Penumbra

E fez-se a penumbra, quando o que se esperava era o sol.
E ela nos anuviando o olhar fez desaparecer o caminho dourado.
Os insólitos sonhos deram lugar a uma realidade de forma abrupta e descontrolada.
Onde os sentimentos ficaram de tal forma embaraçados que mal se sabia onde começavam e onde terminavam.
E nessa espiral sem fim nem começo o turbulento pensar deu lugar a uma escalada íngreme para o nada.
Onde os atos e os fatos se misturam e se confundem.
O mar mexido desespera até o mais singelo olhar infantil.
Os ventos que sopram assombram até o mais descrente
As chuvas molham mais do que deveriam.
E a penumbra que assola esse instante, apavora.
E o futuro se torna incerto.
E o presente tenebroso.
Mas o sol, ele sempre ele, está a espera do melhor momento.
Seja por merecimento, seja pelo simples fato da punição estar completa.
Mas ele virá, impávido, mas virá.
No seu tempo, na sua hora.
Então a escuridão irá se desfazer e as luzes tornarão clara as ideias e ai, tudo será belo.
No seu tempo.
Na sua hora.
Na sua exatidão cirúrgica.

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