria acontecer. Mas uma coisa é certa, tudo que acontecerá é porque o caminho levou a esse resultado. O que não sabíamos é que estava tudo na mão do tempo, não na nossa.

Quantos não são os caminhos a serem percorridos? Temos caminhos para todas as direções e todos os sentidos. Procuramos sempre o melhor caminho e o trilhamos, mas no meio da caminhada escolhemos outros caminhos, dentro do próprio caminho. Sabemos que temos que voltar, mas não desistimos de ir para frente, para o lado, para cima. E os caminhos se misturam de tal forma que achamos que é nosso o que é do outro, Mas não percebemos, continuamos caminhando. E nessa caminhada algumas coisas podem não dar certo, e essa é aquela hora que pensamos: vamos para o começo. Só que não há mais começo, misturamos todas as caminhadas, entramos em uma espiral onde não sambemos mais onde começa e onde termina. O resultado disso? Alguns ganhos por experimentar novas caminhadas, e infelizmente algumas perdas por não saber lidar com os atalhos trilhados. Não há mais como saber onde é o começo e o fim.

Assim como a jangada espera do mar o convite para singrá-lo Como as folhas aguardam o vento para mostrar todo seu dançar envolvidas no som agudo que ele provoca Assim como o rio corre parado como que se o tempo não houvesse O tempo espera o melhor momento para tudo O melhor momento para a decisão correta O melhor momento para a escolha certa O melhor momento para o melhor sentimento O melhor momento para o fim O melhor momento para o começo Então, assim como a tarde espera de braços abertos o anoitecer. O sol espera ansioso o melhor momento para acordar.

Encoberto o sol por algodão. Deixando o dia menos claro, porém, não menos lindo. Na ausência do sol, ficamos com a doce ilusão de fazer desenhos nas nuvens Assim o que parecia menos claro passa a ser mais colorido Pois, ao desenhar figuras as colorimos para melhor observar. Ao mesmo tempo em que queremos o desvendar do sol, não desejamos perder as imagens. E assim, fazemos de nossos dias mais doces com o algodão, mais coloridos com as tintas que jogamos e mais quente pois sabemos que o sol está lá. E o brilho do sol encoberto passa a ser a moldura das nossas imagens. E mesmo que parecemos crianças com nossas fábulas, somos adultos com nossos sonhos. E assim, vamos continuar desejando o sol encoberto por algodão.

Um dos grandes dilemas que vivemos são nossas opções. O que queremos, quando queremos ou como queremos. Mas e quando nós somos a opção? Muitas vezes não nos damos conta disso, mas muitas vezes somos a opção. E quando nos damos conta disso, precisamos estar preparado para entender que muitas vezes não somos a primeira opção. Ficaremos sim para trás. Haverá prioridades, vontades, cobranças. E nessa hora, não seremos a opção. Ficaremos para depois, para o tempo que der, para o tempo que sobrar. Devemos ficar magoados? Claro que não, até porque, nós também escolhemos. E quando estivermos cansados de ser a outra opção, ou talvez o plano B, o que fazer? Deixar de ser essa opção. Simples assim, se isso nos desagrada, basta não ser mais essa opção. Com essa atitude tem uma consequencia importante, por não dizer fundamental: O outro não precisará mais pensar o que fazer com você, e melhor que isso, o outro não precisará movimentar nada para te encaixar em suas opções. Então, nã

Temos vontades e ainda bem que as temos. Temos muitas vontades, e são elas que nos movem, nos fazem ser quem somos. A vontade de vencer, a vontade de mudar, a vontade de dormir, a vontade de não fazer nada. Elas, as vontades, são sensacionais. Nos movem, nos mudam. E isso tudo é mágico, tudo isso nos deixa vivos e nos fazem viver. Mas tem vontades que são estranhas, diferentes. Mas não deixam de ser vontades, não deixam de nos mover, seja para qual caminho for. A vontade de ficar sozinho, ela nos faz mudar de hábitos. A vontade de desistir, ela  nos faz deixar de lutar. A vontade de sumir, ela nos faz deixar de lado pessoas e coisas. Mas em nenhum momento deixam de ser vontades. E por ser vontade, deve ser respeitada. E por ser vontade, nos faz melhor. E por ser vontade, não deixa de ser uma vontade.

