Vidro ou Cristal?

Quem teve a sorte, ou privilégio de ler a versão completa do clássico Dom Quixote, pode observar na segunda parte da novela, que há um capítulo, onde, dois amigos testam para saber se um deteminado copo é de vidro ou de cristal.
Para chegar a essa conclusão foi necessário que o copo fosse quebrado.
A conclusão do capítulo é que para se ter certeza de algo foi necessário quebrar um objeto. O final é que não se pode mais reformar ou consertar o que foi quebrado. Mas tiveram a certeza.
Claro que isso foi uma metáfora do capítulo, mas essa é a alegoria dele.
A lição que fica, para mim pelo menos, é que muitas vezes perdemos muito para ganhar pouco.
E ter certezas nem sempre é uma boa idéia, até porque quando temos dúvidas, temos também muitas possibilidades.
Quando temos certeza não há o que se discutir assim como na matemática, mas eu prefiro as ciências humanas porque não há certeza absoluta. Embora não devamos acreditar que tudo é relativo.
Então não quebre copos para ter certeza de sua formação. Não quebre laços para ter certeza do fio que o ligava.
Nem tenha tanta certeza, isso causa ceticismo, e nos mostra um mundo limitado, sem horizontes e cheio de fronteiras intransponíveis.
 Em tempo: não vi motivos para imagens nesse texto!

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