Doeu escrever

Não é de saudades esse texto. Nem tampouco de dor.
É de gratidão. É de entender que aprendemos com as pessoas mais impressionantes do mundo.
Mas invejamos as melhores, sempre.
Hoje, declaro a minha inveja, da pessoa que mais me fez acreditar que ser feliz é fácil.
Hoje, declaro a minha incapacidade de não ser a poeira do chinelo que essa pessoa usava.
Hoje, declaro que fui um aluno de como suportar a dor, e como encará-la de forma positiva.
Hoje, declaro que nunca seria forte para encarar o fim, como ela encarou.
E não foi o fim, com certeza, pois com ela nunca haveria fim, sempre haveria um recomeço com um sorriso largo dentro do rosto, mesmo com toda a dor que a dominasse e a fizesse sofrer.
Onde ela habita agora?
Sua essencia está pulverizada em todos aqueles que tiveram o privilégio de ter convivido com ela, mesmo que fosse por um único instante.
Ainda tenho muito que crescer, para tentar chegar no seu chinelo, minha irmã.
Mas acredite, calejarei meus pés o quanto for necessario para que possa um dia, mesmo que muito longe, ser melhor em tudo que eu consiga e possa declamar a seguinte frase:
- Tânia, como você consegue ser tão boa assim? Um dia quero chegar mais perto do ser humano que você é!
Parabéns, sei que uma parte de você está comigo, dentro, mas muito dentro de mim.

(Me perdoa, não consegui sorrir no final!)

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