Sem exagero

Bastavam apenas as palavras, o som não é necessário.
A distância ou o contato não impede, nem ajuda.
Bastavam apenas as palavras, mas a trilha sonora estava sendo ouvida.
A distância ou o contato não muda, nem atrapalha.
Apenas a imaginação das palavras balbuciadas como desejamos, sem aumentar ou diminuir o tom.
A cada linha lida, os sonhos da suave e aveludada voz, declamando o que está escrito.
Não há exatidão nessa informação, porém há uma realidade no que ouvimos, mesmo que sejam palavras mudas.
A música inebriante adiciona ao texto uma moldura capaz de tirar os pés do chão, mesmo com ele ainda lá.
A procura da segurança se perde no instante em que se digere cada palavra lida. Mesmo sabendo que no ponto final, há uma realidade nos esperando.
O som mudo das palavras, a moldura em tons perfeitos.
A razão de férias, perdida, não se preocupa em fazer nenhuma conexão para voltar.
Mas queremos que ela volte, mas ela sabe que não precisa ter pressa.
A segurança perdida, largada, escondida, não desejada.
As flores que exalam os perfumes quando passamos por elas, mudam de lugar, e temos a clara sensação que passou por nós e deixou seu adocicado perfume.
Está no ar, posicionado entre a razão e os sonhos.
Estão no movimento das letras entre o som que ouvimos e o silêncio que nos fala mais.
Bastaram apenas palavras, para que todas as sensações se misturassem.
Bastaram apenas palavras, para que toda a realidade se confundisse.
Bastaram apenas palavras, mas também havia a música.
Então o medo se fez presente, mas foi passado, quando o sorriso brotou e os olhos brilharam.

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