O vazio e o nada

Há uma diferença fundamental entre o vazio e o nada.
O vazio é algo que deve e pode ser preenchido, já o nada, é nada, algo que não faz diferença.
Entre as pessoas há as duas situações.
O vazio é algo criado entre as pessoas, uma lacuna que vai crescendo com o tempo. Que precisa ser preenchido, é prudente e necessário que a sensibilidade das pessoas notem quando um vazio começa a crescer entre eles.
Isso porque esse vazio vai transformando os sentimentos, afastando as pessoas, e nesse vazio, que pode e deve ser preenchido, sempre há a possibilidade dele ser preenchido por outra pessoa, ou outras pessoas.
E quando a gente nota, esse vazio foi preenchido e ficamos assustados, temerosos.
Quando o nosso vazio é preenchido esquecemos do outro, pois achamos que o nosso mundo ficou melhor, que as coisas agora estão entrando no eixo. Quando o vazio do outro é preenchido, então ficamos desolados, pois demoramos para perceber que permitimos que outra pessoa entrasse na vida dele.
Então o que era vazio passa a ter um estranho e os sentimentos ficam confusos, nos sentimos mal, incompetentes.
Mas o vazio cumpriu sua parte, sua função, foi preenchido. E tanto faz se o nosso ou o da outra pessoa, pois, havia essa lacuna.
O nada é mais triste.
Quando não sentimos nada o outro não faz a menor diferença. Quando não sentimos nada o outro não é ninguém, pois o nada é nada.
Então o que era vazio se transformou em nada. O que era para ser preenchido não existe mais.
E a outra pessoa? Agora é nada.
Se feliz ou infelizmente, só o tempo para nos mostrar o final dessa relação entre vazio e nada.

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