Anestesiado

Apenas um toque, e o torpor invade todo o corpo.
A mente como que entregue não consegue mais mandar suas informações para o corpo.
As mãos sem saber o que procurar.
A respiração ofegante.
A luta pela busca da consciência fica injusta, pois, a cabeça não sabe o que quer, mas o corpo se entrega ao torpor.
As pernas executam movimentos involuntários.
E aos poucos o corpo caminha para um relaxamento natural.
Uma entrega insana, pois o desejo agora impera sobre a razão.
Os olhos semi abertos, tentando pedir para que pare.
A boca semi aberta querendo sussurrar palavras, mas impotente.
As mãos geladas.
O corpo quente.
Entorpecido, o sorriso brota leve nos lábios.
Alucinado, o corpo se debate.
Anestesiado, entregue, vulnerável.
Não, o corpo não quer acordar.
Ele deseja que o entorpecimento seja pleno e eterno.

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