Não é o medo do erro que nos assusta. Não é o medo de não dar certo. Dar certo ou errar são duas possibilidades reais. O outro não fica magoado porque erramos. O chefe não nos dá bronca porque o projeto não deu certo. Não é essa a questão. O problema está na expectativa. Queremos acertar sempre e agimos assim. O outro espera de nós a perfeição, é sempre assim. As vezes nos compreende, mas no fundo fica uma frustração. Então errar ou acertar embora sejam duas possibilidades constantes, a gente nunca quer uma delas. E ter como resposta o que não desejamos nos causa muitas coisas. A pior delas é a culpa que despejamos em nós mesmo, e a incompreensão que disparamos contra o outro. Tudo porque não tivemos a resposta que queríamos, e esquecemos de compreender que nem sempre o que queremos é o melhor para nós.

Possuir verbo transitivo direto ter a posse de; ter como propriedade. Dominar verbo transitivo direto ter grande ascendência ou autoridade sobre. Cuidar Cogitar, imaginar, pensar, meditar: cuidar casos graves. Julgar, supor: cuida ser uma pessoa importante. Amar Estimar, gostar, apreciar: ama o esporte. verbo transitivo Ter cuidado, tratar de, assistir: cuidar das crianças. Perder verbo transitivo direto Deixar de possuir algo concreto ou abstrato: perdeu a herança; perdeu o amor. Se não seguir os primeiros passos, o resultado é o último. E todos são verbos então todos indicam ação.

Ouça o som que vem do silêncio Interprete a musicalidade da respiração a dois Entenda como os tons se completam Observe que mesmo semi-tonado os lábios emitem uma sinfonia quando se tocam Mesmo sendo sincopado, o coração não perde seu compasso Sim, a cada nota emitida pelos poros em profusão, são perfeitas Ouça o som da água tocando os corpos juntos Perceba como a orquestra de toques e formas diferentes escrevem uma nova música Com seu tom perfeito e cada um com seu dom de prazer A interpretam como se houvessem ensaiados aqueles movimentos sincronizados E os sons emitidos pelas boca quentes e salivando eram o coral perfeito E não há fim, pois esse som ecoará muito tempo no pentagrama da memória E não precisará de regente para que sejam perfeitos.

Ah! Seu eu pudesse cobrir os buracos das saudades com os dedos, Seu eu pudesse estampar um sorriso em cada um que estivesse ao meu lado. Ah! Se eu pudesse saber como dividir todas as coisas boas que enxergo, e que o outro ainda não viu! Ah! Como seria bom, se cada um pudesse!!! Seria como uma engrenagem movimentando todas as coisas boas em prol de muitas outras coisas boas! Mas seria ainda mais perfeito, se além de eu poder, o outro entender que ele pode também. Seria tudo de bom, um abraço de manhã, mesmo com sono. Um sorriso quente mesmo no frio. Seria perfeito, ouvir música e cantar alto, sem a vergonha de ser feliz. Dançar na chuva com as crianças, como se todos fossemos. Ah! Se eu pudesse, sempre lembrar do sorriso dado quando ainda não sabia como seria duro crescer. Ah! A gente pode sempre. Mas se pudesse seria tudo agora!

Não era a ausência das cartas que a comovia, era a ausência da voz. A distância seria a menor das dores se ela se sentisse tocada pelo seu respirar. A vontade de ouvir o som da sua voz ao inves de observar sua caligrafia trêmula num papel. O tempo que não passava para encontrar e tocar e desejar. Esperava ansiosa pelo abraço apertado e pelas palavras de carinhos. Queria seu cheiro. Queria seu sabor. Queria ser desejada e deseja. Esperava e sabia que esperar lhe causava dor, mas também era alimentada pela esperança. Era mais que um corpo que ela desejava, pois, queria que a alma dos dois fossem uma só, embranhadas em todas as emoções possíveis. Mas, embora havia a dor da espera, também tinha a felicidade do encontro. E sabia que uma não viveria sem a outra.

