Sem noção

Caminhando por nuvens bruscas, abruptamente colocadas ao lado esquerdo de um quadrado que não tem fim nem começo.
Buscando explicações como quem discute os sexos dos anjos e querendo saber se por esse motivo as luzes procuram o escuro pra que sejam notadas.
Trazendo para si o improvável e o impossível em um transe provocado por um súbito disparo de vontades e sentidos.
Sentindo que as coisas têm seu lugar em cada passagem improvável da alma ou da mente, completamente embriagada por músicas que exalam dos poros, e invadem os olhos puramente humidificado.
Querendo os beijos prováveis de um instante impreciso e sem a menor preocupação com o exemplo dado pelos antigos nem pelas punições sofridas pelos mais antigos ainda.
Provocando de forma insana os espectros humanos para que se tornem deuses inimagináveis aqueles que se tornaram inesquecíveis para todos os que passaram por sua vida de uma forma imprecisa, imutável e insubstituível.
Tendo como respostas todos os psicodelismos necessários para que a vida se torne brilhante e turva, mas também recebendo o claro e o escuro para demonstrar o quão é importante o conflito e o confronto das idéias e dos pensamentos puros e impuros.
Onde o pecado e a salvação estão nas mãos de pecadores e santos ainda confusos e com desejos conflituosos e assim prejudicando as avaliações e causando a imprecisão na decisão.
Isso mesmo tudo isso que foi dito que pode não ter sido nada, mas se procurarmos um pouco mais, encontraremos os sentindos da vida e das coisas, nas coisas mais louca e malucas, encontraremos na desordem a ordem suficiente para nos fazer leves e felizes.

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