Das sensações

As mãos frias indicam que algo vai acontecer. Os lábios sendo constantemente mordiscados indicam que algo já está acontecendo.
No vai e vem de sensações ficam aquelas que a razão diz que não devem sair do lugar.
As pernas incontrolavelmente se tocam freneticamente,como que se quisessem sair correndo.
Os sorrisos brotam de forma natural, mas é tão natural que não se consegue explicar.
Os olhos brilham de tal forma que não se sabe de onde brota tanta luz.
A espera de uma palavra suave que acalme todas essa sensações se mistura com a ansiedade de se falar mais do que de ouvir.
O coração não sabe mais qual a frequencia que é a correta, pois, antes tinha um compasso determinado, agora bate de forma sincopada, e parece que agora sim é o ritmo certo.
As músicas invadem todos os instantes onde deveriam reinar o silêncio, mas não é qualquer música, é sempre aquela que nos faz sorrir, aquela que nos trazem lembranças boas, para dessa forma alimentar ainda mais aquele momento sublime.
Impossível identificar o que ocorre, a mistura de sensações é tanta que não tem mais como saber onde começa e onde termina cada uma delas.
A vontade insana de invadir o lugar comum da serenidade com a insanidade constante parece ser a coisa mais lógica, por mais ilógico que possa parecer.
Os desejos? Ah! Eles estão tão descontrolados que ao mesmo tempo em que eles são pecadores, no instante seguinte eles passam a ser pudicos e plenamente carolas. Mas eles estão lá para serem descobertos ou realizados.
Ainda há nesse universo de sentimento um único que parece ser o mais exato: o que é esse sentimento? É essa dúvida que nos da a certeza que estamos vivos e vivendo. Não ter certeza do próximo passo, não saber qual será a próxima reação, qual será a próxima atitude, se será um oi, se será um estou com saudade, ou então se será um vem pra mim, mas logo.
Como nada pode ficar sem resposta, então a resposta será dada de pronto:
Sem palavras...

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