Desperdício

O tempo é algo que nos deixa maluco, pois, queremos aproveitá-lo ao extremo.
Para que possamos desfrutar dele nos rendemos aos seus caprichos e tentamos fazer cada instante único, cada momento singular, cada segundo uma eternidade.
Para alcançarmos sua plenitude nos entregamos em tudo aquilo que nos faz feliz, que nos traz alegria e que nos dá prazer.
Essa situação nos faz ter ódio dele, no bom sentido, porque quando estamos nesses instante, o tempo parece passar muito depressa, que temos a sensação que não tivemos sabedoria para desfrutar.
Mas o oposto também é uma verdade.
Quando estamos naqueles instantes constrangedores, o tempo parece que não vai passar nunca. Quando não nos sentimos bem em algum lugar, parece que o tempo para. Quando estamos desconfortável, ai então o tempo nem liga pra gente.
Pior ainda.
Quando percebemos que além de não estarmos bem, ainda não fazemos bem para o outro, ai a coisa fica ainda pior.
A noite ao lado de quem incomodamos fica enorme. Parece que ela nunca vai passar. Tanto para ela, como para nós. Afinal de contas saber que não estamos sendo conveniente, nos traz essa coisa, de querer que o tempo passe logo, ande depressa.
Passado esse instante o que percebemos é que estamos desperdiçando o tempo.
Pior ainda.
Estamos fazendo o outro desperdiçar também.
Aí, as dores são potencializadas. Os fantasmas se tornam gigantes.
O solução lógica é claro que é não desperdiçar mais esse tempo, ele não vai voltar, então, injusto esse desperdício.
As dores, claro que elas vão aparecer, mas não podemos dar ao tempo a dor infinita, pois sendo infinita, vai usar o tempo inteiro, mesmo que não acabe.
Então chega o momento de não mais desperdiçar o seu tempo, nem tampouco o tempo do outro.
Há que se economizar o tempo. Mas só quando ele for ruim.

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