Não é tão ruim assim!

As vezes, o coração parece estar frio, duro, insensível, reticente, em relação a uma série de situações e fatores, sejam eles quais forem, pode ser um amor, um trabalho, uma esperança.
Nos sentimos longe do mundo, distante das pessoas, nos achamos amargos, desejamos não ter ninguém por perto, e algumas coisas ou pessoas, não queremos te-la por perto.
O nosso universo passa a ficar distante do mundo, longe da civilização, procuramos nos encontrar na solidão inóspita do quarto escuro, no copo solitário na mesa do jantar.
Aos poucos sem que a gente perceba, algo vai nos tocando, nos transformando, de uma forma tão sensível e singela que não percebemos como estamos quebrando aos poucos algumas barreiras.
Ai, de repente, o sol nos parece mais amarelo, as pitangas mais maduras, as pessoas mais sorridentes.
Vamos nos aproximando novamente do mundo, nos entregando bem aos poucos, pois ainda temos um grande receio, ainda temos um medo inconstante que se mistura com a vontade e a coragem que vai brotando de dentro para fora.
E de uma forma lenta..como um grande navio que para suas manobras mais simples ele demora e para executá-la com perfeição deve ser feita sem pressa, vamos nos encontrando com nosso porto seguro.
Ao olharmos para o lado, para cima, para trás, percebemos que o que nos tirou desse gelo, dessa dureza de sentimentos foi o simples fato de alguém que nos deu asa para voar.
Asas que nos tirou do mundo de todo dia e nos levou a um voo mais saboroso, de encontro com alguns sonhos, vontade e anseios.
Bastaram apenas asas para nos tirar o iceberg que habitava o coração.