Areia

Ao caminhar pela praia, temos antes das ondas um tapete suave e revigorante
Afundamos nossos pés nela, e sentimos algo perto da liberdade
Achamos que a conquistamos, mas na verdade estamos sendo conquistados por ela
Os antigos usavam a ampulheta para marcar o tempo, e o ingrediente principal era a areia
E no que ela escorre de um lado para outro nos mostra o tempo que passou e podemos ainda apreciar o tempo que falta
Ao jogar a areia para o alto e ela ir de encontro com o vento a vemos voar pelo espaço vazio e sumir no caminho que olhos permitem observar
Mesmo que enchamos nossas mãos de areia de novo nunca mais ela será a mesma
Pois assim como na ampulheta, o tempo que ela marcou jamais voltará
E se perdemos esse tempo que a areia marca, nunca mais teremos ele de volta
Ela se foi e com ela o tempo
Aquela areia que nos conquistou quando deixamos nossas pegadas nela também não será a mesma
As ondas trarão água para terra, e na volta levará consigo parte da areia da praia
Portanto, ao pisarmos de novo no mesmo lugar, ele será novo, pois nossas pegadas ficarão em outro lugar, mesmo parecendo o mesmo.
Então ao termos a areia em nossas mãos não devemos jogá-la ao vento se a desejamos perto de nós
Pois, a próxima será diferente em cor, sabor e intensidade.

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