Ilha

Cercada de água por todos os lados, um caminho único a água.
Para chegar ao continente sempre a nado, pela água, pura, doce, poluída ou salgada, mas sempre água.
Cercada, isolada em seu universo, imóvel e imutável.
Vendo crescer nela as mais belas árvores, mas também dentro de universo perfeito também crescem as daninhas, é uma condicional para o equilíbrio.
E as daninhas não podem superar a beleza das flores e das frutíferas, mas elas estão lá.
Se não cuidada elas, as daninhas, tomarão conta de tudo e esconderá da ilha o que ela tem de mais belo.
Mas ela, mesmo com esse conflito continuará isolada, cercada pela água, e o continente longe.
E ela dentro de seu conflito interno não deixará de dar frutos, não deixará de ser um abrigo àqueles que a procurarem, mas no final ela estará sozinha, com seus erros e seus defeitos e todas as suas qualidades.
E aos viajantes que momentaneamente a habitar, verá todos os seus lados, mesmo que cercado por ela a água.
Que será salgada como a lágrima que escorre dos olhos, desliza pela face e encontra a boca.
Mas tera da ilha o doce, que como um sorriso, alegrará seu dia, e fará da ilha um lugar de descanso de onde o por do sol será inigualável sempre, mesmo que visto todos os dias.
Mas mesmo assim ela não deixará de ser só, isolada e longe do continente.
E é esse isolamento que faz dela mágica.
E é essa solidão que fará dela bela, pois dentro da sua vida isolada, ela ainda assim consegue gerar frutos e momentos inesquecíveis, mesmo para aqueles que tiveram a simples intenção de usá-la.
E ela estava lá para isso.

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