Não aconteceu...

Os olhares não se encontraram, existiam lentes que impediram que se tocassem.
Os olhares não se viram, mesmo que cada um deles procuravam objetivos diferentes, haviam lentes.
Os olhares não se cruzaram mesmo que tinham sentimentos diferentes, haviam entre eles mais que as lentes.
O espaço entre eles era muito maior do que a distância vista e notada pelos corpos, havia entre eles sentimentos difrentes que não podiam se misturar.
Os olhares que um dia significaram muito, hoje não puderam se tocar, não quiseram que as luzes deles fossem tocadas um pelo outro, não havia motivo para isso.
As meninas que habitam os olhos hoje estavam sozinhas e continuaram assim, mesmo que duas delas não queria a companhia, não faz mais parte do viver dela.
A solidão das outras duas não conta, não faz diferença, mas hoje haviam lentes que as protejeram, e isso é o que importava.
O sol foi apenas um argumento para a decisão de não se encontrarem, e na verdade, não porque elas se encontrarem, hoje não há sentindo nesse encontro.
Esses olhos hoje tem vínculos diferentes, vontades estranhas, e desejos mais estranhos ainda.
E o tempo em que se viram protegidos foi curto, porém longo, pois não havia o porque de se cruzarem. Então pela falta de porques, eles não se encontraram.
Olhares para o infinito, para cima, para baixo, para o nada, esse agora é o destino.
E esse destino é margeado pelos sentimentos que se foram e hoje estão distante, por lentes, ou latentes.

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