Uma borboleta

Uma borboleta pousando em um dedo, ou se despedindo dele, uma dúvida, uma pergunta, um porque.
De repente, ela com suas asas levanta voo, procurando um novo lugar para pousar e descansar. Mas para os olhos mais atentos ela estava desfilando e mostrando toda sua beleza infinita composta num corpo tão suave.
Mas ela não era só voo e pouso, ela era parte de uma transformação, ela saiu de um casulo e se transformou em algo novo, diferente do que era. Essa transformação é que impressiona o olhar atento do observador.
Então ela se permite ser observada, ela deseja ser tocada, ela quer o novo também.
Por desejar e se permitir o novo a invade.
E nessa invasão um mundo novo, se apresenta para todos, para ela que procurava o voo e para o observador que desejava uma nova visão sobre todas as coisas.
E nesse desfilar de desejos, vontades e descobertas, tudo se apresenta de uma nova forma, mas a vontade do voo não é mais só da borboleta, o observador acaba contagiado por esse instinto, e ela, sabedora da sua beleza e do seu encanto, não desperdiça seu tempo e o instiga a novas viagens, mostrando que na simplicidade se alcança espaços e sentidos e sentimentos.
Ela percebe que pode alçar voos mais altos, pousos em lugares mais distantes e mesmo assim voltar de onde partiu e que o dedo que outrora lhe deu morada, ainda estará lá a sua espera.
E o observador nesse instante passou a fazer parte da viagem, não mais como passageiro agora ao lado dela, é também um protagonista aprendendo a voar.

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