No limite

No limite entre as paixões humanas e amar deuses distantes e abstratos nos causa uma sensação única de amor, dor, confusão, desespero, desejo, vontades.
E no anseio de alcançar os objetivos traçados e desejados um enorme confusão entre certo e errado, fazer ou não fazer, magoar ou agradar. E essa confusão saudável nos mostra como é bom estar vivos e como é bom poder saber que ainda há tempo para lutar.
E quando o tempo passa e os objetivos estão mais próximos a sensação que precisamos do externo, do divino nos aproxima ainda mais da nossa natureza humana o que nos causa insegurança e ao mesmo tempo a sensação que podemos tudo que queremos.
Então os dias passam, as noites chegam, o sono nos assola e os sonhos vêm como que avisos dos anjos nos dizendo que podemos sim, que devemos sim, e que nossa felicidade tão procurada em toda sua plenitude depende muito mais das nossas ações do que das intervenções divinas.
E os divinos não estão à nossa disposição o tempo todo, eles estão esperando que tomemos conta da ação e que conte com eles somente para nos dar clareza nas ações, que a gente consiga enxergar qual a melhor opção, qual o caminho menos tortuoso, qual o atalho devemos seguir, e se precisamos mesmo dos atalhos.
Muitas vezes o caminho mais longo é muito melhor e mais proveitoso que um caminho mais curto porém com a sensação de erros maiores. O divino está sim a nossa disposição, mas para buscamos ele no instante de desespero e acreditar que temos um colo a nossa disposição, não ouviremos sequer uma palavra, mas sabemos que temos um acalanto vindo dos céus para nos guiar.
Então nesse momento as paixões humanas são deixadas de lado para então venerarmos o misterioso, o invisível, o inacreditável.
Nessa hora seremos humanos, cheios de defeitos, mas nos guiaremos pelas nossas qualidades, e então os objetivos serão alcançados e seremos liderados por nós.
Aí o divino terá descanso e um sopro de orgulho nos fará felizes e satisfeitos. Nessa hora a felicidade plena estará em nossas almas.

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