E bastaria então somente mais um nascer do sol para que tudo brilhasse. Mas não seria suficiente a imensidão de luz e cor proporcionada por ele. Deveria ser completada com uma bela música para que o dia fosse perfeito. E a dança ao nascer do sol tornaria completo o sorriso dado frente ao espelho. E a dança e a música e o sol. Assim começaria um dia perfeito. Mas ainda faltava o olhar perdido nalgum lugar onde os projetos e os sonhos habitassem. E a dança e a música e o sol e a esperança de dias melhores. Agora sim, um bom dia! Perfeito, quente e feliz!

Estava soberana a observar os passos longos e apressados durante o dia enquanto ela escondida esperava o momento em que a pressa se transformasse em plena calmaria. Estava a observar os momentos tensos e a pressão que o dia a dia causa nas pessoas. Mas ela lá soberana pensando como poderia acalmar e tornar um dia tenso em plena felicidade. Então quando ela se apresenta, transforma todas as sensações, pois agora além de sua companhia, o outro tem ao seu lado a pessoa amada. E ela como um quadro abre longos sorrisos para eles, e eles em troca a observam como se não passasse de uma linda testemunha do amor entregue entre eles. A lua, com toda sua bondade transforma o ceu em um lindo quadro onde os amantes fazem promessas e desejam o melhor do mundo. Essa foi a forma que ela encontrou de transformar um dia tenso numa noite reconfortante, para que não haja passos largos e sim caminhadas de mãos dadas, que a pressão não passe da força dos abraços.

Temos que nos dedicar ao outro, sempre. Temos que ter carinho pelos bens que possuímos. Isso é muito bom, aliás isso é fundamental. Mas isso não pode nos tornar proprietário, nem das pessoas nem das coisas. As pessoas porque elas tem vontades e as vontades mudam como mudam os ventos. As coisas porque hoje ela pode ser importante para você, mas amanhã ela pode ser mais importante para o outro. Quando nos apegamos em excesso o que era para ser prazeroso passa a ser doentio. A sensação de dominío sobre o outro, ou sobre as coisas, nos tornam pessoas crueis, Não com os outros mas com nós mesmo, achamos que não conseguiremos viver sem, ou pior, o objeto de desejo não será melhor cuidado com o outro. Isso nos faz pessoas estranhas, rancorosas, e porque não dizer tristes? Não precisamos ser eterno eternamente, como diz o poeta, precisamos que seja eterno enquanto dure, e não durando mais, que sejamos felizes na nova caminhada. Então todo o carinho e dedicação enquanto for nosso no

Não desceria algo mais espinhoso no rosto do que aquela lágrima A dor sentida a transformaria acidamente Navegar pelo rosto até salgar os lábios jamais seria tão doloroso Seria como abrir uma fenda no solo com as lavas de um vulcão O orgulho jamais seria lavado por tão salgado líquido Os lábios nao adoçariam mais, tanto era o amargor que tinham se tornado Os olhos secariam um dia, mas a lembrança do caminho percorrido nunca desapareceria A emoção que causou tal dilúvio em seu rosto veio da mesma emoção que fez o mesmo rosto ser banhado pela irmã boa e doce, embora salgada, dessa ácida, espinhosa e amarga lágrima.

E os barrocos tinham razão! O sim é irmão do não, quase gêmeo. O preto e o branco andam juntos. A luz e a escuridão são a mesma pessoa. O pecado e a salvação a mesma face da mesma moeda. A pureza e a promiscuidade juntas no mesmo prato. Somos nós mesmos e o inverso de nós. Somos perfeitos em nossos erros. Temos a dúvida e a certeza no mesmo pensamento. Somos nós mesmo e não somos em um único segundo. Somos a incognita indecifrável, no mesmo instante em que somos completamente desnudos.