Necessário

Era necessário a troca de olhares. Não.
Era imprescindível que ouvisse a voz um do outro. Não.
Era preciso o toque. Não.
Não, não era necessário, imprescindível, preciso, nada do que a convenção diz que as pessoas precisam para se apaixonarem uma pela outra.
A paixão não cobra convenções, ela exige sensações. Das mais puras às mais profanas, das mais comum às mais insanas.
Não seria a distância um obstáculo, não seria a idade, não seria a classe social. Isso tudo é comandado pela razão.
A paixão se preocupa com o corpo gelado, com as mãos suando, com a dúvida da roupa, do perfume, do lugar. E nessa preocupação da paixão não tem espaço para coisas menos importantes, se é que elas tem importância como: idade, distância, classe social.
As alucinações, as perguntas como: porque eu gosto dele(a)?, porque desejo essa pessoa? Claro que é culpa da paixão.
A razão, não de quem está apaixonado, mas de quem vê de fora, sempre vai achar defeito, ver problemas, encontrar obstáculos, e nessa hora o melhor é dar aquele sorriso perdido. Sabe porque? Porque enquanto as pessoas criticam, pensamos naqueles momentos delicia que temos com quem estamos apaixonado.
Não é deboche.
É só uma questão de aproveitar cada segundo para ser feliz. E como não estamos do lado de quem amamos, usamos as lembranças para reviver aquele instante. Usamos a saudade para sentirmos os cheiro. Usamos a paixão para estarmos sempre juntos.
Não é necessário a troca de olhares para se apaixonar, mas é necessário a troca de olhares para nos tirar o chão.
Não é imprescindível a voz para se apaixonar, mas é imprescindível a voz para nos deixar abobados.
Não é preciso o toque para se apaixonar, mas é preciso o toque para nos levar às nuvens.

Postagens mais visitadas deste blog

Lágrimas

Arrepio

Amizade ou....