Paredes

Que brotam do chão como se plantas fossem
Tomam forma, depois ganham cores e enfeites
Servem para escorar
Para impedir a passagem do vento
Para ser observada
Paredes que surgem para realidade mas que foi semeada na vontade
Imaginada, pensada, sonhada
Que sobem, como uma trepadeira sem limites
E enquanto são erguidas por mãos suadas
Junto com elas surgem os sonhos e a visão do que ainda não existe
Do chão duro e barrento surgem verdades e realidades
E as mãos ainda estão lá
Com uma colher que alimenta e sacia a fome de realização
Cheias do alimento necessário para tornar firme o desejo
Temperado com água, cimento e sonho
E quando olhamos para cima as paredes apontam o céu
Para que depois, seja coberta e protegida
E o céu passa a habitar do lado de fora
Estrelado
Enluarado
E as paredes se tornam morada

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