Confiança

- PULA!!! Se joga.
- Não!
- AGORA!!! Pula.
- Pulo!!!
O salto foi do alto, para o desconhecido, mas havia algo no ar, além do corpo. Acreditar que o outro ia estar lá, no lugar e na hora certa.
Vai dar certo! Se arrica, vai funcionar.
Risco calculado. Deu tudo certo. Isso porque houve o tempo de pensar e o tempo de fazer, então foi feito.
Feche os olhos.
A distância, a saudade. O tempo longe.
Tudo bem, aguardamos ansiosos a volta, o abraço saudoso, o beijo dado havia muito tempo, precisava dele.
Não houve resquicios de sentimentos ruins. Houve saudade, houve ausência, houve vontade.
Não teve um só momento em que pudesse acreditar que não iria dar certo.
Não teve um só instante onde a insegurança rondasse a porta, mesmo que tenha havido carência.
Existia sim na relação entre os seres algo superior a tudo isso.
Houve medo em alguns momentos, sim houve.
Houve insegurança em algumas decisões, sim houve é natural do ser humano ficar receoso.
Houve uma vontade de eliminar a distância, sim houve, é assim que a saudade nos deixa.
Mas o que manteve tudo em seu lugar, o corpo que se jogou achar os braços que o aparasse, o objetivo conquistado quando houve o risco, a paixão esperando a volta do amado, foi a confiança, que manteve tudo como deve ser sempre.
Sem ela, não haveria salto, pois o vazio do tombo seria mais doloroso do que o próprio tombo. O objetivo não seria nem pensado. O amor teria virado muitos sentimentos menos o amor.
Sim. O que emoldura todos os atos e empurra para todas as conquistas, é acreditar que podemos fazer, mas também com quem podemos contar, de verdade.

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