Calça Velha

No seu balançar como vento no varal,
sua imagem surrada e desbotada
Trás com os ventos as memórias do passado
E no pingar da água que escorre
nos lembra o suor das caminhadas feitas com ela
E como o amor que sugere ventanias
Ela balança como quem se despede mas quer ficar
E no desbotar de suas tintas,
ficam a marca do tempo que passou
E como cicatrizes, elas marcam
A vontade de se desfazer, se confunde com a vontade de ficar
Mas há um carinho especial pelas caminhadas conjuntas
E esse carinho não pode se desfazer como se desfaz a tinta da calça
Então ela sairá do varal, e ocupará seu lugar de sempre
Um canto no qual sempre será encontrada
Para novas caminhadas com uma antiga companheira

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