Olhar

Seria um quadro desenhado por mãos mágicas
Mas não, era só um presente da natureza
Não importa se os olhares fossem alaranjados
Ou talvez orientalmente provocados
Seria o belo mais belo que todos
O horizonte parecia palpável
Mesmo que de onde fosse observado, havia o cinza
O concreto, e quem sabe talvez algumas mesas
Mas o presente foi dado mesmo que a distância
E ao olhar tal imagem era como se lá estivesse
Desfrutando de cada brisa soprada pelo mar
De cada gosto de sal que a água nos trás
Ou ainda, de cada grão de areia grudado nos pés
Seria o lugar para se pensar no que foi bom
Ou então no que não foi muito bom
Mas ainda poderia ser para não se pensar
Mas haveria a gratidão e o agradecimento por tal imagem
Então, não importa onde o corpo estivesse
Pois o desejo estava exatamente no inalcançável
E nele haveria mais que só uma imagem.

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