Ondas

Incessantes e infinitas
Com seu bailar
Trocando as cores do mar
Invadindo os olhos com brilhos
Brancas
Espumantes
Vindo até nossos pés, nos tocando e voltando para o infinito
Leves e suaves
As vezes assutadoras
Feitas para serem observadas
Sentados, olhando, olhando e olhando
Apreciando o igual diferente a cada movimento
Salgadas
Mas doces para os ouvidos o som que elas emitem
Se permitem serem navegadas
Mas também tem seu orgulho e devolve para a terra o que não lhe serve
Morada sagrada para uns
Morada da saudade para outros
Mas sempre morada para alguém
E quando levantar da areia e dar as costas para ela
Levará consigo a saudade do encontro e a vontade de voltar
Para ser tocado nos pés
Pelas ondas que nunca terminam

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